Finalmente tivemos um episódio com alguma evolução interessante na história. Na semana passada referi que tudo estava ainda muito calmo, mas este episódio pode, espero eu, ser o ponto de viragem.
Contém SPOILERS!
Depois de Quinn ter percebido que a morte de Sandy tinha alguma jogada por trás, vemos Carrie a tentar identificar o homem que parecia estar a comandar a revolta popular. A sua busca nas bases de dados oficiais não a levou a lado nenhum, mas John Redmond conseguiu identifica-lo com sendo Farhad Gazi. Ele é um agente do ISI, com um passado na secção contra terrorismo.
Com um nome na mão, Carrie foi contar todas as suas suspeitas a Saul e pede-lhe que a ajude a desvendar este mistério. Claro que ela não iria alinhar na ideia de tornar tudo isto oficial para a CIA, uma vez que, segundo ela, ninguém iria ser responsabilizado. Saul fez uso dos seus contatos, através do general Latif. Tudo isto não deu em nada, como seria de esperar. Se realmente o ISI tem alguma culpa na morte de Sandy eles não iriam admitir assim de ânimo leve.
Um pequeno à parte: Gostei da referência à invasão ao Iraque e do 11 de Setembro, como sendo apenas uma jogada política do Bush. Muitas teorias se foram formando sobre o 11 de Setembro e até aqui se fala de que tudo não passou de uma grande encenação. É ainda referido que Bin Laden não está morto como se acredita. Será mesmo verdade?
Voltando à série, a equipa de Carrie rapidamente monta vigilância à casa de Gazi para tentar perceber de que forma ele está envolvido em todo este mistério. Mas a verdade é que isto não deu em nada e depois do que se descobriu através de Aayan acredito que não devam voltar a esta narrativa tão cedo.
Quinn chegou a Islamabad e rapidamente foi atualizado por Fara de tudo o que se passa por lá. Aliás, foi ele quem arriscou a sua vida para clonar o telemóvel de Gazi.
Aayan está a tornar-se cada vez mais uma personagem de grande importância em toda a narrativa. Os medicamentos que ele havia escondido na casa da sua namorada foram destruídos pelo “sogro” e isso valeu-lhe ainda a expulsão da universidade de medicina.
Para contornar o sucedido foi pedir dinheiro a Carrie, que provavelmente foi usado para comprar novos medicamentos. Fara e Max montaram vigilância em torno do rapaz para tentar descobrir para que seria o dinheiro, mas acabaram por descobrir algo muito mais importante. Haissan Haqqani afinal está vivo, o que marca toda uma reviravolta na história. Por que razão Sandy forneceu uma informação falsa a Carrie e ainda acaba morto? É verdade que ele poderia até nem saber que esta informação estava incorreta.
Com esta nova informação a saída de Aayan do país está posta de lado. Carrie quer utilizar o rapaz como meio de conseguir chegar a Haqqani. Fara leva-o para uma casa segura onde Carrie o seduz, para tentar ganhar ainda mais a sua confiança.
Uma nova personagem é introduzida na narrativa. Ela auto denomina-se como Tasneem e está a chantagear o professor Boyd, marido da embaixadora dos EUA. Ela está associada a uma das partes beneficiadas com a troca de informações em que Sandy estava envolvido. Com a sua morte esse benefício poderia terminar, mas ela não quer que tal aconteça.
A revelação de que Haqqani afinal está vivo vem dar um novo alento à narrativa que até agora estava, na minha opinião, muito lenta. Pela primeira vez este ano posso dizer que gostei do que se passou no episódio e deixou-me com alguma ansiedade em saber o que se irá passar a seguir.
Nota: 7.5/10
Carlos Oliveira