Game of Thrones – 04×04 – Oathkeeper
| 05 Mai, 2014

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Contém SPOILERS.

Desta é que os leitores da saga de George R.R. Martin não estavam à espera. A série tem seguido muito fielmente os livros e este episódio trocou as voltas a muita gente. As opiniões dividem-se mas as alterações feitas não foram necessariamente más. Pelo menos neste episódio.

King’s Landing

Broon: He hated the little twat, sure. But who didn’t? 

Jaime continua as suas aulas de esgrima com Broon e sabemos através do guerreiro que o Lannister ainda não foi visitar Tyrion.

Tyrion: The Kingslayer Brothers. Do you like it? I like it. 

Nesta conversa dos irmãos vemos que, apesar de Jaime saber que não foi Tyrion quem matou o seu filho, também não será capaz de o tirar dali. Com a mulher fugida e o pai contra si, torna-se cada vez mais óbvio que o futuro do anão é tudo menos risonho…

Se já suspeitávamos que Olenna tinha sido a autora do assassinato, na conversa entre ela e Margaery tivemos a certeza. Olenna não ia permitir que a neta casasse com um monstro como Joffrey e quem a pode culpar? Só gostava de ter visto o acordo entre ela e Littlefinger porque foi, de longe, a aliança mais interessante em toda a série. Se Mace e Loras são um tanto tolinhos, Olenna e Margaery são extremamente espertas. Margaery aproveitou a distração de Cersei para visitar Tommen. Pobre rapaz. Ele é apenas uma criança e manipulá-lo vai ser uma brincadeira para Margaery. Afinal, ela lidou tão bem com Joffrey que com Tommen nem vai ter piada. Cersei bem que tem razões para a odiar. Margaery Tyrell não brinca em serviço e por debaixo daquele ar doce existe uma mulher extremamente inteligente e ambiciosa.

Uma das coisas que me chateou na cena entre Cersei e Jaime foi a normalidade da conversa. Como é possível as coisas entre eles estarem iguais e a cena da violação nem sequer ter sido mencionada? Claro que Cersei foi fria com ele, mas desde que ele regressou que tem sido assim. Cersei não ouve ninguém e parece que cada vez que a vejo em cena tem um copo de vinho na mão. Nesta cena, os papéis inverteram-se novamente. Se no episódio passado odiei o Jaime foi aquilo que fez à irmã, agora odeio-a a ela. De certeza que no fundo ela sabe que Tyrion não esteve envolvido no assassinato de Joffrey, nem Sansa mas aproveitou aquilo para os desviar no seu caminho. Cersei nunca foi grande fã do casal. Ainda bem que Jaime não a ouviu nem se deixou influenciar.

Tive pena da partida da Brienne e dividi-me entre a emoção da despedida dela e do Jaime e o riso que foi a cara de Podrick. Foi um gesto bonito o de Jaime de dar a espada à companheira, assim como o nome que ela lhe deu ‘Oathkeeper’. Quero muito que Jaime e Brienne se voltem a encontrar e estou para ver como vai ser a sua demanda para encontrar a Stark – o que não ser uma tarefa nada, nada fácil.

Meereen

Grey Worm: Valar Morghulis. 

Desta vez, Daenerys teve as honras de abrir o episódio. Meereen foi finalmente tomado (não estava à espera que fosse assim tão fácil. A Mãe dos Dragões não tem tido se não vitórias até agora e temo que esse poder e essa invencibilidade não lhe tenha subido à cabeça. Ela tem bons valores e é óbvio que todos a adoram. Se antes apenas Ser Jorah acreditava nela, Daenerys tem agora imensos seguidores que depositam nela as suas esperanças. Não estava, por isso, à espera que ela rejeitasse tão peremptoriamente a sugestão de Ser Barristan. Pessoalmente, também achei que ela devia ter sido mais misericordiosa.

Veremos o que mais espera a Daenerys e quando é que ela se lembra que toda aquela viagem começou com o propósito de rumar a Westeros e reconquistar o lugar da Casa Targaryen no Iron Throne.

Para lá da Muralha

A coisa que mais me chocou no meio de todas estas alterações feitas para a série foi a captura de Ghost. Como é que eles o conseguiam prender sem o matar? E, já agora, por que não o mataram? Será que já estão à espera que Jon lhes faça uma visita ou assim? Mesmo assim, não faz muito sentido.

Os ex-irmãos da Patrulha da Noite são realmente terríveis. Violações já não é um tema novo em Game of Thrones mas fico sempre perturbada. Coitadas das mulheres de Craster, não têm mesmo descanso.

A sorte grande saiu-lhes quando encontraram Bran e companhia. Não estava à espera disto e pergunto-me se isto vai significar um encontro entre ele e Jon. Não estava à espera deste desenvolvimento e estou curiosa com o que vai acontecer a seguir.

(Sim, também fiquei muitíssimo revoltada com o que eles fizeram a Hodor. Espero que sofram mais tarde).

Castle Black

Se há pessoa que me faz lembrar Ned Stark é Jon Snow. Nenhum dos seus outros filhos me faz pensar nele sempre que aparece. Ned sempre foi um homem honrado e altruísta e Jon é a fotocópia dele. Ele sabe a grande ameaça que os Wildlings representam mas está a ter dificuldades em convencer os seus irmãos disso. Assim, convence uma mão cheia deles para lidarem com os revoltosos que se encontram na casa de Craster. Locke está entre eles e é claro que o fez para ganhar a confiança de Jon. Espero mesmo bem que sejas bem sucedido, Jon. Em todos os Sete Reinos ainda pareces ser das pessoas que estão mais cientes do perigo que Westeros corre.

Mar

Petyr Baelish: A man with no motive is a man no one suspects. 

Este homem sim é que a sabe toda. Sinceramente, se há homem poderoso, esperto, manipulador e matreiro nesta história complexa é o Littlefinger. Ele pode aparecer pouco mas domina cada cena em que aparece.

E se Sansa começou por ser das personagens mais ingénuas da série ao ponto de irritar, ela bastou uma conversa com Petyr Baelish para perceber como funciona o ‘jogo’. Apesar de Petyr ter o apoio da Casa Lannister isso não o impediu de se aliar à Tyrell e tenho a certeza absoluta que ele não perdeu nem dois minutos do seu tempo a aceitar a proposta da Olenna. Livrou-se de um rei tirano e pouco popular e fez uma aliança com uma das Casa mais poderosas e ricas em Westeros. Ele é leal a si próprio e não confia em ninguém e isso faz dele o melhor jogador desta série. Se Eddard Stark tivesse sido mais como ele estaria vivo.

Nota: 8/10

Maria Sofia Santos

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