Season finale de Almost Human e a expetativa era muita. Haviam demasiadas histórias pendentes e alguma informação que circulava nas redes sociais, há espera de “saltar” para a série. Seria de esperar que as audiências tivessem um aumento significativo com este final de temporada mas a sua melhoria não foi o que se esperava.
O episódio arranca com uma avaliação sobre Dorian na polícia, uma vez que a linha DRN tinha sido descontinuada neste tipo de tarefas. Mesmo tratando-se de um assunto delicado, há algum humor à mistura e é interessante ver a forma tão distante que cada um dos quatro entrevistados responde. Já sabíamos o que cada um pensava em relação a Dorian e o que ele próprio achava de si mesmo. Mas na hora de avaliar, é a doer. Claro que John vê aqui uma oportunidade para gozar com Dorian depois da entrevista. Seria de estranhar se não o fizesse.
A história desta semana é sobre uma série de crimes que já haviam sido investigados pelo pai de John e que tinham culminado com a prisão de um indivíduo, Michael Costa. Quando aparece o primeiro caso, John pensa tratar-se de um imitador do serial killer mas o caso torna-se mais delicado, especialmente para a imagem da polícia.
Não consigo deixar de me surpreender com o nível tecnológico da série. Ter computadores holográficos ou ecrãs ao estilo Minority Report já são coisas corriqueiras. Mas imprimir um cupcake para comer, é diferente. Imprimir um corpo humano também é original.
É curioso ver o nível de “humanização” que tem aumentado no comportamento de Dorian. O andróide até consegue um presente para John através de “cordelinhos puxados”. Impressionante!
Não há como não ficar desiludido com o desfecho da temporada. O episódio até foi interessante, com uma história criativa (como é hábito), mas um final de temporada tem de ser bombástico. Tem de surpreender e deixar o espetador ansioso por mais. Isso não aconteceu. Foi só mais um episódio. Aliás, ao longo da série foram ficando várias histórias suspensas e a temporada termina sem que surjam desenvolvimentos. Parece que essas histórias não aconteceram. O caso do Dr. Nigel Vaughn e os XRN é o mais flagrante. Só aconteceu ali, naquele episódio. Acho estranho e a julgar pelas audiências ao longo das semanas, não serei o único.
Ainda não há grande informação sobre se a FOX irá renovar a série para mais uma temporada ou não. O certo é que conseguiram criar uma série com muita qualidade e ao longo dos episódios foram cometendo alguns erros que fazem desta, agora, uma simples série de ficção científica. Nada de extraordinário.
Quanto ao elenco, esta John-Dorian-dependência não é benéfica. Os restantes elementos, como os detetives Valerie e Paul, a capitã da unidade e Rudy, foram aparecendo aqui e ali, sem grande afirmação na série. Parece-me pouco.
Espero que surja uma 2.ª temporada e que a FOX consiga retomar o caminho que trilhou nos primeiros episódios. Mesmo assim, terá muito que recuperar.
Nota: 5/10
Ricardo Almeida