Contém SPOILERS.
Penguin: Walking with a friend in the dark is better than walking alone in the light.
O episódio de hoje centrou-se todo no medo. Em como o superar. E é destes que eu gosto, quando as histórias das nossas personagens tenham um ponto em comum, mesmo que cada um ande a fazer a sua coisa.
E a verdade é que aconteceu muita coisa em The Scarecrow. Primeiro, tal como o nome o indica, conhecemos as origens de outro inimigo de Batman. Vimos Bruce seguir em frente. Vimos o desenvolvimento do romance de Jim e ‘Lee’. Vimos Fish Mooney no fundo do poço. E…e tivemos o primeiro encontro entre o Penguin e o futuro Riddler. Nada mau para quarenta e dois minutos, não vos parece?
Gotham está tão recheado de bons vilões que é difícil sentirmos simpatia pelos passageiros. Mas o Dr. Crane merece destaque, mais pela boa interpretação de Julian Sands do que outra coisa. E o que estará reservado para o pobre Jonathan? Arkham? Seria uma boa aposta que ele continuasse a aparecer de vez em quando.
O pequeno Bruce decidiu continuar a tradição que tinha com o pai e fazer a caminhada anual. Sozinho. A história foi simples mas envolta de simbolismo. Bruce é apenas uma criança (e mesmo que não fosse!), claro que continua a chorar a morte dos pais e a raiva da perda tão precoce. Continuo, Bruce não está sozinho. A cena em que ele está a subir a ravina e Alfred está à sua espera no topo é fantástica. Alfred nunca o deixará, mas isso não quer dizer que não o deixe enfrentar certos percalços da vida sozinho.
Jim tem a namorada no trabalho. Claro que um tonto como ele não perceberia as implicações daquilo. De perder a sua reputação de durão na polícia. Enfim. Cresce, Jim. Mas primeiro terão que crescer os idiotas dos teus colegas. Um ponto extra nestas cenas pelos comentários sempre bem-vindos de Harvey. Ah, e parece que na próxima semana temos uma ida ao circo…
Os nossos mafiosos favoritos – Falcone e Maroni – andaram a acertar contas relativamente ao Penguin. Aquela amizade é muito interessante. Eles estão constantemente em lutas de poder, mas no fundo são amigalhaços (e acredito piamente que sejam). Não vos faz lembrar os deputados da Assembleia da República?
O nosso Penguin andou com o rabiosque assustado. Assustado das represálias de Maroni e de não ser bem sucedido a gerir a discoteca. Bom, enquanto Falcone estiver vivo (que ainda serão uns bons anos, felizmente), Maroni não encostará um dedo. Todavia, estas andanças ainda vão dar muitas voltas.
E o que dizer daquele encontro? Edward ‘Riddler’ Nygma e Oswald ‘Penguin’ Cobblepot frente a frente. Foi um tímido (mas muito bom) face off de super vilões. O vencedor? Não sei, estava demasiado entretida para reparar.
Fish… Foi Fish. Claro que ela perdeu aquela guerra (ou lá o que foi) com o homem que invadiu o barco e foi para uma espécie de cave. Passei o tempo todo a pensar e a querer saber o que raio se passava ali e cheguei a pensar que ficássemos às escuras. Ora, Fish é agora a chefe (claro que é) e descobre que faz parte de tráfico de órgãos (pela cena da rapariga, é o que se supõe…). Vá lá, Fish. Mostra-nos o teu melhor e safa-te com grande estilo dessa enorme alhada. Às tantas, mais valia ter ficado em Gotham.
Esta segunda metade da temporada voltou mesmo melhor. Há mais desenvolvimento das personagens, mais acção e menos superficialidade. Bruno Heller já percebeu que tem que apostar mais nos vilões e faz ele muito bem. Queremos mais (e não é que vamos ter?).
Nota: 8/10
Maria Sofia Santos