Skin é o segundo episódio de Almost Human e já deu para perceber que a relação de John com o seu androide, vai ser tudo menos aborrecida. Dorian é uma máquina bastante perspicaz e com sentido de humor que não deixa o espetador indiferente.
Por outro lado, há também a certeza de que os polícias robôs não serão as únicas revoluções tecnológicas. Para quem não simpatizar muito com ficção científica, a série pode, por vezes, roçar o exagero em determinados pontos. Estava-se mesmo a ver que iam saltar dos robot-cops para os sexbots. No entanto, a forma como a história e a envolvência é gerada deixa sempre uma certa curiosidade.
A química entre John e a detetive Valerie parece estar a crescer. Pelo menos parecem estar na mesma página. Até na relação com o detetive Richard Paul parecem estar de acordo. Tem de haver sempre um patinho feio.
Este episódio retrata o tráfico de androides com ADN humano, algo ilegal. A equipa tem de desmantelar uma rede que rapta e assassina mulheres com o objetivo de lhes retirar a pele para ser implementada nos androides, com a finalidade de lhes incluir propriedades mais humanas.
Apesar da grande recetividade da série, existe alguma reserva generalizada devido ao rumo que J.J. Abrams deu em outras séries onde foi produtor, nomeadamente a mítica Lost, que desiludiu milhares de fãs um pouco por todo o globo na reta final da série. Os espetadores abraçaram Almost Human e têm reconhecido o seu valor. Está com uma nota global de 8,7 no IMDb. No entanto, a opinião de muitos é que não deve haver um compromisso total pois existe o receio de nova desilusão.
Apenas decorridos dois episódios, a série cativa e deixa-nos sempre a desejar por um novo capítulo.
Nota: 8/10
Ricardo Almeida