Depois da maneira espetacular como acabou o último episódio de Black Sails, fiquei um nadinha zangada pela maneira como lidaram com IV.. Afinal, ficámos sem saber a história de Mrs. Barlow e Vane ficou sem nada.

Começamos o episódio a saber porque é que alguns marinheiros ainda estão contra contra o capitão e a demanda pelo Urca. Parece que da última vez que Flint prometeu um barco de riquezas, era mentira e tudo não passava de uma caça ao homem orquestrada por ele, a mando de Mrs. Barlow. Claro que isto deixou Billy Bones intrigado. Afinal, ele mentira pelo capitão para o proteger.

Falando nela, já era óbvio que havia algo antigo entre eles. E através de Mr. Guthrie ficamos a saber o que era. O seu verdadeiro nome é Mrs. Hamilton e ela era esposa de um lorde inglês, que enlouqueceu quando descobriu que ela andava a traí-lo com um marinheiro promissor – Flint, claro. Foi essa informação que ele descobriu quando abriu o seu armário no episódio passado e agora usa isso a seu favor. É que, apesar de Mrs. Barlow e Flint continuarem o seu romance, ela é claramente infeliz em Nassau. A proposta do pai de Eleanor vem mesmo a calhar. Estou muitíssimo curiosa para saber a sua decisão. E se aquelas duas pessoas que Flint matou no navio a mando dela são importantes para a história.

Com Gates a comando do outro navio, Billy foi promovido a contramestre do Walrus e todos reconhecem o seu bom trabalho. Ele põe os homens a mexer e a limpar o navio de cima a baixo – literalmente.

Não está na altura de começarem a fazer coisas mais… pirata? Tudo bem que fazer a manutenção de um barco é importante, mas esperava mais! A parte mais interessante das cenas da praia foi mesmo ver Billy sem camisola (não, por mais estranho que pareça, não foi ver John Silver a aprender a assar um porco).

Se Billy começou a perder a fé em Flint depois de ouvir aquelas histórias, Flint sente o mesmo pelo contramestre depois do incidente do navio. Isto vai dar pano para mangas, escrevam o que vos digo. E neste momento tenho que estar do lado do Billy (e se ele estiver de tronco nu ainda melhor). Neste momento, Flint parece lutar apenas pela sua causa. Gostava de o ver provar o contrário para aquela viagem (que nunca mais começa!) ter sucesso.

Agora que já têm um segundo navio, uma tripulação e um capitão (Gates), Flint só precisava de armamento. E Eleanor está tão determinada com o Urca como ele e move mundos e fundos para arranjar tudo aquilo que o capitão necessita. Nem que para isso tenha que trair a confiança de Mr. Scott, a pessoa mais chegada que tem neste momento. Estás a enfiar-te na toca do lobo, Eleanor. Já enfureceste o Vane, a Max, e o teu pai e tu não são exactamente os melhores amigos.

Max continua a ‘pagar’ a sua dívida. Os seus gritos são a pior parte, e gostava que acabassem com esta história rapidamente. Anne Bonny também podia fazer mais do que fica a olhar as pessoas de lado. É óbvio que ela não está a gostar do que estão a fazer com Max. Se é assim, faz alguma coisa, moça! Fala, age! Não te limites a existir.

Vane é a minha maior desilusão. Ele é o típico pirata e como raio o arruinaram em quatro episódios? Ele e o Flint odeiam-se, são os rivais da série e até agora tiveram duas ou três cenas juntos.

Depois de Eleanor lhe ter tirado a tripulação, em vez de lutar com todos os meios que tem para a recuperar, Vane entrega-se ao ópio e desiste de tudo. Pouco aparece no episódio e só reage quando Eleanor invade os seus sonhos. Ficámos a conhecer os verdadeiros motivos pelos quais a relação acabou e, conhecendo Eleanor, é uma razão tão legítima como qualquer uma. Gosto dela, porque é uma mulher de poder no meio de tantos homens mas ela consegue irritar-me.

No final, confrontado com o ‘patrão’ de Max, Vane finalmente reage e dá uma valente sova ao pessoal. Espero que isto continue!

A nota esta semana vai mais baixa pelo enche chouriços que a série se está a tornar. As histórias são interessantes mas estes piratas precisam desesperadamente de se meter num navio e disparar uns canhões.

Nota: 6.5/10

Maria Sofia Santos