O Capitão Comandante Tom Chandler e a sua tripulação de 217 membros (e um cão) são enviados para o Ártico durante quatro meses para testar as armas do navio USS Nathan James. Com eles levam à boleia dois virologistas que vão investigar um vírus aviário, a Dra. Rachel Scott e o seu assistente Dr Quincy Tophet. Durante este tempo, foi ordenado à tripulação que mantivesse as comunicações cortadas com o exterior.
Os quatro meses passam e o Cap. Chandler começa a preparar a tripulação para retornarem a casa. A Dra. Rachel não fica feliz. Precisa de mais tempo para a sua investigação! Mas ela tem uma forma de comunicar com o exterior e faz isso mesmo, contactando quem possa prolongar a missão no navio no Ártico. E é essa a notícia que os superiores dão ao Cap. Chandler, que a missão foi estendida e que devem continuar com as comunicações cortadas.
Dois dias depois, a cientista continua a sua recolha de amostras quando surgem helicópteros russos que os atacam. Os americanos respondem e conseguem eliminá-los – o James é um navio mesmo bom porque nem um arranhão sofre com os misseis dos helicópteros.
Um dos russos é capturado e levado a bordo, onde o Cap. Chandler o interroga sobre os motivos do ataque. “A cura” responde o russo. O Cap. Chandler não precisa de mais para perceber onde estão as respostas e confronta a Dra. Rachel. Ela recusa-se a responder, mas assim que ele ameaça destruir as amostras que ela acabou de recolher, cede.
Sete meses antes, perto do Cairo, surgiu um vírus de origem desconhecida, altamente contagioso e mortal. Os esforços para criar uma vacina foram infrutíferos, contudo a Dra. Rachel acreditava que se tivessem acesso à forma primordial do vírus, essa vacina seria possível – vamos assumir que as vacinas funcionam assim nesta realidade. Essa versão do vírus pode ser encontrada na permafrost do Ártico e a Casa Branca criou, então, a missão de teste de armas como disfarce para a verdadeira missão levada a cabo pela Dra. Rachel. Ela revela ainda que durante o tempo em que estiveram no Ártico, o vírus se tornou uma pandemia global, infetando 80% da população!
A conversa é interrompida pelo XO Mike Slattery a informar que a presidente dos Estados Unidos está a entrar em contacto. Ela informa que existe um laboratório na Carolina do Norte, para onde o James se deve dirigir e onde a Dra. Rachel terá condições de criar a vacina. Também informa que a Rússia já não tem governo e que quem atacou o navio foi uma força separatista. No mundo já não existem países inimigos ou aliados, apenas pessoas desesperadas.
O Cap. Chandler reúne a tripulação no convés e conta-lhes as chocantes notícias. Já sem necessidade de manter as comunicações cortadas, tenta contactar a família, mas sem sucesso. O mesmo acontece com outros membros da tripulação e os que conseguem não recebem boas notícias.
O radar do navio deteta um míssil nuclear na sua direção e a confusão instala-se, mas o seu alvo não é o navio e prossegue para a costa de França. Apesar de se terem livrado do míssil, o impulso eletromagnético frita os circuitos do navio e nada responde.
Ao tentar restaurar os circuitos, os fusíveis rebentam sucessivamente até só lhes restar um. Então, o Cap. Chandler, numa cena badass, segura o fusível quando ligam a corrente. Apanha um grande choque, mas a estratégia resulta – vamos assumir que a eletricidade funciona assim nesta realidade.
Os problemas continuam a surgir; o combustível do navio está acabar e não é suficiente para chegar ao destino. Felizmente o radar deteta um navio próximo e rumam a ele com esperança de obter combustível. Tentam contactar a tripulação, mas ninguém responde, por isso o mais provável é que toda a gente a bordo tenha sido vítima do vírus. E é isso que se verifica quando abordam o navio italiano.
