No quarto episódio de The Divide, Terry Kucik finalmente sai da prisão! A Innocence Initiative consegue libertar Kucik com a condição de usar uma pulseira electrónica, proibindo-o de sair de casa sem autorização de um juiz. Kucik sente-se um homem livre e longe dos perigos que corria dentro da prisão, porém sabe que irá sofrer várias dificuldades reinserindo-se na sociedade depois de 11 anos encarcerado. Para isso, conta com a ajuda de Christine e o resto da equipa da Innocence Innitiative.
Ao chegar em casa é recebido pela mãe com abraços, apesar do pai não o querer por perto. (no episódio passado mostram que ele o culpa pela falência da sua empresa e pelo colapso da família). Em princípio, Terry Kucik é paciente com o pai.
Enquanto isso, o lar dos Page anda um bocado turbulento, desde que Billie descobre que Adam omitiu provas do caso dos Butler, cego pela vontade de fazer justiça. Sendo virtuosa e uma mulher de família, Billie sente traída por Adam por não ter dito nada sobre as provas. Ela descobre também que Adam recebeu ajuda do pai, que está igualmente certo de que Kucik e Bakwoski estavam culpados.
Com o objectivo de mostrar a inocência de Kucik à Jenny, Christine envia cartas do Terry em que ele escreve sobre a sua relação com a filha mais velha da família Butler, o que chama a atenção de Jenny.
Terry Kucik enfrenta o “mundo cá fora” com alguma estranheza, e tal como esperava, não é bem recebido pela sociedade, principalmente por causa de uma incomodante tatuagem do símbolo dos Nazi, tatuagem essa provavelmente feita durante os anos da prisão, para se mesclar com as pessoas de lá ou para não ser morto…Quem sabe? Para integrar-se melhor, Kucik arranja trabalho no bar Maxine’s, onde Christine também trabalha.
Adam Page conhece neste episódio o lado obscuro do pai, que acredita que Banwoski é, sem dúvidas culpado pelo assassínio dos Butler. Enquanto Adam procura outras pessoas culpadas por esconder provas do caso (acabando por pedir ajuda de Bobby, o irmão de Billie, que afinal era um agente da polícia), Jenny e Billie visitam a Innocence Innitiative, pois Jenny quer falar com Terry, enquanto Terry tem mais dificuldades com o pai, que o chama de nomes e o culpa mais uma vez por ter sujado o nome da família. Aos poucos, a discussão aquece, e Terry, num ato de raiva corta a própria pele para cobrir a tatuagem com cicatrizes. Isso prova que Terry de facto nunca foi Nazi, e que a fez para se enquadrar ou meter medo na prisão.
Jenny tem uma conversa curta mas importante e sincera conversa com Terry, mostrando a serenidade dos dois, e que a menina está no caminho de ultrapassar a fase de trauma. Porém, sente-se ainda mais culpada por pensar o ter levado à prisão com o seu testemunho.
Na penúltima cena, Christine conta a Terry que reprovou o exame de Direito, e conta a história de como o seu testemunho provavelmente levou o seu pai à prisão, pois estava nervosa e não sabia exactamente o que dizer no tribunal (o que é normal numa criança, assim dito por Terry). Logo, Christine e Terry quase se beijam (estava quase a gritar para o ecrã: por mais estranho que pareça, prefiro-o com a Jenny, por mais estranho que pareça…)
Por fim, na última cena, vemos Isaiah, o pai de Adam, a conversar algures no meio da neve com alguém (que provavelmente tem alguma ligação com o caso) e Jenny Butler, que aparentemente tomou demasiados comprimidos (será uma tentativa de suicídio?).
Quando pensei que seria mais impossível ter mais suspense, The Divide consegue-me prender ao ecrã mais ainda. Afinal, a polícia de Philadelphia esconde muito mais do que pensávamos! Neste episódio, gostei muito do papel da Billie, que mostrou-se ser uma das pessoas mais íntegras de todas as outras personagens, e de Terry, um homem muito desajeitado com as pessoas à sua volta (ele é basicamente a versão masculina de Christine.) Este episódio foi, até agora, o mais parecido com Lei e Ordem e outros dramas policiais. Por essas razões, gostei imenso deste episódio!
9.5/10
Cátia Neto