“The Third Rail” teve tantos buracos que eu não sei por qual começar a cobrir. Se calhar pelo que é praticamente um poço, o Gus. Ao chegar a casa o gangster latino deparou-se com o irmão transformado em vampiro e matou-o. Como em ocasiões anteriores, tudo se desenrolou como algum género de resposta emocional se despertasse em nós. Em todas as cenas que o irmão do Gus apareceu, foi sempre a agir como um completo idiota. Eu falo por mim, mas ele morrer não me aquece nem me arrefece. Só se aproveitou mesmo a nojice da cena. Já a o Gus ter matado a mãe transformada, isso sim foi…esperem, o Gus não a matou! The Strain falha tantas vezes a marca que já parece intencional!
Se me obrigarem a retirar alguma coisa de positivo destas cenas, diria que o Gus é, à parte do Fet, a personagem que melhor compreendeu a realidade em que se viu.
Segundo buraco, Missão Procurar Cigarros. Eliminem todas as cenas desta subnarrativa. Analisem a história. Mesma coisa, certo? Certo. Completamente inconsequente. Pior, se alguma coisa apenas deteriorou a personagem Zack, uma vez que o tornou responsável pela morte de duas pessoas. Ah! E na loja, o Zack e o Gus cruzaram-se em jeito de reafirmação de que estes personagens vivem no mesmo universo. É o limite da capacidade dos argumentistas, parece.
Já agora, esta cena aconteceu porque pareceu boa ideia deixar uma criança e uma doente de Alzheimer sozinhos em casa. Não preciso dizer mais.
A parte positiva do episódio foi a equipa CDC nos esgotos. Era óbvio que não iam conseguir matar O Mestre, quanto mais não fosse porque estamos no episódio 11 da primeira época. No entanto, se repararmos no quanto desorganizada é esta equipa, a conclusão da sua aventura era apenas lógica. E não ter morrido ninguém foi a mais pura sorte.
Toda a tensão foi muito bem criada nestas cenas – excluamos o Eph ter sido tão deslavadamente enganado.
A insanidade temporária do Setrakian, resoluto em atravessar um mar de vampiros para chegar aO Mestre foi um exemplo de The Strain a conseguir arrancar alguma emoçãozinha. Isto porque houve todo um background criado anteriormente, como é óbvio, coisa inexistente em outros casos.
A dois episódios do final, The Strain mantem-se num patamar bem baixo e com poucos indícios de subir.
Outras coisas:
– Mal as querelas entre o Fet e o Eph tinham começado e eu já estava farto delas. E o triste é que é daquelas coisas que vai durar, durar, durar…
– A aparência d’O Mestre continua a parecer-me demasiado cómica.
Nota: 5.6/10
André F Dias