One-liner: A adaptação dos comic books para a televisão da personagem John Constantine, o Hellblazer – um anti-herói mago exorcista que chegou ao inferno.
Bom, isto agora é moda! Primeiro TheFlash, agora Constantine… Bem, nós agradecemos, claro está! E como não podia deixar de ser, o Séries da Tv está em cima do acontecimento e portanto uma review antecipada deste episódio não podia faltar.
Vamos lá ver então…
Lamento desde já informar que não conheço a história de John Constantine via comic-books: lembro-me de ir ao cinema e adorar aquele filme com o Keanu Reeves. Também me lembro da sensação de, quando soube desta nova série, ‘esta série vai ser uma porcaria comparada com o filme’. Ainda bem que estava redondamente enganada!
Fiz algumas pesquisas na internet sobre os comics para não fazer muita asneira. Ficarão, comic fans, felizes de saber que John Constantine usa, desta vez, os seus feitiços e encantamentos e não uma shotgun, como no filme!
Começamos o episódio com Constantine num Asilo (Ravenscar Asylum), determinado a esquecer o seu passado como exorcista de profissão, devido a um exorcismo que correu mal (ficamos a saber ao longo do episódio que se tratou da vida de uma menina chamada Astrid). Aparentemente John Constantine está determinado a esquecer o seu passado quando se depara com uma paciente do hospício possuída.
Ao início Constantine recusa ajudá-la mas é mais forte que ele lança-se outra vez ao exorcismo – esta cena é genial: grande banda sonora, grande entrada. Desde então comecei a ficar ‘agarrada’ à personagem! Com o exorcismo, John desiste de tentar esquecer o seu passado e abandona o Asilo – depara-se com um nome escrito na parede, ao que assumimos que ele vai perseguir esta ‘lead’.
Entra mais uma personagem: Liv Aberdeen. Percebemos com as cenas seguintes que este era o nome escrito na parede. Liv é introduzida como uma rapariga normal, com uma vida relativamente aborrecida. Vemos uma cena em que ela sai do trabalho e entra no carro e quando está a fazer marcha-atrás, o carro avisa que há um obstáculo na traseira: o problema é que pela câmera, Liv não vê obstáculo nenhum. Tremores de terra, dramas, horrores e Liv quase é engolida por uma brecha que se começa rapidamente a formar no alcatrão quando John Constantine aparece, acabadinho de chegar do Asilo. Ao chegar apresenta-se mas claro Liv não quer nada com ele.
A brecha que quase ía engolindo Liv mantém-se aberta, um buraco no meio da estrada, convida John a explorar, que decide por bem entrar no dito buraco, onde conhece Manny: um anjo que lhe promete um futuro apocalíptico para o mundo, com todos os demónios possíveis e impossíveis a saltar do inferno. Óbvio que, de repente, é a missão de Constantine continuar na sua luta exorcista a pedido do Anjo.
Liv e John voltam a encontrar-se quando uma amiga de Liv é assassinada no seu prédio, de uma forma muito demoníaca como percebemos pela série e após a amiga ressuscitar, desta vez claramente possuída, Liv começa a acreditar em John e decide abrir a sua mente a esta forma de vida. Conhece também Chas, que teria ido na noite anterior proteger o quarto de Liv com um encantamento.
John ensina Liv a arte de ver os mortos, algo que o seu pai também sabia fazer (e já agora, a título de curiosidade, percebemos que foi o pai de Liv que possuíu a paciente do hospício e escreveu o nome da sua filha na parede). Entretanto ambos seguem para a cave do pai onde encontram um molho de encantamentos e um pendente que ajuda Liv a conhecer este mundo dos mortos. John apercebe-se também quem é este demónio com quem estão a lidar – Furcifer – e prepara-se para o enviar de volta para o inferno.
Manny aparece de novo, funcionando como um catalisador da motivação máxima da série, dizendo que John pode redimir a sua alma via boas acções, forçando-o ainda mais a envergar pela batalha contra o futuro apocalíptico que aparentemente se avizinha.
Constantine consulta então um velho companheiro de guerra, Ritchie Simpson, que percebemos também ter feito parte do exorcismo-gone-wrong de Astrid e que ao início parece bastante relutante em ajudar Constantine mas decide por bem (ou por enforcement…) fazer parte deste plano e hackear uma central eléctrica.
Nos últimos momentos do episódio claro está, Liv funciona como isco ao plano fantástico de Constantine e aprisionam o demónio Furcifer num círculo de protecção. O demónio lá consegue dar a volta e de forma a desencorajar John, conjura Astrid. John começa a acreditar que é real, até que Liv se agarra ao pendente e vê a manifestação da miúda pelo que ela é – uma falsificação. John faz uns encantamentos fantásticos e maravilhosos e expulsa Furcifer para o inferno.
Aqui vem o seguimento da série: Liv usa o pendente do pai e com o mesmo feitiço que John lhe ensinou, usa um mapa dos Estados Unidos para o qual sangra, e descobre um inúmero conjunto de pessoas que aparentemente estão em apuros. É desta forma que John Constantine e Liv Aberdeen se desmarcam para os próximos episódios.
Bom devo já dizer que adorei este John Constantine. Adorei o ator, adorei a personagem. Atrevo-me a dizer que criei mais empatia com ele do que com o Constantine de Keanu Reeves! Apesar de todas as coisas negativas associadas à personagem de Constantine, parece-me que o público vai adorar passar 40 minutos por semana em aventuras com este tipo.
Pareceu-me que a relação entre as personagens também é especial e se os argumentistas apostarem nas motivações intrínsecas que as liga, vai correr tudo muito bem.
À parte de o episódio me ter parecido muito ‘all-at-once’, folgo em saber que existem várias plot-lines por onde pegar e que desta forma a série é um completo mistério no que toca ao fio condutor que possam seguir. Claro que as visões e motivações máximas são óbvias, mas há possibilidade de inesperados e eu cá sou muito fã do inesperado.
Espero que em Outubro corrijam algumas coisas, como por exemplo a rapidez com que as cenas de acção acontecem e que deixam uma pessoa meio cega, mas devo-vos dizer, que sem nada negativo e dramático a apontar: A-DO-REI. Venham mais episódios! Já!
Ok, agora vocês: pensamentos, críticas e crises existenciais!
Nota: 10/10
Joana Pereira.