Depois de uma pausa de uma semana, Chicago Fire está de volta. E em grande! A série atingiu níveis de audiência que se situam num dos melhores registos de sempre, invertendo assim a queda que se estava a acentuar desde o episódio de arranque desta temporada. Esta subida considerável deve, certamente, estar relacionada com o triplo crossover promovido pela NBC, envolvendo Chicago Fire, Chicago PD e Law & Order: Special Victims Unit.
O episódio arranca com a desconfiança da corporação em relação às mazelas de Newhouse. Especialmente Mills, que já viu de perto o quão perigosa pode ser a atividade paralela daquele bombeiro. Tiros e agressões estão presentes no menu. Aparentemente Newhouse está a lidar com um criminoso, na tentativa de o apanhar e receber algum dinheiro. Mas as coisas não parecem estar a correr bem para o lado dele e Mills começa a ficar farto deste jogo do gato e do rato.
Mas a revelação deste episódio surge da parte de Severide. O homem voltou casado de Las Vegas. É algo que acontece com alguma frequência na cidade do pecado. O bombeiro foi lá passar uns dias, jogar um pouco nos casinos e entretanto a sorte grande foi outra. Quando Severide partilha a boa nova com Boden e Mouch, até teve uma boa receção. Mas quando diz que quer alterar a documentação para incluir já o nome da nova esposa como herdeira, o caso muda de figura. O receio é que Brittany Baker (a senhora Severide) seja alguma malabarista pronta a dar o golpe. Mas o homem parece completamente anestesiado, vidrado com a questão do casamento. Mesmo quando o tentam alertar para o facto de ter acontecido de forma muito súbita. E quando Gabby tenta uma abordagem mais direta, Severide acaba por pressionar algumas “feridas” na relação dela com Casey. O certo é que apesar do ar inocente e angelical da moça, e de esta ter dito que Severide a salvou, não é claro o verdadeiro propósito da recém casada. Partindo do princípio que há um propósito.
Entretanto, Sylvie quer voltar a praticar algum desporto e acaba por se inscrever em aulas de Zumba. O que ela não esperava (nem eu), era que o instrutor fosse… Joe Cruz. Parece que isto de ter empregos paralelos está a pegar moda na corporação. E alguns são bem criativos! E por falar em Sylvie, a paramédica pareceu um pouco incomodada com o casamento de Severide. Ele até a tinha convidado para ir a Las Vegas mas esta recusou. Agora parece não estar muito contente com o desfecho da viagem de Severide.
Quanto às emergências, não param de surpreender. Quando um carro capota e fica preso numa conduta em construção, bloqueando qualquer acesso à vitima, a equipa vê-se obrigada a desmantelar parte da viatura para conseguir o socorro.
Durante outra operação de resgate, a equipa consegue socorrer um homem que se encontrava num edifício em chamas. Mas durante o resgate, deparam-se com uma caixa repleta de fotografias de crianças, presas, fazendo antever um cenário assustador. A investigação fica a cargo da equipa de Chicago PD, claro. Durante o processo de investigação, Lindsay encontra uma fotografia do irmão que já não vê há muitos anos. E com isto surge o caso para o crossover e consequente chegada de Law & Order: Special Victims Unit que se junta às duas séries de Chicago.
Em relação aos crossovers, no geral, para ficarmos a saber os contornos das histórias apresentadas, temos de ver as séries envolvidas. Quem não acompanhar, terá de pelo menos assistir ao episódio em questão. Neste caso em concreto, o episódio de SVU é o 7º da temporada 16, com o nome “Chicago Crossover”. No caso de Chicago PD, 7º episódio da temporada 2, com o nome “They’ll Have to Go Through Me”. Quanto à ordem, primeiro Chicago Fire, depois Special Victims Unit e por último, Chicago PD.
Nota: 9/10
Ricardo Almeida