Person of Interest – 04×13 – M.I.A.
| 05 Fev, 2015

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04x13 - M.I.A.

04×13 – M.I.A.

Podemos falar um bocadinho sobre a ‘fabulosidade’ desta série? Talvez seja melhor não, ou teria aqui material suficiente para escrever uma tese de mestrado.

Mas vamos falar sobre o episódio desta semana! Sobre o magnífico, emocional e elucidante episódio desta semana! Se os guionistas de POI continuarem com episódios desta qualidade acho que o meu coração não aguenta!

No seguimento da pista ténue que Finch lhes dá sobre o possível paradeiro de Shaw, viva ou morta ainda não sabemos, os nossos heróis, Root e John Reese viajam até uma pequena vila nos confins de Nova Iorque.

Já no episódio anterior tínhamos visto que, ao contrário de Finch que me parece muito friamente convencido de que Shaw está morta, John e principalmente Root (pudera) continuam muito abalados com o acontecimento e conduzidos por uma fúria tão típica deles a fazer de tudo para encontrar a companheira.

Ao chegarem a Maple, a pequena vila, descobrem que ela está a ser usada como gaiola de testes por Samaritan. As suas pessoas a funcionar como cobaias, num ambiente onde Samaritan define as condições e as variáveis do meio. 1 ponto para os guionistas por terem introduzido este laboratório do comportamento humano à storyline de Samaritan. Ao contrário da Máquina, Samaritan não foi “ensinada” a entender os seres humanos, então construiu o seu pequeno laboratório em Maple para estudar as interações e reações humanas e a nossa vida em comunidade. Para além disso, Samaritan criou em Maple uma fábrica de transponders e implantes cerebrais com transmissores de localização, que se enquadram nos planos de controlo da humanidade que a Inteligência Artificial tem definidos.

Infelizmente, depois de seguirem as pistas e tirarem informações à força de alguns habitantes de Maple, John e Root percebem que estiveram o tempo todo a seguir as pistas erradas, e a sua esperança na sobrevivência de Shaw é cada vez mais abalada.

Enquanto os nossos três protagonistas andam na cruzada para encontrar Shaw, voltamos ao “salvar números” pelas mãos de Fusco, e de uma personagem que já nos foi introduzida no início da temporada e que voltámos a ver esta semana: A Detetive Dani Silva. Sei, isto é, espero que Dani não entre no elenco regular para substituir Shaw durante esta temporada, contudo, agrada-me a ideia de vermos Dani Silva mais recorrentemente. Especialmente porque ela traz uma panóplia de portas para serem exploradas. Não há dúvida que a interação dela com o Detetive Fusco neste episódio foi muito boa. Fusco pode parecer aquele personagem mais secundário, mas é na verdade dos elos mais importantes nesta série, trazendo firmeza e sendo crucial em vários momentos. E é aqui que acho que Dani Silva vem também dar um contributo especial. Até aqui, Fusco tem vindo a ser moldado e empurrado a evoluir pelos outros personagens principais, especialmente por Carter (RIP). Também já tivemos mais que uma ocasião em que é ele a voz da razão dos outros protagonistas, mas parece-me que agora com Dani, se a continuarmos a ver, ele vai ter uma hipótese de ser o verdadeiro mentor, e um bastante bom. Já para não falar que o Detetive John Riley já não me parece ter grande futuro criativo, e assim podia ser que dessem ao Fusco uma nova parceira e que deixassem o John mais livre para as missões e para, gostava eu, continuar a ajudar a Root a tentar encontrar Shaw.

Avançando. Eu acho que vou começar a desenvolver uma espécie de reflexos pavlovianos aos 5 minutos finais de todos os episódios de POI, do género: mal o episódio entrar nos 5 minutos finais, começo a tremer de ansiedade porque já sei que algo extremamente emocionante, horrível ou inesperado vai acontecer!

Este episódio não foi exceção, os últimos minutos foram preenchidos pela emocionante conversa entre Finch, a Máquina, e uma completamente abalada Root.

