The Originals é, sem dúvida, a mais viciante série que vejo atualmente. A verdade é que poucos compreendem o facto de eu não ver (leia-se gostar) The Vampire Diaries e devorar este spin-off. É bem visível o distanciamento criado entre as duas séries e The Originals não necessita da “mãe” como muleta para se segurar. Sem teorias mirabolantes ou forçadas, a minha série chegou, conquistou, melhorou e viciou os seguidores de séries de teor sobrenatural.
Que comecem os spoilers… e os ansiolíticos!
O episódio foi mais parado que os anteriores e, na minha opinião, estávamos a necessitar de algo assim para nos ajudar a contextualizar o enredo que por aí vem. Apesar de terem sido 42 minutos em que pouco o enredo se desenvolveu, começamos a perceber o quão perigosos serão os conflitos daqui em diante.
Começando pela personagem mais complexa da trama: Klaus! Começou como um ser desprezível e egoísta… mas lentamente deu-se a conhecer e percebemos que afinal ele tem problemas em confiar em alguém e que adora a família, sobretudo Elijah, o seu irmão e protetor ao longo dos séculos. Sabendo que Elijah não acorda porque está sob influência de um dos feitiços de Esther, Klaus parte em busca da raiz de uma planta que o salvará. Mas a busca sai dificultada/facilitada (depende do ponto de vista) pelo aparecimento de Ansel, o pai biológico de Klaus. Não é segredo nenhum que Esther ressuscitou Ansel para que este convencesse o filho a abandonar o vampirismo e aceitar a sua origem: a licantropia! Apesar da desconfiança, Klaus aceita a companhia e a ajuda do pai na sua busca… e Ansel corresponde às expetativas, ajudando-o a preparar a poção que acordará Elijah. Ansel reconhece que sabe que a neta está viva e Klaus, mesmo querendo com todas as forças aceitar o apoio do pai, acaba por matá-lo para que Esther não descubra este terrível segredo.
Davina e Kol estão cada vez mais próximos… Até nos silêncios as trocas de olhares ensurdecem-nos! Estes dois têm uma química excelente, apesar de eu achar que não foram as “escolhas de casting mais felizes da série”. Davina não desiste do seu plano de aniquilar Klaus e Kol ajuda-a, no entanto, não sei até que ponto ele está a ser sincero com a sua apaixonada. Mesmo assim, também não o vejo submisso aos desejos da mãe. O ideal é esperar para ver o desenrolar do enredo, mas as coisas estão a ficar feias! Kol leva Davina ao laboratório secreto das suas antepassadas e mostra-lhe um novo lado da bruxaria através de objetos amaldiçoados. Cansada, a jovem adormece e Kol leva-a para o sótão onde Davina viveu escondida durante meses.
Hayley, com a ajuda de Marcel e Cami, e mais tarde de Jackson, iniciam a vingança contra Esther. Pela primeira vez tenho pena de Finn, pelos flashbacks do bruxo ex-vampiro, ele sempre se sujeitou a um papel secundário da família, pondo-se sempre os seus interesses em segundo plano. Pela primeira vez, Finn poderá ter encontrado alguém que ame… e é correspondido, ou não! Pois é, Cami apenas distrai o bruxo para que este seja capturado. Ironia das ironias, o grupo consegue capturar não um, mas os dois filhos bruxos de Esther e recuperar a estaca de carvalho branco!
Elijah acorda consciente dos seus demónios do passado, mas sabe que têm humanidade em si, apesar do vampirismo… Os dois irmãos estão mais unidos que nunca na luta contra os pais. E agora têm Kol e Finn e o único objeto que os pode matar sob a sua alçada.
Davina acorda e vê que Kol possivelmente fugiu com a estaca de carvalho branco e fica desesperada!
Esther chega ao seu covil e revê um pesadelo: Ansel está morto da mesma forma que Mikael o matou há séculos atrás! A bruxa fica em choque, mas é sol de pouca dura… depressa se põe a caminho e captura Cami!
O episódio desenvolveu calmamente a ação e terminou com cliffhangers em todos os núcleos! Nesta perspetiva, teremos um oitavo episódio explosivo, repleto de ação e emoção… A qualquer momento veremos Mikael na sua busca de vingança e o regresso de Dahlia, que trará Freya consigo, que vem reclamar o que lhe é devido!
Questões em análise:
Nota: 8.5/10
Rui André Pereira