O quarto episódio começa de maneira a prometer um episódio brilhante como estamos habituados em Doctor Who, o que me deixou entusiasmadíssima. Com uma música a pender para o sombrio, só me lembro de episódios como Blink, um dos meus preferidos. Então, de que trata Listen? As coisas que não conseguimos ver, criaturas, neste caso, mas que podemos ouvir, mais do que ver, ouvir. E neste caso específico, aborda-se a temática do medo que se tem dos bichos debaixo da cama, e o Doctor tenta perceber este mistério.
Depois do genérico, onde só entra o Doctor, saltamos para Clara, que se dirige para um encontro com Pink, num restaurante. O que no início parecia estar a correr bem, acaba por descambar, e Clara regressa a casa, onde tem o Doctor à sua espera. Os dois rumam até à TARDIS, onde o Doctor refere aquilo de que já falou anteriormente, “às vezes, quando falamos sozinhos, e se não estivermos a falar sozinhos? E se não somos nós? E se ninguém está, realmente, sozinho, alguma vez? (…) Uma sombra…”. Naturalmente, passamos para cenas onde crianças e até pessoas idosas se levantam das suas camas, a meio da nome, alarmadas por alguma coisa que julgam estar nos seus quartos, debaixo das suas camas.
Viajando no tempo, revisitam a infância de Clara, e, surpreendentemente, a de Pink, também. E parece que as teorias do Doctor estavam certas. Depois disto, Clara pede ao Doctor para voltar ao momento em que abandonou o restaurante em que estava com Pink, e tudo se resolve, mas apenas por alguns momentos. Então, o inesperado acontece, com um outro Pink, igual a Danny, a aparecer.
Viajando pelo espaço, chegam até ao fim do universo, e parece que lá fora não há nada, mas talvez não seja bem assim. Mais à frente, os papéis invertem-se, digamos assim, e Clara é a criatura debaixo da cama de um menino, e pede-lhe que a ouça, diz-lhe que haverá sempre medo, mas que o medo junta as pessoas e torna-as mais fortes. Só é preciso ouvir.
Nota: 8/10
Beatriz Barroca