[Contém spoilers]
Quando eu penso que Once Upon a Time já não me consegue surpreender… Peter Pan acontece. A par com Ariel, este oitavo episódio é o meu preferido desta temporada. É impossível uma pessoa não ficar boquiaberta com as revelações.
Mas vamos por partes. E vamos deixar a melhor para o fim.
Emma confrontou Snow acerca da sua decisão de ficar em Neverland com David. Achei um bocado descabido Snow, que é uma optimista por natureza, não ter procurado uma forma de David sair da ilha. Afinal, ficar significava deixar Emma e ela já passou 28 anos da sua vida sem os pais presentes. Contudo, Emma lá acabou por encontrar uma solução. Obrigada, Rumple!
Em relação ao Neal, quero só destacar a influência que ele tem no pai. A par com Belle, é o único que consegue chamar o Dark One à razão. Quero mais cenas deles, estou morta para que façam as pazes. Já a sua sua reunião com Wendy foi enternecedora. Como Neal é relativamente novo na série, às vezes até me esqueço que ele conhece quase tanta gente como Regina e Rumplestiltskin!
Regina, Regina… Sempre fria mas quando se trata de Henry amolece imediatamente. Sou fã do filme da Disney desde sempre e nunca achei que pudesse gostar da Evil Queen. Grande Lana Parrilla, grande personagem. Agora só quero que a reúnam com Robin Hood (e essa história vai dar pano para mangas, cheira-me).
Sempre que sei que vai haver flashbacks de Rumplestiltskin fico de coração apertado. Todos os episódios que narram o seu passado são tristes. O abandono de Milah, o de Belle e a sua decisão de deixar Bae. Agora que sei a verdade, faz-me confusão ele ter feito o filho passar pelo mesmo que ele, mas já se tornou claro há muito que o seu maior arrependimento foi não ter seguido Bae pelo portal. Ainda vais a tempo, Rumple! Tem fé.
Finalmente a Sombra falou. Estava curiosa para ouvir Marilyn Manson e a voz soou tão creepy como eu esperava. Boa escolha!
Agora, vamos à surpresa do episódio. Primeiro que tudo – e por ser a minha primeira review de OUAT – quero dar os parabéns a Robbie Kay. O seu Peter Pan faz-me lembrar ligeiramente King Joffrey de Game of Thrones. Personagens detestáveis, actores brilhantes. A única diferença é que eu consigo gostar de Peter Pan. Adoro cada cena em que ele aparece.
Peter Pan é o pai de Rumplestiltskin… uau. UAU. Fui mesmo apanhada de surpresa. Já sabíamos que eles tinham uma história qualquer… mas laços de sangue? Quando uma pessoa pensava que a árvore geneológica de Henry não podia ficar mais complicada… Agora fiquei curiosa em saber mais acerca das suas aventuras em Neverland com Hook, Wendy, Tinker Bell e, principalmente, Bae.
O Henry… Bem, como é que ele escolheu confiar em Peter Pan? Via-se mesmo que era uma armadilha. Tudo bem que o histórico da família não é perfeito e que os pais lhe mentiram algumas vezes mas… Numa questão daquelas ele nem devia duvidar! Porém, Henry já passou muito tempo na companhia de Pan e ele tem bastantes poderes persuasivos.
O episódio acabou com Peter a tornar-se imortal (a razão pela qual ele tanto ansiava pelo coração do bisneto [muito estranho escrever isto] e não para salvar a magia) e Henry estendido no chão, aparentemente morto. No entanto, só daqui a duas semanas veremos o que acontece à família mais disfuncional da televisão norte-americana.
Nota: 8.5/10
Maria Sofia Santos