Já foi emitido o 3.º episódio de Almost Human. A nova coqueluche da FOX tem dado que falar. Nem todos têm a mesma opinião, como é óbvio, mas a generalidade da crítica tem sido muito positiva em relação à série. Com a emissão dos primeiros episódios de Almost Human, muito se tem falado de outra série. Fringe, também produzida por J.J. Abrams e J.H. Wyman, entre outros, e criada pelo mesmo estúdio que está a desenvolver Almost Human (Bad Robot Productions), tem alguns pontos convergentes. No entanto, segundo J.J. Abrams, as séries apenas coincidem em determinadas questões. O produtor vai mais longe dizendo que são completamente diferentes e que Almost Human, não é Fringe. Uma coisa é inegável: por enquanto, o sucesso tem sido similar.
A cada novo episódio, o detalhe tecnológico está mais visível e a cidade, apesar do toque futurista, não parece exagerado. No entanto, não são abandonados os objetos mais obsoletos.
O sarcasmo de Dorian está cada vez cativante. Dificilmente se consegue ver um episódio sem desatar a rir em alguma saída mais irónica do androide. É caso para dizer que aquela dupla policial encaixa na perfeição.
Este episódio tem um toque especial, pois Dorian comunica em português e explica a John uma questão na cultura portuguesa. Interessante!
A equipa tem de lidar com uma situação de reféns. John começa a demonstrar que apesar de tudo, tem um lado bastante humano. Já o evidenciou no segundo episódio quando teve de lidar com uma criança, e voltou a mostrar neste terceiro episódio quando teve de acalmar um refém que estava escondido dos criminosos. Estas atitudes têm, de certa forma, surpreendido o seu colega androide, Dorian. É certo que John é o humano da equipa mas numa boa parte das situações, demonstra alguma distância e até frieza na relação com os outros.
A equipa de criminosos demonstra grande capacidade e orquestra um plano bastante elaborado que surpreende tudo e todos. Dorian é apanhado em várias situações delicadas mas John mostrou-se um companheiro à altura.
Há duas coisas que continuam a saltar à vista: o detetive Richard Paul não suporta os androides e a relação entre John e a detetive Valerie Stahl está cada vez mais perto de ser extra profissional.
A série tem conseguido cativar e fidelizar a maioria do seu público. Numa série tecnológica, por vezes é difícil manter a fasquia. Mas, na minha opinião, está a ser conseguido.
Nota: 8/10
Ricardo Almeida