Mais um capítulo de Person of Interest e à medida que avançamos para o final da temporada, a história vai ficando mais definida, apesar dos vários pontos de ligação. Talvez por isso os níveis de audiências deste episódio registaram uma subida significativa em relação às últimas semanas.
Agora que Root voltou à ribalta, há mais ligação entre ela e a equipa de Harold. A Máquina incumbiu Root de eliminar o líder da organização Decima, com o objetivo de impedir o aparecimento de Samaritano, uma vez que adquirir o poderoso chip já não é solução.
A Decima parece saber exatamente como opera a Máquina, logo consegue evita-la e até se sobrepor a ela. Não é claro como é que a organização sabe tanto sobre um projeto ultra secreto. Aliás, a Decima parece saber muita coisa: a existência de ambas as máquinas; a sua forma de operar; onde podia encontrar a 2ª máquina; o que era necessário para construir um sistema destes; onde podia encontrar os componentes secretos e capazes para tornar “vivo” o sistema, etc.
Entretanto, o número desta semana pertence a uma mulher, Maria, que está ligada a projetos de reconstrução em países de 3º mundo, nomeadamente geradores de milhões de dólares. Maria tenta a libertação de um sujeito, Omar, que foi seu intérprete no Iraque e está agora detido por suspeitas de terrorismo. Também aqui existe relação com outras histórias da série, como o caso de Decima e Samaritano.
A história até está bem trabalhada. Mas há exageros. Um cidadão em plena rua conseguir atirar uma granada de fumo para dentro do edifício das Nações Unidas, apenas partindo o vidro com o impacto da granada de fumo, parece um exagero. Confesso que um cão de guarda, com treino militar, que deixa dois estranhos se aproximarem do “dono” (emprestado) e não mostra qualquer reação, também não me parece razoável.
Com a ligação entre a Root e a equipa cada vez mais afinada, não tarda ela estará a tempo inteiro. Todos começaram assim. E um elemento como Root seria valioso, agora que Shaw está a adotar cada vez mais os comportamentos de John. Mas a culpa é do Harold, que vai “contaminando” os elementos de forma a deixa-los menos letais. Harold está a precisar de terapia de choque. E este que até era um episódio propício a mais alguma ação, pois envolvia elementos da Legião Estrangeira na tentativa de eliminar Maria e Omar.
A 5 episódios do final, a história promete aquecer. Gostava que não aquecesse apenas no teor da história mas também na ação, pois esta é uma série que nos habituou a muita ação.
Nota 8/10
Ricardo Almeida