No último episódio, The Tomorrow People saiu-se em grande! Ficámos a saber que a Marla, mãe do Stephen, também é uma Tomorrow Person. Logo no início do episódio esta nova descoberta é mencionada com uma discussão entre o Stephen e a mãe, porque ela se quer ir embora dali, que são interrompidos pelo tio de Stephen, Jedikiah. Jedikiah não sabe que a Marla é uma Tomorrow Person. Pelo menos assim o afirma. Eu cá, acho que ele sabe muito mais do que aparenta.
Jedikiah vai a casa dos Jameson para convencer o Stephen a voltar a trabalhar para ele, jurando que o protegeria e que nunca desejou que nada de mal acontecesse à Astrid – de quem senti bastante falta neste episódio, verdade seja dita, – provando-lhe a sua sinceridade e confiança ao mostrar-lhe uma conversa que tinha tido com o pai de Stephen, seu irmão, afirmando que tinha feito o que podia para o ajudar. No entanto não foi bem assim. O Jedikiah disse ao Stephen que queria mostrar-lhe como e porque é que ele mandou matar o pai dele, mas as imagens que o Stephen vê nada indicam que ele está a falar a verdade. Já deu para perceber que, ao contrário do Stephen, eu não acredito numa palavra que o Jedikiah diz. (E, claramente, no final do episódio percebemos que ele tem sempre um motivo superior para as suas acções).
Por outro lado, o Stephen é uma personagem que tem vindo a crescer. Fico feliz por não terem limitado as personagens do Stephen e da Cara à pretendida relação entre eles. O Stephen está cada vez mais maduro e cada vez mais seguro de si e das suas decisões, mantendo-se fiel aos seus princípios e isso é louvável. É assim que se torna bastante congruente a atitude dele com a Cara pelo facto dela ter expulsado o John que, oh meu deus, o que é que lhe passou pela cabeça! Stephen acaba por ir à procura de John e leva-o para sua casa, à revelia da Marla que é repreendida pelo próprio filho que alega que a mãe perdeu todos os direitos de decisão quando decidiu drogá-lo.
Neste início do episódio, a atitude da Marla irritou-me. Pareceu-me uma personality shift muito grande. Mas enfim, lá se remediaram no final. Deve ter sido dos erros mais chatos do episódio.
Mas enfim, vamos à storyline base do episódio: Um membro da Bratva é assassinado por aquilo que aparenta ser uma Tomorrow Person. Todos sabemos que a capacidade de matar numa Tomorrow Person é impossível, a não ser para aqueles que passaram pelo Annex Project e sobreviveram que, do nosso conhecimento, foram o John e o Killian. Assim é que a Ultra e a equipa do Stephen e da Hillary ficam com o caso para eles. Ao mesmo tempo, a Cara e o Russel também estão a tentar encontrar o “breakout”.
A Cara e o Russel desconfiam de uma mutação evolutiva. Não acho descabido. Acho que é possível e não é à toa que eles atiram o conceito ao ar no episódio. Cheira-me que ainda vamos ouvir falar disto: do Annex Project, de eventuais sobreviventes, ou de uma mutação de Tomorrow Persons. Afinal de contas o homem também evoluiu ao longo do tempo, não é verdade?
Regressemos. A Hillary neste episódio aparece um bocadinho na sombra. Ainda não percebi se gosto dela ou não. A atriz, adoro, não fosse a Alexa Vega uma parte importantíssima da minha infância, mas a personagem dela parece-me muito escondida. Ou fazem dela uma coisa genial ou vai acabar por se perder o interesse nas cenas dela.
O Stephen e a Hillary conseguem apanhar o assassino depois de uma “expedição” a uma discoteca onde a sua assinatura de teletransporte foi registada pela ultima vez. Quando o estão para transportar para as instalações da Ultra, qual não é a surpresa que é revelado no episódio que a Cara também conseguiu atraír o assassino e percebemos então que se tratam de gémeos! Um humano (Nathan), e um paranormal (Cyrus).
Jedikiah propõe ao irmão humano, o que o Stephen e a Hillary capturaram, de ficar com os poderes do seu irmão. Stephen pensa que é um bluff mas John acaba por lhe revelar que esse processo é a grande Nemesis do Jedikiah.
E por falar em John… Fui só eu que adorei a conversa que ele teve com a Marla e a forma como ele olha para o Stephen? No início da série dava a entender que eles não se íam dar bem mas gostei imenso da forma como o John, pelo background que tem, consegue reconhecer as qualidades do Stephen. E adorei que o Stephen, especialmente depois de saber omo o seu pai lidou com o John, aqui há uns episódios atrás, fosse capaz de ver para além da arrogância defensiva do John. A meio do episódio isso fica claro, quando ele diz à Cara “This place is falling appart without John”.
A chegar ao final do episódio, surprise surprise: plot twist! Já tínhamos ficado a pensar que o Jedikiah tinha conseguido convencer o Nathan a trair o seu irmão quando assim que o irmão chega à Ultra depois de uma conversa amigável com a Cara (… “Isn’t there anyone in your life you would sacrifice everything for?” – Cyrus), e eis que carrega uma arma que o Nathan usa para matar. Dá para entender que o acordo foi que o Cyrus matasse o Jedikiah, do qual a Cara se justifica ao John quando ele vai ter com ela mais tarde.
Nessa altura, quando o John vai ter com a Cara, a Cara relembra a conversa que teve com o Cyrus e pede ao John que volte para “casa”. A atitude do John surpreendeu-me (ou não). Ele não precisa da Cara, ao contrário dela, e isso ficou bem claro quando ele diz que ela só o quer de volta para ter um assassino ao seu dispor, uma Tomorrow Person capaz de matar. Eu cá, acho que por um lado ele tem razão. A Cara ficou tonta com a sede de vingança e está a deixar isso sobrepor-se a coisas mais importantes. Ficamos por saber o que é que o John vai fazer agora, uma vez que ele se recusa a voltar para a cave, pelo menos enquanto a Cara continuar com estas ideias vingativas.
Como não podia deixar de ser, há sempre um motivo superior nas atitudes do Jedikiah e mesmo nos últimos minutos vemos isso: é o Jedikiah que tem o corpo do Roger escondido! O seu desespero em estudar a transferência de poderes claramente não é por acaso… Quem nos diz a nós que ele não tem ideias de estudar o Stephen e os poderes dele para o mesmo efeito? Fica a ideia!
Portanto, pequena síntese:
A storyline está a evoluir, gosto disso.
Espero não ter episódios filler aborrecidos daqui para a frente, uma vez que a série está em risco de cancelamento e isso não é giro.
Será que o Stephen vai descobrir o corpo do pai entretanto? E se ele descobrir, o que é que vai fazer? Hmm.
All in all, gostei do episódio. Já houve melhores, sim.
Tive saudades da Astrid. Qualquer episódio que não tenha a Astrid, para mim, é um ponto a menos. Considero-a parte integral da razão pela qual passei a gostar mais do Stephen, no início achava-o um bocado… bleh.
Cara: trata-te, filha. Respira fundo.
Russell, nunca mudes!
Nota: 7/10.
Joana Pereira