[Desde já, os meus agradecimentos ao meu colega Rui por me ter substituído (e muito bem) na review do episódio passado!]
The Last Ship parece estar numa maré de qualidade!
“Trials” revolve em torno do ensaio clínico da vacina em humanos e, por isso, o episódio foi muito mais calmo, com ausência da usual ação. O que não significa que não tenha sido carregado de tensão, com as vidas dos seis voluntários para a experiência em risco!
The Last Ship continua com algumas falhas de raciocínio pelo caminho. A onda de voluntários para ensaio clínico foi bastante maior que o antecipado. Até aqui tudo bem, altruísmo e tal. Mas que nos 6 escolhidos tenham ficado membros da tripulação de alto ranking é algo incompreensível. Liderar por exemplo? Algo ténue para um risco tão elevado. Outro aspeto foi a ignorância do princípio das vacinas. Administrar a vacina e logo a seguir o vírus é uma excelente forma de matar alguém. Mas passemos à frente…
O carácter mais intimista do episódio permitiu focar personagens com muito pouco tempo de ecrã até agora e resultou bastante bem. Foi pena uma das voluntárias ter morrido. Não foi propriamente inesperada, mas esta morte levou a um dos pontos fortes do episódio, o turbilhão de dúvida em que lançou a Dra. Rachel.
A Bertrise ter voluntariado o seu plasma para tentar salvar as restantes vidas em perigo, arriscando a sua, foi outro excelente momento do episódio. E na minha opinião foi uma grande escolha de casting. A atriz Hope Olaide Wilson transpira sinceridade e altruísmo.
Voltarem a confiar no Quincy foi outra boa escolha, com ele a ajudar no ensaio clínico e a tentar restabelecer a confiança da Dra. Rachel.
Depois do muito desespero em ver os seus pacientes cada vez pior, como era de esperar, a Dra. Rachel percebeu porquê que a vacina não estava a funcionar. Honestamente, como alguém em Saúde, aquela explicação foi uma grande salganhada, mas é o tipo de coisa com que não me preocupo em demasia em séries ou filmes. Não funcionava e passou a funcionar, pronto.
No final acabámos com a cura! Quando a série estreou, tendo em conta a premissa, esperava que a série arrastasse e arrastasse até encontrar a cura, pois quando o fizesse inevitavelmente teria que arranjar tema para se manter. A um episódio do final já a temos e já nos começou a ser introduzido o foco da próxima temporada. Numa escolha algo inteligente, parece que vamos em direção a terra e à família do Chandler. Depois de algumas cenas de introdução, acabámos com o cliffhanger da mulher do Capitão talvez infetada pela “Gripe Vermelha”.
Ainda que sem ação, o episódio conseguiu construir tensão e aproveitou a oportunidade para desenvolver personagens. Mesmo com as cenas dos diversos sintomas a serem um pouco mais aborrecidas, o balanço do episódio é bastante positivo.
Outras coisas:
– Num acesso de alucinação febril, o Tex confessou-se à Dra. Rachel. Será que vamos ter desenvolvimentos?
– A Kara está grávida. Não sei o que pensar disto.
Nota: 8.3/10
André F Dias