Os diálogos entre Finch e Root são sempre dos melhores desta série, brilhantes mesmo, e este então, acoplado à magnífica representação de Amy Acker, foi de deixar qualquer um com o coração apertadinho no peito.

Root começa a questionar o seu Deus, a Máquina. Ela sabe que, tendo as capacidades que tem, a Máquina deve saber se Shaw está viva ou não, mas por alguma razão não lhe revela esta informação, e Root não consegue compreender o porquê. Em vez disso, a Máquina responde-lhe:

Sierra
Tango
Oscar
Papa

STOP, pede para que ela e a equipa parem de procurar Shaw (Vê-se mesmo que foi criada por Harold, visto que partilha exatamente da mesma perspetiva que ele). Harold tenta explicar a Root que continuarem a procurar Shaw só os vais colocar a todos em perigo, que têm que se conformar com a ideia de talvez nunca saber se ela está viva ou morta e continuar a salvar números e arranjar uma forma de sobreviver até saberem como destruir Samaritan.

É em alturas como estas que Finch me irrita um bocado e me parece bastante hipócrita. Alguém o devia relembrar de como ele ficou quando Greer raptou a sua amada Grace. Quando Root estava em vias de torturar a Control e a Presidente de Maple, Harold fartou-se de a tentar dissuadir, dizendo que eles não são monstros e que não é assim que resolvem as coisas, mas quando era com ele, quando Grace estava em perigo: “If they harm her in any way, kill them all”. Quem é o monstro afinal?

E Root como podia ele achar que Root se ia conformar com isto? Ela precisa de uma resposta. Encaremos os factos, a pessoa que Root ama está desaparecida em combate e eles estão-lhe a pedir que pare de a procurar? Claro que ela não se vai conformar!

A cena termina com Root, derrotada, a dizer “Goodbye, Harold.” e a afastar-se.

Teremos aqui o início da quebra da ligação cega de Root com a Máquina? Até tremo só de pensar! E pronto, já estou mesmo a ver que durante os próximos episódios não vamos ter Root. O que é uma pena. Mas tenho esperanças que valha muito a pena.

E quando já estava eu a pensar que o episódio ia terminar com a cena da Root a deixar o Harold especado ao lado da cabine telefónica, é então que se ouve o inesperado!

 Quando ainda só vemos a cara de Greer, mas se começa a ouvir a voz de Shaw, ainda antes de aparecer a cara dela, deitada na cama do hospital de Samaritan, tudo em mim atrofiou!

A Root precisa de uma resposta, mas foi a nós que os produtores de POI a deram! Shaw está viva! Está mesmo viva! Sim, já sabíamos que eles tinham todas as intenções de trazer Sarah Shahi de volta ao papel mal ela se sentisse pronta. Mas depois disto já não há dúvidas nem especulações sobre se o regresso dela seria só em flashbacks ou se iríamos mesmo ter Shaw de volta! Ela está viva!

Quem é que estaria à espera que eles tivessem filmado este bocadinho com a Sarah, antes de ela ter entrado em licença de maternidade, para nos mostrarem agora? Eu não estava nada à espera! E isto faz-me questionar se não terão feito mais pequenas cenas destas para nos irem alimentando “bocadinhos” de Shaw até ao final da temporada. Era de valor!

Mas de que é que me estou a queixar. Tudo isto já foi épico! Que mais podemos querer?

Momento preferido do episódio: Schrödinger Shaw FTW!

Root: You know about Schrödinger’s Cat? There’s a cat. Trapped in a box with something lethal. There’s a 50% chance the cat’s been killed, but until you open the box, there’s no way to know one way or the other. Quantum physics says before you open the box, the cat isn’t dead or alive. It’s both.

John: What about after you open the box?

Root: Reality collapses back onto itself. Cat’s either alive or it’s dead.

John: Well we’re gonna see reality soon. But you don’t bet against Shaw.

Root: No. Nothing kills that cat.

Nota: 10/10

Mélanie Costa

(A substituir, excepcionalmente, o reviewer regular, Jorge Lestre)

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