Como é a primeira review de Arrow, há determinadas contextualizações que me parecem ser necessárias. Por isso teremos mais pormenores. Para os mais distraídos.
Oliver Queen é um multimilionário que esteve perdido numa ilha durante cinco anos, após o naufrágio do iate da família. Durante a permanência na ilha, Oliver teve de fazer tudo para sobreviver, tendo contra si o facto de ser um playboy, mimado e habituado a não ter qualquer responsabilidade.
Após 5 anos, Oliver regressa à sua cidade, Starling City, com uma prioridade: libertar a cidade do crime em que está mergulhada.
A série não foge muito à sua origem da banda desenhada, Green Arrow. Com um estilo contemporâneo e uma boa dose de fantasia à mistura (algo que não é novo neste tipo de série da CW), Oliver, disfarçado de Vigilante (ou Arqueiro, ou ainda Capuz) conta com John Diggle, ex-militar e guarda-costas do Oliver e ainda com Felicity Smoak, especialista em tecnologia.
Este episódio começa com a intervenção do Vigilante num negócio envolvendo notas falsas. Nesta operação, o herói contou com um informante, Roy Harper, namorado da irmã de Oliver, Thea Queen, que após ter sido salvo pelo Vigilante em tempos, tenta tudo para trazer alguma justiça a Starling City. Novo, inconsequente, acaba muitas vezes metido em problemas.
Após a limpeza do negócio feita pelo Vigilante (nada de novo), Diggle é forçado a lidar com assuntos pendentes ligados ao seu passado. O Pistoleiro, um assassino que matou o irmão de Diggle, teima em não morrer e está, uma vez mais, de volta à ação. Oliver e Diggle tentam agora o round 3 com este vilão. Ou será round 4? Bem, o fulano vai “morrendo” e aparecendo…
A ação é levada para a Rússia, para resgatar a ex-mulher de Diggle que tentava localizar o Pistoleiro. Isto faz reaparecer a ligação que Oliver tem com a máfia russa, Bratva. Uma ligação um tanto estranha que pelo visto se deve ao facto de Oliver ter salvo o líder da Bravta em tempos. É uma relação que vai dando jeito de quando em vez. No meio do processo de resgate, não deixa de ser irónico o facto de Diggle ser ajudado por quem mais odeia. Mas entretanto deve haver um round 5, ou 6.
Filicity tem vindo a ganhar um papel mais preponderante na série. Acaba por abrilhantar um pouco a ação de combate ao crime. Mas também porque é cada vez mais evidente que ela gostaria de ser mais que a IT woman do Sr. Queen.
Nos flashbacks, temos vindo a conhecer um pouco mais da história dos 5 anos em que Oliver esteve na ilha (e não só). Fartou-se de fazer amigos. Sara Lance, irmã de Laurel (namorada de Oliver na altura do naufrágio), seguia com ele no iate e supostamente tinha morrido. Traiu a irmã e depois traiu Oliver durante um período em que este esteve em cativeiro. Trai aqui, trai ali, se calhar não devia ter sobrevivido. Mas pelo menos agora está mais dark e a distribuir pancadaria por onde passa. Para quem gostar de ação, começa a ter muito por onde escolher. Oliver, Diggle, Sara, Roy, Laurel, etc. Entretanto até a delicada Felicity começa a tombar alguns mauzões.
Não foi um episódio fantástico. O único fator de surpresa foi o encontro de Diggle com o Pistoleiro. Fora isso, foi algo dentro do que temos vindo a acompanhar.
Nota: 7/10
Ricardo Almeida