O piloto de Satisfaction começa com Neil Truman (Matt Passmore) a apresentar-se em voz-off, dizendo que tem o que qualquer homem na América deseja. É casado com Grace (Stephanie Szostak), há 18 anos, e têm uma filha, Anika (Michelle DeShon), de 16 anos, que canta e toca guitarra. Neil passa grande parte o tempo a trabalhar, no escritório, o que o faz perder parte do crescimento da sua filha. E Neil não está muito satisfeito com o rumo que a sua vida tomou.
Tenta tornar-se uma pessoa mais “zen”, mas é “tramado” pelo chefe, que o encarrega de um negócio em Nova Iorque. Truman diz tudo o que pensa sobre a empresa, mas o chefe toma o que ele diz como uma brincadeira. Neil não quer ir, precisa de umas férias, mas no dia seguinte, lá está ele, pronto a embarcar. O avião atrasa-se 5 horas, e Neil começa a ficar muito impaciente. Tão impaciente, que, depois de inúmeras tentativas para que a hospedeira providencie aos passageiros coisas básicas, perde as estribeiras, e alcança a tão desejada libertação, o que lhe traz problemas.
Demite-se (ou é despedido?) e quando chega a casa, a sua mulher “preparou-lhe” uma surpresa desagradável.
O episódio passa para um flashback, de há 6 meses antes, onde Grace está numa entrevista de emprego. E Grace também não é uma pessoa satisfeita com a vida que leva, que acabou por ficar condicionada com a gravidez.
Numa saída à noite não-planeada com as amigas, envolve-se numa briga com outra mulher, na discoteca, por causa de um rapaz. Grace tem saudades de sair com Neil, sem estar sempre fechada dentro de casa. E na manhã seguinte, recebe uma mensagem do desconhecido que conheceu no bar, o que vai, certamente, alimentar esta sua vontade de novas experiências. E isto confirma-se, pois, voltando ao presente, quando Neil vê a mulher traí-lo com outro homem, vemos que é o mesmo homem da discoteca. Neil vê-o sair da sua casa e persegue-o. Ao conseguir pará-lo, toma conhecimento, que o homem, afinal, é apenas um jovem, e é um acompanhante de luxo. Ironicamente, o jovem aconselha-o sobre o que deve fazer.
Regressa a casa, muda de roupa, e vai apoiar a filha a um concurso de talentos, apesar de, inicialmente, ter dito que não podia comparecer, por causa da viagem a Nova Iorque. Quando Grace aparece, Neil não se mostra magoado ou com raiva do que acabou de descobrir, e finge que nada se passa.
Anika revela, tal como o pai, uma certa tendência para a rebeldia, e dá um “grande” espectáculo, como poderão ver! No final, apesar do escândalo, o pai apoia-a, levantando-se e aplaudindo, o que não a salva de ser expulsa da escola.
Quando regressam a casa, Neil ouve um telemóvel tocar (curiosamente, o toque é Call Me dos Blondie, a mesma música do genérico do filme American Gigolo), e vai ao encontro deste, que está num caixote do lixo. Atende, e do outro lado fala uma mulher, a pedir para que compareça no local combinado mais cedo do que o previsto, mas Neil não se “descose” para lhe dizer que não está a falar com a pessoa certa. Ao mesmo tempo, Grace recebe um telefonema de Simon (Blair Redford), o acompanhante de luxo, que lhe pergunta se não encontrou o telemóvel dele.
Neil vai ao encontro de Mallory, que julga estar a encontrar-se com Simon, e Neil faz o trabalho que Simon deveria fazer. Depois disto, Neil tenta arranjar a solução para os seus problemas com um mestre budista, mas ainda não está preparado para tal.
Parte até à casa de outra cliente de Simon e acompanha-a a uma exposição, onde parece querer apagar, a sua vida antiga. Depois de fazerem sexo, a mulher sugere-lhe que fique a trabalhar com ela, mas Neil recusa.
Ao regressar a casa, encontra Grace a tomar café com o chefe. Um pouco encavacado, vai conversar com o chefe, que lhe oferece uma parceria. Quando já estão sozinhos, Grace e Neil conversam, e Neil parece disposto a ignorar o que a esposa fez, abraçando-a e não mencionando saber o que se passou.
No dia seguinte, voltando ao trabalho, é surpreendido por Simon, que o ameaça, e Neil riposta. Em casa, parece ter tudo voltado ao normal, mas Neil, que não devolveu o telemóvel a Simon, vê que há uma chamada, e é de Grace. E o episódio termina, a deixar-me com vontade de ver o próximo.
A minha opinião sobre o episódio: prendeu-me a atenção do início ao fim, especialmente pela reviravolta de Neil. A banda sonora é boa e actual. Acho que é uma série com potencial, vamos ver o que se segue. Que têm a dizer?
Nota: 7/10
Beatriz Barroca