Com Arrow a chegar ao final da temporada, a expetativa é cada vez maior. Talvez por isso as audiências tenham mostrado melhorias, com os valores mais altos das últimas semanas.
O episódio anterior tinha terminado de forma surpreendente. É certo que Slade jurou vingança mas não imaginava que o plano envolvesse a morte de familiares de Oliver. Mas é perfeitamente aceitável a forma como Slade o fez. Moira desaparece assim, deixando muitas questões sem resposta. E fiquei intrigado com a declaração de Slade ao dizer que era preciso matar mais uma pessoa para que a vingança chegasse ao fim.
Este episódio arranca com a tomada de posse de Sebastian como Mayer da cidade e, em paralelo, com o funeral de Moira. Cerimónia essa que não conta com a presença de Oliver. Aliás, aparentemente, ninguém sabe onde ele está. E Thea mostra-se muito indignada por ter descoberto que Slade esteve na ilha e que, por culpa de um conflito que ele tem com Oliver, Moira foi morta.
Sebastian Blood volta assim a ter o destaque que em tempos teve, especialmente fruto da ligação que tem com Slade. Isto, apesar de não conhecermos o que é suposto ele fazer agora que governa a cidade. Mas Laurel já estava desconfiada no passado em relação a Sebastian e agora, volta à carga. Na última tentativa correu mal para o seu lado. Agora, ela acaba por ter acesso a documentos que provam que Sebastian sabia que Moira iria morrer. Foi o clique necessário para Laurel mas também para o seu pai que agora acredita na sua filha. Finalmente!
Entretanto, Isabel está de volta à ação. Nesta série, ninguém morre de verdade e apesar de ter sido baleada e aparentemente ter morrido, agora está de boa saúde. E, claro, esta senhora continua o seu ataque ao património da família Queen. Desta vez, é a discoteca gerida por Thea que está a ser tomada. Ora, o quartel general do Vigilante fica por baixo das instalações da discoteca. Se Isabel tomar conta destas instalações, o Vigilante fica sem base.
Com Oliver desaparecido, Diggle recorre à organização ARGUS para tentar localizar o Vigilante. Muito conveniente o facto de, agora que o quartel general da equipa está em risco, ficamos a saber que ele tem um segundo esconderijo. Nunca tínhamos visto mas a organização ARGUS já conhecia.
Nas últimas semanas (muitas, até), as reviravoltas que temos são sempre para o lado da equipa Slade. Quando faz alguma movimentação no tabuleiro de jogo, geralmente é com mestria e consegue surpreender. A equipa Vigilante estava há muito previsível. Quando Oliver se ofereceu para se entregar a Slade e acabar com a vingança, estava mesmo convencido que Slade iria aparecer. Provavelmente mandaria Oliver dar uma volta, com outro tipo de ameaças. Mas a entrada em cena de Diggle, Felicity e, especialmente, Laurel, foi muito bem conseguida. Já era do nosso conhecimento que Laurel sabia a identidade do Vigilante. Mas ele não sabia disso. E o momento de viragem na intenção de Oliver, com o discurso de Laurel, foi muito bom. Cativante, vibrante, arrepiante. Claro que Slade não ficou atrás e contornou o plano que o Vigilante tinha preparado.
O episódio termina com o exército de Slade a assumir o controlo da cidade. E a equipa de Oliver não parece ter um plano B. Mas o telefonema que Felicity recebeu dos laboratórios STAR, já no final do episódio, desperta alguma curiosidade. Será que conseguiram desenvolver algo que possa agora ser usado nesta guerra? E já agora, se a organização ARGUS tem conhecimento do mirakuro, de Slade, do seu exército e do plano para tomar a cidade de assalto, porque é que não ajuda? Eles têm os recursos que podiam ajudar a nivelar a balança.
Nota: 9/10
Ricardo Almeida