Definitivamente podemos admitir que a equipa de Blacklist está a sofrer uma mutação.
O Harold parece mais calmo, paciente, como se estando a espera de algo. Talvez como diria o escritor a crónica de uma morte anunciada, uma vez que se falou de um “diagnóstico” depois da passagem pelo hospital.
Ressler sempre metido com ele próprio, parece ainda mais fechado dentro da sua concha mas pronto para confrontar Lizzie com a sua mudança. Acabei por ficar com a dúvida se para ele esta mudança foi boa ou má.
Lizzie por sua vez parece estar a transformar-se. Visivelmente mais confiante no trabalho, deixou de ser a “xoninhas” manipulada por Red mas ainda completamente psicótica com o assunto “Tom”.
Neste episódio a aparição dele é num sonho mas novamente a forte referência da ligação de Red a vida pessoal de Lizzie. A noite do incêndio, o que tanto Red quer esconder dela. Será Naomi mãe dela?
Samar Navabi (Mozhan Marnò), é o novo membro da equipa, agente “mossad” e que já tínhamos conhecido nos episódios anteriores (foi ela que salvou Lizzie e Ressler no episódio anterior). Mais um peão no jogo de Red, e que ainda não ficou clara a finalidade dela na equipa (neste ponto já sabemos que nada acontece por acaso).
Neste episódio a estrela é Dr. James Covington. Cirurgião ligado a uma rede de tráfico de órgãos onde os seus pacientes não têm que ficar em listas de espera. Em troca de avultadas quantias estes podem “alugar” o órgão que mais precisam.
No fim não pude deixar de pensar que através de caminhos sinuosos ainda se descobrem causas nobres. Quando achávamos que este médico era um monstro, percebemos que no final a ligação dele era unicamente salvar a vida de alguém.
Não posso fechar esta review sem fazer referência ao Mr Vargas (Paul Reubens of Pee Wee Herman fame), achei brutal como um homem com um ar tão débil (nem vamos falar do capachinho) conseguiu ser tão creepy. Fez-me voltar as minhas lembranças de AHS e de miss Pepper. Vou torcer para encontrarem um lugar para ele porque adorei aquele homenzinho de camisola de gola alta amarela com horror a sangue…
Nota: 7.9
Marisa Vaz