Logo quando a série estava a ficar tão boa voltámos às políticas, aos episódios arrastados, às lutas mesquinhas pelo poder. Flint e Vane estão oficialmente em guerra, mas nada disso se viu aqui. Conversa, conversa, conversa, Flashback, flashback, flashback.

Os flashbacks até agora têm-nos mostrado a evolução da relação de Flint e Miranda Barlow. Não consigo gostar dela, nem no passado. Não a culpo por se sentir atraída por um homem charmoso como McGraw (?), mas trair um homem íntegro, honesto e nada de se deitar fora que é o marido dela? Enfim. Vamos ver onde é que esta história nos leva e se tem impacto no que se está a passar presentemente em Nassau (e parece-me que se vai cruzar na história de Vane). Sim, porque os planos utópicos de Hamilton deram tudo menos bom resultado…

Flint quer arrancar Vane à força do Forte. Vane faz tudo menos o que lhe mandam e não mexe nem um dedo do seu território. Dois homens poderosos e complicados, que poderiam ser tanto os melhores amigos como os piores inimigos. Ainda gostava de saber o que desencadeou este ódio entre os dois capitães.

Por muito bem situado que o imperioso navio de guerra espanhol esteja, Vane tem o apoio dos homens da praia. E isso conta muito. Mais do que ter um navio quase indestrutível. Mas Flint não é homem de baixar os braços e reconheceu um aliado muito valioso em John Silver. Ele também é um homem extremamente inteligente mas depois peca por ser cobarde e preguiçoso. Neste caso, contudo, e enquanto os seus interesses (ouro no bolso) estão em cima da mesa ele fará de tudo para Flint ser bem sucedido. E lá conseguiu convencer as pessoas com as suas artimanhas. Ele não estava a contar era de encontrar Billy Bones, que ainda é muito da temporada passada e pensa que Gates está vivo. Será ele a chave para evitar o conflito?

A rapariga raptada voltou finalmente a si e Vane interrogou-a. Ela parece saber pouco pelo pai e não o vê há muito tempo. Será Peter Ashe vai pagar o resgate da filha tal como ela assegurou a Charles ou há uma jogada secreta?

Eleanor é que anda gelada e desesperada com o que anda a acontecer. Tal como todos dizem, ela não é exatamente racional quando se trata de Vane, mas aqui trata-se de proteger a ilha. Destruir o Forte deixará a ilha desprotegida. Ela ainda tentou pedir ajuda a Mrs. Barlow, mas essa não anda muito para aí virada. Oh, essa só se mexe quando lhe interessa.

A melhor parte do episódio foi mesmo o trio maravilha. Depois da noite a três, Max, Anne e Jack tentaram lidar com o que se passou. O que está acontecer é claro, Max e Jack estão a lutar pelo coração de Anne mas as coisas não assim tão simples. Por muito que Anne não consiga abandonar a cama de Max, também não consegue deixar Jack, o seu fiel companheiro de há tantos. Isto não se vai resolver tão depressa e ainda bem. Estou a adorar esta história.

Agora, gostaria de saber porque é que Max se está a empenhar tanto para os ajudar a regressar aos mares. Será só devido aos seus sentimentos por Anne?  Ou ela simplesmente quer ter a sua parte dos lucros deles? Ou vingar-se de Eleanor? Se calhar é mesmo a segunda opção e estou a esperar demasiado daqui.

Já há navio, há há tripulação. Agora, quando é que Anne e Jack partem novamente para os mares? E para onde? Será que vão em busca do Urca como Flint? Isso sim seria interessante.

Ainda pensei que a conversa com o Mr. Scott fizesse Flint ver a razão, mas não. Vai mesmo haver guerra. O que será de Nassau depois disto?

Capitão Flint: Fire. 

Nota: 7/10

Maria Sofia Santos