Criminal Minds não pára de melhorar e no terceiro episódio conta com uma investigação de grande dimensão! Atenção aos Spoilers!
O episódio começa dentro de um avião, onde um dos passageiros nota que o seu aparelho electrónico não funciona bem. O avião depois sofre turbulência, pára de funcionar e eventualmente cai, matando quase toda a tripulação. Digo quase, pois um piloto sobrevive que e é levado a um hospital. Serviu apenas para dar pistas ou servir de suspeito temporário, pois duvido que na vida real alguém escaparia de um acidente daquele calibre…
Apesar disso, gostei de como tomaram o trabalho para brevemente introduzir algumas das pessoas (que não iam viver por mais muito tempo) a bordo, incluindo crianças, mães atenciosas e uma noiva prestes a casar. Logo quando vi a cena do acidente, pensei no bebé e o nos seus pais. Criminal Minds consegue mesmo atingir-nos emocionalmente! Quem também conseguiu emocionar-me foi Kate, que revela sentir um bocado desconfortável com o caso, pois a irmã e o cunhado morreram no 11 de Setembro. Lentamente desembrulham a personalidade da personagem, tal como lentamente começo a gostar dela. É profissional, e tenta não se deixar emocionar (apesar do passado entristecedor); além disso, descobrimos que a menina que vimos no season première com ela não era a sua filha, e sim a sua sobrinha.
Obviamente, a queda do avião não foi acidental: de acordo com o co-piloto, o avião sofreu turbulência antes de cair, mas Kate esclarece que o céu estava limpo durante a queda, e é presumido que algo bateu no avião (como um míssil – levando a audiência a pensar que o grupo de terroristas que constantemente aparece no decorrer do episódio deve certamente estar envolvidos). Quando Reid descobre que foi algo dentro do avião que provocou a queda, a equipa começa a considerar a possibilidade do avião ser sequestrado, tomado por hackers ou ainda negligenciado pelos pilotos.
Neste episódio temos tanto conhecimento sobre o “unsub” quanto a equipa, e ao longo da investigação, ficamos ansiosos para saber quem fez o avião caiu: no princípio, a culpa da queda do avião parece ser do grupo de terroristas, depois aparece um obcecado por conspirações do governo, e apenas perto do fim descobrimos que era um hacker fã de J. Robert Oppenheimer que manuseia aviões com um controlo de jogos.
No fim, a equipa garante um final feliz ao segundo avião hackeado e todos que estão a bordo, mas não para o hacker, que levou um tiro na cabeça.
Gostei do episódio, tem melhor qualidade em relação às duas outras da temporada. Tem um formato irregular, onde o “unsub” só foi revelado muito mais tarde no episódio (isso frustrou-me um bocado, confesso!), e quando foi realmente descoberto, não houve hesitação ou qualquer arrependimento dos delitos que cometeu, o que é a realidade de vários criminosos. Gostei das breves menções que fizeram do acidente do vôo 17 da Malaysia Airlines. Gostei muito de como Criminal Minds respondeu a um evento real sem criar teorias malucas como aliens e/ou o governo. Saber que um avião pode ser hackeado é assustador; espero que não passem este episódio em nenhum vôo!
Então qual é a vossa opinião na revelação do passado de Kate? E até agora, estão a gostar da sua participação? Eu cá gosto dela. Todas as séries deste género deviam ter personagens como a Kate!
8.5/10
Cátia Neto