Recordando-nos do episódio passado, este foi bastante intenso, e este season finale vem concluir o que o outro começou, esperamos nós. Clara Oswald dirige-se a um dos cybermen, dizendo que Clara Oswald nunca existiu, e que é o Doctor.
Lá fora, as pessoas, em vez de temerem os cybermen, tiram selfies com eles, mas afinal, no meio desses admiradores, há polícias. Mas, como já sabíamos, os cybermen e The Master, não andam aqui a brincar! The Master anuncia ao Doctor que a raça humana vai deixar de existir! A polícia atinge-os com tranquilizantes, mas o Doctor ainda consegue dizer algumas palavras antes de adormecer.
Danny ainda está do outro lado, sem compreender, na totalidade, o que se passa. E os cybermen, que explodiram no ar, sobrevoam, numa nuvem negra, o cemitério.
Uma água vinda não se sabe bem de onde, invade uma casa funerária, e os mortos erguem-se na forma de cybermen. Ao mesmo tempo, Doctor e a polícia unem esforços para salvar a humanidade. E Clara continua a dizer aos cybermen que não é Clara Oswald, ao mesmo tempo que eles insistem. Um outro cyberman aparece, põe a rapariga inconsciente, e revela não estar sobre o mesmo controlo que os outros, além de trazer com ele um pequeno pormenor…
Clara acorda num cemitério, e para tornar as coisas ainda mais creepy, a terra mexe-se, e Clara não está sozinha. Ao mesmo tempo, o Doctor previne a polícia de que não conseguirão vencer alguém que consegue controlar os mortos e usá-los.
A/O excêntrica/o Missy/Master vai fazendo as suas vítimas, mesmo estando sob a tutela policial. Voltando nós a Clara, esta já está rodeada de cybermen, e vemos, outra vez, o cyberman diferente. E quem é esse cyberman? Danny. Clara pede ajuda ao Doctor para satisfazer um pedido que Danny lhe fez, e este diz-lhe que se o fizer, estará a cometer suicídio. O amor de Clara é mais forte, e não dá ouvidos ao Doctor. As coisas complicam-se para a personagem de Peter Capaldi, mas acaba por conseguir entrar na TARDIS e ir até ao cemitério, para a tentar impedir, e ter uma (última?) conversa com Danny.
Clara aponta a screwdriver a Danny, e Missy/The Master, surge, qual Mary Poppins. De repente, tudo muda, a mulher/homem dá ao Doctor o controlo dos cybermen e diz-lhe que ele tem de entender que os dois não são assim tão diferentes, e que precisa do seu amigo de volta. Vemos, então, alguns flashbacks, e o Doctor conclui que é um idiota, e que o amor não é uma emoção, mas uma promessa.
Danny “acorda” e assume o comando dos seus colegas cybermen. Todos eles se elevam no ar e explodem. Logo de seguida, Clara quer matar Missy/The Master, mas o Doctor retem-a. Quando o Doctor se prepara para ser ele a aniquilá-la, logo depois de ela/ele, como de costume, pedir que dissesse algo simpático, e ele lhe responder “You win”, é um cyberman que a faz desaparecer.
Algum tempo depois, o espírito de Danny aparece em casa de Clara e entrega-lhe o menino que estava com ele “do outro lado”, pedindo-lhe que o entregue aos pais. Depois disto, Clara encontra-se num café com o Doctor, que lhe diz ter encontrado Gallifrey, e que pretende ir para lá.
O fim fica a saber a pouco, Clara agradece-lhe por tê-la feito sentir-se especial, e o Doctor retribui o agradecimento, desaparecendo na TARDIS. Danny não volta a aparecer, portanto, vamos supor que morreu mesmo, não é? Apesar não ter sido uma personagem muito explorada (Rory teve mais “tempo de antena”), é impossível não nos comovermos com a perda de Clara, e com a dor que isso lhe traz. Quanto ao Christmas Special, que nos é dado a conhecer é muito pouco para sabermos o que esperar, excepto que teremos o Pai Natal como convidado! Não há Clara, portanto, será que esta foi uma despedida permanente? Até à 9ª temporada? Teremos uma próxima temporada? A série não pode acabar assim, é certo. Mas em Doctor Who, nada é certo.
Esta foi uma temporada diferente, é inegável, julgo eu, como já tenho apontado em reviews anteriores, mas não vos vou maçar a repetir-me. Houve um grande protagonismo nos companions, neste caso, em Clara Oswald, e talvez o Doctor tenha acabado por passar para segundo plano. O que não acho que tenha sido, de todo, positivo, pois Peter Capaldi estava a encarnar a personagem pela primeira vez, e os fãs também se estavam a habituar à mudança, depois de tanta dor com a partida de Matt Smith. Ainda assim, Doctor Who nunca decresce no seu nível de qualidade, e foi uma temporada, que como as outras, passa demasiado depressa, e nos faz querer sempre mais episódios. Mas bem, não desesperem, temos encontro marcado dia 25 de Dezembro. Depois, já podem desesperar!
Nota: 8/10
Nota de temporada: 7,5/10
Beatriz Barroca