Gotham – 01×02 – Selina Kyle
| 03 Out, 2014

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1x02 - Selina Kyle

1×02 – Selina Kyle

 

Contém SPOILERS.

Quando vejo um bom episódio piloto tenho sempre receio de ver o segundo. A qualidade nem sempre se mantém. Como já disse, gosto bastante do universo de Batman, e esta nova versão entusiasmou-me.

Tal como o título sugere, neste episódio íamos entrar mais no mundo da futura Catwoman (nos dias de hoje é só Cat), Selina Kyle. No piloto ela limitou-se a observar e a observar e eu estava com tanta vontade de a conhecer!

Neste episódio, as ruas de Gotham andam a ser ‘limpas’ de crianças desalojadas por motivos desconhecidos, fingindo-se passar por um programa de ajuda aos sem abrigo. O caso é atribuído, obviamente, a Jim e Harvey que vão rapidamente pedir auxílio a Fish Mooney, visto que o homicídio aconteceu no seu território. Gostei da cena entre os três e de como passaram de inimigos mortais para amigos (quando lhes convém). Eram negócios e o que lá vai lá vai. Nada que o assassinato do Penguin não resolvesse.

Temos outra cena entre Jim e a noiva Barbara e vemos as diferenças entre o casal relativamente ao modo de ver o mundo. Apesar de não o aprovar, Jim já começa a ver Gotham como realmente é, uma cidade corrupta governada pela máfia. Barbara, por seu lado, não percebe e acaba por ligar para o jornal a revelar o que se anda a passar com os miúdos.

Falando no vilão, ele lá arranjou uma boleia. Mas claro que ele não se ficaria por ali. Afinal, Penguin é um homem instável e não demorou muito tempo a chacinar um dos rapazes do carro e usar o outro para arranjar dinheiro. Mas teve azar. O que vai acontecer agora a Penguin? Ele não pode voltar a Gotham… Como é uma das personagens principais, vai continuar na história e folgo em sabê-lo. É das personagens mais interessantes da série e Robin Lord Taylor brilha no papel. Mais dele, por favor!

Gordon e Bullock acabam por descobrir a droga que usavam para raptar as crianças e não demora muito até apanharem os culpados. Apesar de o caso não se ter resolvido logo ali, fiquei com a sensação de que foi tudo fácil de mais e demasiado conveniente. Quem dera que todos os casos em Gotham se resolvessem com tanta rapidez.

Estes dois parceiros têm muito para trabalhar. Harvey já sabe como Gotham funciona e aceita isso, ao contrário de Jim. Gosto da dinâmica deles e penso que a longo prazo funcionarão bem juntos mas prevejo muitos confrontos e muitas zaragatas pelo caminho. Já foi um bom sinal ele não ter revelado a Essen que fora Jim (ou a noiva dele) a informadora.

Os miúdos acabam por ser mais uma vez levados pelos criminosos que trabalhavam para o Dollmaker (outro vilão da DC Comics, que na verdade são três pessoas diferentes – quem vê Arrow reconhece a personagem Barton Mathis no episódio 2×03). Jim e Harvey chegam a tempo de evitar que as crianças sejam levadas.

Fish e Falcone tiveram um pequeno confronto. A conversa aparentemente pacífica entre os sócios mostrou quem verdadeiramente manda em Gotham (agora que a parte ‘boa’ da cidade morreu – os Waynes – Gotham está claramente desequilibrada e o lado do mal está a crescer). Falcone pode estar a ficar velho mas ainda detém as rédeas do poder. O problema é que Fish não vai desistir assim tão facilmente.

Bruce está a testar os seus limites ao queimar-se com uma vela. O rapaz está claramente a sofrer com a morte dos pais e Alfred viu-se obrigado a chamar Jim para o ajudar. Espero que o futuro Batman apareça mais vezes e que a sua amizade com Jim continue. Afinal, ajudará a explicar um das razões pelas quais Gordon depende tanto de Batman no futuro.

No final, Selina acaba por se safar de ir para o reformatório ao contar a Gordon que foi testemunha do assassinato dos Waynes. Foi uma excelente maneira de acabar o episódio e nos deixar a chorar pelo próximo.

Mais uma vez, Gotham mostrou-nos que tem muitíssimo potencial para andar. Há várias histórias para explorar e personagens para desenvolver. Será que a cidade de Gotham afinal até tem a sua piada sem o morcego?

Nota: 8/10

Maria Sofia Santos

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