Contém SPOILERS!
No final do episódio passado ficamos com a promessa de que um agente FBI iria morrer às mãos de Mark. Inevitavelmente os nossos pensamentos vão para alguém entre Ryan, Mike ou Max. Se bem se recordam eu duvidei da coragem dos produtores em dar um desses passos e de certa forma estava errado.
Como podemos ver a ideia principal de Mark seria executar um agente através do clássico método americano, a cadeira elétrica. Todo o plano orquestrado por ele estava a correr às mil maravilhas, mas um pequeno imprevisto aconteceu. O FBI continua a trabalhar no caso de Andrew Sharp e conseguiram seguir a sua antiga carrinha até à garagem onde tudo deveria acontecer. Parece que Mark não a conseguiu esconder a tempo.
Apesar de não terem conseguido capturar Mark, o seu associado acaba por morrer e por consequência todo o plano deixa de ser exequível, mas existe um plano B. Decidem então chamar um tal de Neil, que até Daisy tem algum complexo com o que o homem é capaz.
Só por esta introdução ficamos à espera de alguém corpulento, mal-encarado e, na maior parte das vezes, um solitário. No caso de Neil algumas destas características encaixam-se, mas ele parece ter um lado mais doce, completamente contrário ao que ele é capaz de fazer, quando o vemos a tomar conta do seu pai.
O alvo escolhido para este novo passo foi sempre o mesmo, Jeff Clark, o homem que estava encarregue da operação secreta para a qual Ryan foi designado pelo próprio diretor do FBI afim conseguir capturar Joe Carrol na temporada passada.
Claro que uma operação deste género traria consequências gravosas para todos os intervenientes e é precisamente isso que Mark pretende explorar. Em troca da vida de Jeff, Mark pretende que Ryan e companhia admitam perante toda a américa que executaram a sua mãe LIlly Gray. Esta medida está completamente posta de parte por Ryan e a única forma de salvar o seu amigo é descobrir o paradeiro de Mark.
No meio de tudo isto, Jeff acaba por conseguir uma pequena janela temporal para ligar a Ryan contando-lhe aquilo que lhe tinha acontecido e tentando-lhe fornecer o maior número possível de informações acerca do seu paradeiro.
Apesar de todos os esforços, o FBI não foi capaz de chegar a Jeff antes do mesmo ser morto de uma forma muito dolorosa. Imaginem o que é vocês estarem conscientes e sentirem tudo enquanto alguém vos vai “dobrando”, até caberem dentro de uma pequena caixa. Aqui temos finalmente a resposta ao que está dentro da caixa que vimos no trailer promocional desta temporada. R.I.P Agente Especial Jeffrey Clark.
Foi possível ver o quanto esta morte abalou Ryan e certamente toda a equipa que conhecia Jeff Clark, além da sua família claro. Mas antes de morrer, Jeff “confessou” o que tinha feito no passado e isso certamente vai trazer consequências para todos os envolvidos.
A série conseguiu neste episódio manter o ritmo que nos foi apresentado na semana passada e apesar de não se ter passado muito mais do que isto, as coisas foram desenvolvidas com coerência e ainda uma pequena, mas aceitável, dose de ansiedade.
Ainda é um pouco cedo para avaliar a consistência que The Following irá apresentar este ano, mas para já tenho de admitir que estou a gostar. Claro que esta série já nos mostrou que é capaz de muito mais e espero que erros cometidos no passado não venham a ser novamente feitos.
Nota: 7.5/10
Carlos Oliveira