Chegámos a meio da 2ª temporada. Vi o episódio mal saiu, mas andei a arrastar a escrita da review até hoje… Acho que se deveu ao facto de ainda estar em estado de choque com aquela cena erótico-badalhoca entre a Rachel e big-dick Paul… Mas já lá chegamos. First things first.
Leekie e Rachel parecem começar a desentender-se e bastante. Ao longo do episódio apercebemo-nos que a lealdade entre os dois está em risco. E começa logo nos primeiros minutos quando, prostrados diante do corpo inanimado de Daniel, numa casa agora com bastantes pinturas rupestres assinadas pela Helena, Leekie refere que Daniel era um homem muito leal. Comentário ao qual, entre ranger de dentes, Rachel riposta “A ti…”
Quanto a Paul, depois de uma ausência de 2 episódios, volta a dar ares da sua desgraça. É promovido a monitor da Rachel (pela própria – isto de ser a única clone que tem noção de tudo e não se importa de ser monitorizada é outra coisa).
A linha de células estaminais com potencial para curar Cosima está pronto para iniciar o tratamento, mas Rachel proíbe Leekie de o fazer, pois enquanto Sarah não se entregar, será Cosima a pagar. Mas os planos da proclone quanto a este assunto dão para o torto quando Delphine recebe, por engano, os relatórios das tais células estaminais e os partilha com Cosima. As duas cientistas acabam por interpelar Leekie sobre o assunto e, para além de sabermos que ele vai, contra as ordens de Rachel, continuar com o tratamento, descobrimos também que o genoma original foi destruido no tal incêndio a um dos laboratórios da DYAD há 20 anos atrás, onde supostamente os pais adoptivos de Rachel morreram. Se bem que não sei se hei-de acreditar que o genoma original foi destruído…
Sarah e Helena parecem estar a dar-se maravilhosamente. O que não deixa de me fazer uma certa confusão, mas também não deixa de ser das relações mais bem exploradas e interessantes da série. Bem, sempre ouvi dizer que a ligação entre gémeos é inexplicável. O Felix é que ainda parece mais desconfortável com esta situação toda, mas lá acaba por ser baptizado de “brother sestra” e ganhar o respeito de Helena. Mais um protegido pela nossa anjo da guarda.
Entretanto, a pedido de Sarah, Felix leva Helena até Art, para que este a mantenha em segurança. Art tenta saber o que os Proletheans lhe fizeram, mas não consegue arrancar nada de Helena.
Kira e Cal continuam o seu “father-daughter bonding”. A Kira desde início nunca teve problema em lhe chamar papá, mas ao ponto de agora até despachar a Sarah quando esta tenta falar com ela por Skype e dizer que já não é uma macaquinha quando a mãe a trata pela alcunha carinhosa… Não me está a agradar. Outra coisa que não me está a agradar é o mistério que cresce à volta do Cal. Ou devo dizer Andrew Cooper? Afinal de contas foi esta a identidade que ele mostrou ao polícia que o abordou. E a arma na gavetinha da rolote? Cal, Cal, o que é que há de errado contigo? Já estou arrependida de ter confiado em ti à primeira vista!
E tenho que mencionar a cena dos pais e filha Proletheans, porque… que raio foi aquilo? Expliquem-me se a Gracie coseu a própria boca ou se foi a mãe assustadora que lho fez? É que de uma coisa à outra, não sei o que é pior…
A “promoção” de Paul leva-o a perseguir Felix e colocar as impressões digitais dele na arma que matou o polícia Tom, em casa do Cal. Sarah tem poucas horas para se entregar, juntamente com Helena e Kira, a Rachel, ou Felix será incriminado pelo homicídio do polícia. Sarah volta a recorrer a Art, e quando chega a casa do detective, descobre que Helena o algemou a um poste e fugiu, deixando coordenadas para um local onde ela por algum tempo se escondeu. Sarah e Art vão até lá e descobrem uma fotografia de um homem, marcada no verso por Helena com as palavras “Swan Man”. Sarah junta os pontinhos e apercebe-se que aquele homem provavelmente é o pai adoptivo de Rachel, que afinal não morreu na explosão do laboratório. Ainda lá, eles reparam numa barbie sem cabeça, com um fino vestido preto. Não era preciso nenhum génio para perceber que a boneca representava Rachel, e que provavelmente Helena tinha ido atrás dela para a matar. Sarah e o detective rapidamente localizam Helena, que se encontra de rifle em punho a apontar para o prédio da frente. Pelo cano da arma, ela mira Rachel, que está a meio da sua cena sexual com Paul. Tirando o corpinho do moço, tudo naquela cena foi desconfortável!
Sarah impede Helena de disparar, pedindo-lhe por favor que ajude a salvar o Felix da cadeia. Em mais um discurso muito emocionante entre irmãs, Helena acaba por ceder, e as duas abandonam o edifício de braços dados. Quase que achei aquilo fofo.
Posteriormente, Sarah marca um encontro com Leekie e mostra-lhe a foto do pai de Rachel, Ethan Duncan, vivo, tentando regatear em troca a libertação do irmão. Aldous diz que se Sarah encontrar o doutor, fará por garantir que Felix é libertado e que Cosima continua o tratamento. Ups, Cosima ainda não tinha contado a Sarah que estava doente. Alguém vai ter explicações a fazer mais tarde!
O que escapou a Leekie foi que Paul o seguiu, a mando de Rachel. Problemas!
Quanto a Sarah, Helena e a sua busca pelo Swan Man: Não percam o próximo episódio porque eu também não!
Nota: 8/10
Mélanie Costa