Harper, uma jovem universitária aparentemente inofensiva, é o novo número que Harold e John precisam de resgatar. A jovem é uma dotada trapaceira, especialista em avaliar pessoas, e com um inteligente talento para golpes. Não é uma assassina, mas é uma criminosa que se mete no caminho de quem não deve.
Há um segundo inimigo, que tem estado a construir o seu império, enquanto os nossos heróis combatem as forças de Samaritan. Esse inimigo é The Brotherhood (A Irmandade), uma associação mafiosa liderada por Dominic. Harper é uma ladra de identidades, uma artista na arte de se esconder e uma engenhosa negociante; tentou maquinar uma pequena guerra entre The Brotherhood e um cartel mexicano, ao furtar uns valentes milhões de dólares de uma loja de marijuana medicinal legalizada. Ao cruzar os interesses de ambas as organizações criminosas, Harper consegue fugir com o dinheiro e fica automaticamente no radar de Dominic.
Root está de volta, mas não para ajudar os seus compinchas. Não revela a nova tarefa dada pela Máquina e Harold, curioso, segue-a até a uma empresa de aplicações informáticas. Temos alguns vislumbres do que Root anda a fazer, mesmo que não saibamos exatamente qual é o propósito. É tão bom ver Amy Acker novamente na melhor prestação da sua carreira e relembrar estas misteriosas tarefas que a aproximam tanto da Máquina.
John e Fusco tentam lidar com a situação de Harper, cujo namorado foi raptado por Dominic e se torna num novo alvo. John pretende negociar com o líder da Irmandade para que as duas vítimas saiam ilesas da situação, em troca do dinheiro furtado por Harper. Dominic, como é óbvio, não está para aí virado e não aceita os termos do acordo.
Um aspeto bem interessante é que temos em primeira mão o motivo da relativamente longa ausência de The Brotherhood da temporada. Dominic está a construir um império onde os nerds informáticos fazem aquilo que sabem fazer melhor: jogar computador. Estes jogos têm o propósito de lavar dinheiro de forma a não serem identificados pelos radares policiais. Ao utilizarem dinheiro fictício, típico do jogo, estão na verdade, a fazer transações com dinheiro real. (Mais uma das muitas ideias geniais da equipa de guionistas!)
Outro aspeto interessante é na diversificação de papéis femininos que temos na série. Desde o início da série, que a equipa de Jonathan Nolan tem insistido em superar a questão da fragilidade feminina. Desde vilãs a sedutoras vigaristas, agentes impetuosas a gangsters sem lei; as mulheres em Person of Interest são tão fatais quanto os homens. Aliás, é nesta premissa que a série retira os seus melhores momentos, mostrando que a sua criatividade não tem limites.
Para não revelar muito mais do episódio, dou aqui por terminada a review. Vejam o desenlace por vocês mesmos e tirem as conclusões que quiserem. A série é genial, até naqueles casos diários e rotineiros que não contribuem para a narrativa principal, uma vez que prende o espectador do início ao fim com os seus enredos criminosos abundantes e diversificados.
Nota: 8.5/10
Jorge Lestre