Durante as suas deambulações pelo navio, um dos tripulantes do James tropeça, a máscara de proteção cai e ele é contaminado com sangue de um cadáver. O vírus já é altamente contagioso somente pelo ar, a adição de sangue foi a assinatura final numa sentença de morte. Não querendo sofrer a mesma morte que os tripulantes do navio italiano, ele pega na sua arma e suicida-se.
A Dra. Rachel analisa uma amostra que recolheu do navio e descobre que esta é uma versão diferente do vírus. Tem um gene extra que lhe permite replicar-se descontroladamente. Esta adição só seria possível com intervenção humana, por isso o vírus, ou escapou de um laboratório que o estudava, ou alguém o tornou uma arma biológica. Em última instância, isto torna o vírus mais estável, pois elimina a sua necessidade de mutação, e isso torna-o mais fácil de combater.
As comunicações do navio voltam finalmente ao ativo e recebem uma mensagem da presidente dos EUA. O laboratório na Carolina do Norte já não é seguro, o navio tem que seguir para Mayport, onde perto existe um laboratório, em Jacksonville. No entanto, a mensagem já tem 5 dias e o Cap. Chandler tenta, sem sucesso, entrar em contacto com a presidente. Nisto, chega outra mensagem, também da presidente, mas quando a abrem, afinal é a mulher do Cap. Chandler. Ela e os filhos estão bem!
O navio chega a Mayport, mas o Cap. Chandler decide que vão permanecer no mar. Ainda não receberam respostas das tentativas de contacto, nem com Mayport, nem com o laboratório. Pode não ser seguro. Ele falou com a Dra. Rachel e, se necessário, ela acredita conseguir chegar à cura com o que tem disponível no laboratório do navio. O XO Slattery não fica feliz com a decisão do capitão. Ele e a tripulação querem voltar para terra e saber notícias da família. Mas a vontade do Cap. Chandler prevalece e num discurso, relembra a tripulação que eles são a única esperança do Mundo. Vão dirigir-se para a baía de Guantánamo, onde existe uma estação com combustível e comida. A sua missão é permanecerem vivos no mar o tempo suficiente para a Dra. Rachel criar a cura!
No twist final do episódio, descobrimos que o Dr. Quincy é um russo infiltrado!
Considerações:
– Fiquei confuso em relação aos russos. Eles querem a cura? Mais parecia que queriam matar tudo o que tivesse a ver com cura! Será que estão relacionados com a versão alterada do vírus?
– Daqui a um par de episódios prevejo motim chefiado pelo XO Slattery.
– O elenco até agora pareceu-me bastante forte, o que é sempre meio caminho andado para uma pessoa querer ver mais. Destaco o Eric Dane, um protagonista forte, que deu mais do que eu esperava. Com apenas 10 episódios, não me parece que seja necessário muito mais.
– Por falar em esta época ter 10 episódios, tendo em conta a história, será que vão esticá-la para muito mais épocas? Pode ser a minha falta de imaginação, mas não vejo formas muito satisfatórias de o fazer. A menos que invistam no cenário pós-apocalíptico, que todo o santo canal está a fazer de momento: The Walking Dead, The Leftovers, Dominion…
– Logo à partida já sabia que The Last Ship tinha mão do Michael Bay, por isso não estava à espera de grande aprofundamento de personagens e de desenvolvimento de história. Com isso em mente, o piloto foi agradável, com um bom ritmo e uma boa exposição da premissa base da história. Foi entretenimento e isso também é o que se quer! A continuar assim, valerá a pena continuar a ver The Last Ship!
– Ter uma tripulação de 216 pessoas (e um cão) confinadas num navio é uma excelente desculpa para ter uns momentos fortes de exploração da psique humana. Será que o elenco e o Michael Bay se atrevem? Estou tão curioso!
O piloto deu um bom número de espetadores ao TNT. Por aqui também houve muita gente a ver? Gostaram?
Nota: 8/10
André Dias