Contém SPOILERS.
Finalmente, finalmente! Odeio estes hiatus longuíssimos. A única coisa boa é que vamos ter onze episódios seguidos e sem interrupções pelo meio. Por um lado até percebo. Kitsis e Horowitz queriam que tivéssemos tempo para superar a história de Frozen. Bom, conseguiram. Bem vindas a Storybrooke, Rainhas das Trevas!
Passaram seis semanas desde que Elsa, Anna e Kristoff partiram para Arendelle. E passaram seis semanas desde que Belle expulsou Rumplestilskin da cidade. Dos primeiros consegui recuperar. De Rumbelle não. Ainda dói um bocadinho grande.
Contudo, a vida seguiu em frente. Regina voltou a ser Presidente da Câmara. Snow voltou a ser professora (não será um conflito de interesses ela dar aulas a Henry?! É Storybrooke, não faz mal. Além disso, saber que Henry continuava a ir à escola foi uma surpresa só por si. E mais, porque é que Snow não gostava de ser Presidente? Ela não foi rainha da Floresta Encantada e lutou contra Regina para conquistar o que era seu?! Não gostou do poder ou acha que Regina merece o lugar porque foi ela quem os levou para lá? Desculpem, estou a divagar…). Emma ainda é xerife e continua feliz com Hook. Ela, Regina e Henry continuam empenhados na busca do autor. Sabemos depois por Blue que o autor e o feiticeiro são pessoas diferentes. Mistério, mistério, mistério! C’um caneco. Deve ser a única história em que todas as personagens estão completamente na ignorância. Nem Rumple que sabe sempre de tudo faz ideia do que se passa aqui. Hook e Belle juntaram forças para descobrir uma maneira de libertar as fadas do chapéu do feiticeiro e de descobrir mais sobre a mansão misteriosa.
Hook: As a big a bastard as he was, he did love you.
A sério que eles demoraram um mês e meio a ter esta conversa?! Será que Belle nunca tinha dado a entender que uma ínfima parte dela duvidava do amor de Rumple?! Enfim. Mas o importante daqui é que Belle descobriu um feitiço que um professor de linguística de Oxford tão amavelmente traduziu para eles. Calma lá. Sim, eu sei que isto foi tudo obra de Rumple (e já falamos dele e do seu plano brilhante – ou pelo menos da parte que sabemos). Todos aqueles livros (ou, pelo menos os de feitiçaria) devem ter vindo da Floresta Encantada. Como é que um professor terráqueo sabia esse tal dialeto? Eles não terão achado um bocadinho estranho o quão conveniente isto foi? Estariam assim tão desesperados?
As fadas não voltaram sozinhas (sim, o feitiço resultou. Oh, meu Deus!!). Com elas, trouxeram uma criaturazinha muito familiar às nossas vilãs. Chernabog…
Maleficent. Ursula. Cruella de Vil. Um trio delicioso de vilãs, sendo a última uma surpresa. Cruella supostamente era do nosso mundo. E nunca teve poderes. Não deu para ver muito dela no último episódio, mas fiquei cética. Todavia, Victoria Smurfit entrou a matar com a sua personagem. Ainda nos falta saber a sua história (a das três, na verdade) mas gostei tanto dela que vou confiar que haja alguma lógica que ela pertença ao mundo dos contos de fadas.
Tinha-me esquecido que ainda não sabíamos como é que Rumple obtivera uma maldição. Claro que tinha que haver algum truque e ele enganou as três para a conseguir. Clássico de Rumple. Inicialmente, pensei que fosse a mesma que Regina usou para levar todos para a Terra, mas depois lembrei-me que Regina roubou essa maldição a Maleficent. Será que Maleficent a roubou a Rumple por ele as ter abandonado? Ou é outra qualquer que o Dark One ainda não usou?!
Maleficent: Lovely, now I’ll never get the smell of fish out of this dress.
Esta foi a primeira vez que elas trabalharam em conjunto. E, para vilãs, até se ajudaram umas às outras. Terá sido esse laço criado devido a monstro que as vai unir para conquistar o final feliz que tanto desejam em Storybrooke? É a primeira vez que temos uma equipa. Regina trabalhava com Rumple mas era mais tenso. Cora. Pan. Zelena. Ingrid. Agora temos uma equipa de vilões! Se com um o pessoal já se via desesperado imaginem agora com quatro… (quase que estou a adivinhar que vai ser o Rumple a safá-los no final.). Isto vai ser divertido!
OK, eu sei que a série adora dar segundas oportunidades a vilões. Adoro o conceito e tem sido muito bem trabalhado até agora. Mas… Regina e Emma estão habituadas a maus da fita. Raios, a Regina já foi uma. Como, COMO não acharam no mínimo estranho Cruella e Ursula contactarem-nas com as informações todas? Sim, elas ficaram desconfiadas, mas porque é que não lhes fizeram mil perguntas?! E como é que engoliram a história do Rumple com aquela facilidade? Ela sabem perfeitamente como é que ele é. Cheio de artimanhas e com fortes poderes de persuasão. E mais… se Belle o expulsou de Storybrooke para sempre como é que ele conseguiu regressar sem a adaga dar sinal? É certo que não sabemos bem os poderes dela, mas… Sei lá. Foi demasiado fácil e não foi. Só mesmo Rumple para ter um plano B depois do desastre do seu último plano. Para mim, isso – aliado à sua constante luta entre o bem e o mal – é que o tornam a melhor personagem da série. Tenho dito.
Rumplestiltskin: The beast went after the thing with the darkest heart, but it wasn’t Regina, it was Emma.
Snow e Charming estiveram muito apagados na primeira parte da temporada. Limitavam-se a ser os pais de Emma e ajudarem nos problemas de monstros e vilões do costume. Já se pedia algo mais para o casalinho e aqui está. Surpresa! Elas conhecem a Ursula e a Cruella. Sobre algo que aconteceu no passado e tem a ver com Emma. Terá algo a ver com o ‘coração negro’ de Emma que Rumple estava a falar?! Mais segredos?! Não foi difícil o suficiente Emma aceitar o que fizeram por ela? Mais drama nos Charmings… Venha ela.
Ah, e vimos novamente a Snow White versão má. Gosto.
Snow: I’ll rip out your hearts myself.
Sim, tive saudades do Will Scarlet. Do Robin e da sua carruagem de drama, nem por isso. Não há-de ficar longe por muito mais tempo, mas vai ser bom enquanto durar. Fora isso, foi um bom regresso, apesar das facilidades da história.
Nota: 8/10
Maria Sofia Santos