Já chegou o final desta temporada de Falling Skies e eu não sei se deva chorar… ou se deva chorar muito! Com uma temporada que começou francamente melhor que a anterior, esperava um desenlace mais cativante. Mas não foi isso o que aconteceu. Foram dois episódios com poucos desenvolvimentos e que quase nada trouxeram de novo. Enfim, foi algo bem diferente dos seasons finales a que esta série nos habituou.
SPOILER ALERT!
Começando pelo óbvio: o regresso de Lexi! A moça chega toda-poderosa e é mal recebida. Embora tenha destruído uma data de beamers com o poder da sua mente, o grupo ainda tem presente a morte de Lourdes. Pope ainda finta Weaver para a matar, mas a jovem para a bala (qual Neo em Matrix) e todos constatam o quão indestrutível ela é. Tanto o pai como a mãe não a querem por perto, todavia, é Weaver que os chama à razão: a oferta dela em ser uma dos tripulantes na viagem à Lua é aceitável. Graças aos seus poderes ela navegará a nave com maior facilidade.
A viagem começa mas depressa surge um problema: há uma fissura no casco, a missão está comprometida. De forma a poupar energia, Lexi desliga o sistema de suporte de vida e cria um casulo para si e para o pai. Tudo correria bem, mas o imprevisto acontece… Ambos ficam presos num sonho de Lexi que ela não consegue desligar. Mas Tom apercebeu-se rapidamente que não estava no mundo real dada a perfeição dos factos! A solução aconteceu quando ele encontrou a filha e tiveram a primeira conversa paternal, juntaram esforços e acordaram.
A ideia de conclusão da temporada com duplo episódio até poderia ser um sucesso, mas não com este enredo. Tivemos cerca de trinta minutos em torno da crise existencialista de Lexi e da sua relação familiar. Tanto era o potencial a explorar nesta viagem épica e tudo passou completamente ao lado.
Nota: 6.5/10
O último episódio melhorou um pouco, mas ficou ainda aquém das expetativas. Na Terra todos seguem com nervosismo os acontecimentos. Com ou sem binóculos, todos olham para a Lua na esperança de ver a explosão do centro de energia Espheni. Mas as notícias tardam em chegar.
Com a ausência de Tom, é Weaver que comanda o grupo! Tentando manter a segurança e a normalidade, as rotinas de vigilância mantêm-se, mas algo corre mal. Dingaan lidera um grupo, a determinada altura ele vê uma espécie de neblina e seres estranhos, semelhantes aos arreios dos Espheni, a fixarem-se no peito dos seus homens. Embora nada seja explicado de forma direta, suponho que tenha sido esta a forma desenvolvida para transformar os humanos em skitters. Por sorte, ele não fica preso na substância que se esconde sob a letal neblina e foge para junto do grupo para contar a fatídica notícia.
O grupo entra em sobressalto, porém, Weaver desvaloriza a situação de forma a manter a calma. Mas de nada vale… Pouco depois passa um beamer que lança um objeto enorme e estranho. Depressa começa a sair a neblina estranha e os nossos heróis começam a ficar paralisados! Dingaan e Pope ficam próximos. A sorte de afro-americano é que Pope tem coragem de cortar com os próprios dentes o cordão do arreio que se cola ao seu peito. Vemos que aquele cordão tentava injetar um líquido negro que provavelmente seria o responsável pela skitterização dos humanos. Quando tudo parece perdido, Sara chega mesmo a tempo de os salvar. Maggie, Ben e Hal conseguem refugiar-se em cima de um autocarro, mas é uma questão de tempo até as criaturas chegarem até eles. Matt e Weaver são salvos por Anne e o seu lança-chamas!
O casulo foi a decisão acertada para que a viagem de Lexi e Tom tivesse sucesso. Estão prestes a chegar à Lua e ainda têm reservas de energia suficiente para voltarem a casa… Mas o pior acontece: o frio extremo danificou as bombas e o Espheni queimado conseguiu capturá-los! A determinada altura ainda pensei que Lexi tivesse voltado novamente ao dark side! Felizmente Tom tem o soro mortífero e injeta-o no Lord, fazendo com que este morra, não antes de danificar o piloto automático! A mando da filha, Tom regressa ao beamer e inicia a marcha para casa… Já Lexi segue na nave do Espheni em direção à Lua. A única forma de se redimir por todo o mal que fez é destruir a central de energia, de forma a que os humanos tenham alguma hipótese de sobreviver. Lexi consegue! A explosão é tão grande que se vê da Terra a olho nu!
Completamente frustrado por perder a filha, Tom está no seu beamer a caminho da Terra, mas é perseguido por naves Espheni que o querem abater. Felizmente o pai de Cochise enviou um batalhão que dizimou os inimigos em segundos. Todavia, o pior acontece! Graças ao impacto das explosões, o beamer de Tom fica à deriva no espaço. Ele fica inconsciente e, quando acorda, está num quarto semelhante ao que tinha antes da invasão! Aparece um ser, cuja imagem esbatida não permite a sua definição exata, julgo que seja uma nova espécie alienígena! Pois é, já desde os primeiros episódios que foram mencionados outros seres inimigos dos Espheni! Três raças de extraterrestres, really???
Na Terra, Cochise diz a Anne que a nave de Tom e Lexi está perdida no espaço. Mas a médica mantém a confiança de que o marido regressará a casa são e salvo com a filha.
Por aqui terminou o season finale. Como já referi no início, não fiquei particularmente agradado com o desenlace desta temporada. A viagem à Lua poderia ter sido melhor trabalhada e o drama de Lexi poderia ter sido reservado/apresentado anteriormente. A constante menção aos skitters humanos sem a sua aparição tornou a parte final da temporada um pouco aborrecida.
Teremos então uma quinta e última temporada com os Espheni enfraquecidos, um potencial regresso dos Volm e a possível aparição de uma terceira raça alienígena. Por seu lado, a humanidade tem agora uma oportunidade de expulsar os seus inimigos, ou não! Como Falling Skies não segue a linha de desenvolvimento de Game of Thrones, prevejo que Tom regressará mais uma vez para junto da família com uma facilidade tremenda. Todavia, não sei até que ponto a possível terceira raça alien salvará/enterrará o derradeiro final da nossa série.
Fico por aqui… Embora a temporada não me tenha agradado, fico a torcer para que a próxima traga o final perfeito e bombástico que esta série merece! Se as reviews continuarão ou não, isso já é um assunto a tratar posteriormente! Julgam que Falling Skies merece reviews na sua última temporada? Encontramo-nos por aí numa série qualquer!
Nota do episódio: 7.5/10
Nota de temporada: 7/10
Rui André Pereira