O Séries da TV marcou presença na antestreia da nova série da RTP, Motel Valkirias, que aconteceu na quinta-feira, dia 16 de fevereiro, no Cinema São Jorge. A série é uma coprodução luso-galega entre a RTP, a TVGalicia, a SPi e a CTV.
O visionamento do primeiro episódio de Motel Valkirias decorreu na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge, num evento apresentado por Sílvia Alberto. Antes do visionamento, a apresentadora partilhou uma breve sinopse da série e chamou ao palco algumas das pessoas envolvidas na produção e circulação da série para uma pequena entrevista. Foi nessa altura que o Diretor de Programas da RTP1, José Fragoso, revelou que Motel Valkirias tem estreia marcada no canal português para o dia 27 de fevereiro, às 22h30 (e às 12h00 na RTP Play). A série vem, assim, substituir O Crime do Padre Amaro, cujo último episódio será emitido na RTP1 na próxima segunda-feira, dia 20 de fevereiro. Já na HBO Max, confirmou Patrícia Reis, Vice-Presidente de Brand e Marketing da HBO Max Portugal, Motel Valkirias estreará no dia 1 de março, tanto em Portugal como em Espanha.
Para além do mercado ibérico, foi revelado que a série também já foi distribuída para a Globoplay no Brasil e pela Onza Distributions, a quem Manuel Claro, Diretor de Negócios e Coproduções da SPi, deixou um agradecimento especial.
A narrativa de Motel Valkirias, explicou Sílvia Alberto, tem lugar num motel na fronteira entre a Galiza e Portugal e acompanha, durante oito episódios, três mulheres com grandes problemas pessoais e económicos que põem a sua vida em risco quando se cruzam com um cliente do motel que transporta mercadorias valiosas que elas pretendem adquirir, não sabendo, porém, que essas mercadorias pertencem a uma organização criminosa que as perseguirá e que fará de tudo para recuperar os bens. As três mulheres são interpretadas por María Mera, Maria João Bastos e Marina Mota, que se fazem acompanhar por um elenco que conta ainda com: Miro Magariños, Rui Neto, Rui Morisson, Tomás Alves, Jorge Vaz Gomes, Miguel Santiago, Miguel Borines, Filipe Amorim, Chechu Salgado, Machi Salgado e Alba Loureiro.
Depois do visionamento do primeiro episódio da série que, para um drama criminal, arrancou dos espectadores mais risos do que os esperados, Sílvia Alberto chamou ao palco o criador Ghaleb Jaber Martínez, o realizador Jorge Queiroga e parte do elenco da série para um brevíssimo Q&A. Aí foram colocadas questões sobre o processo criativo, o tempo de rodagem e os desafios de fazer uma série falada em duas línguas diferentes.
Na After Party, o Séries da TV teve a oportunidade de entrevistar Maria João Bastos, que interpreta Eva, uma das três personagens principais de Motel Valkirias:
SdTV: O que é que a chamou a atenção neste projeto? O que é que faz de Motel Valkirias uma série especial?
MJB: O facto de ser uma história de três mulheres que se encontram num problema inesperado e complicado e que conseguem atravessá-lo porque estão juntas, porque estão unidas, porque se apoiam, porque aprendem a gostar umas das outras – o que não acontece no início -, mas esse poder feminino foi uma coisa que eu achei muito interessante.
SdTV: A próxima pergunta era exatamente sobre as personagens femininas, que parecem personagens bastante complexas. O que é que podemos esperar da relação que elas desenvolvem ao longo da série e o que nos pode dizer acerca da sua personagem em particular?
MJB: No caso da minha personagem, que é uma mulher muito frágil, muito insegura, muito ingénua, que vive um drama pessoal com o qual não sabe lidar, ela acaba por conhecer estas duas mulheres que, sem querer, passam pelo mesmo infortúnio e a vão ensinar a ser mais forte enquanto mulher e ser humano e ela, por isso, vai conseguir ultrapassar o problema dela. Eu acho que existe uma evolução grande na minha personagem que tem a ver com isso, com o facto de ter encontrado estas duas mulheres que se unem a ela e que não a deixam ir abaixo.
SdTV: Em Portugal nós temos o ditado “De Espanha, nem bom vento, nem bom casamento”, mas coproduções como esta têm provado o contrário. Por que é que este casamento audiovisual entre Portugal e Espanha tem resultado tão bem?
MJB: Eu acho que nós temos tudo para aprender uns com os outros, para evoluir e para partilhar e os dois países e as duas realidades têm muito a ganhar com isso. Além disso, é um prazer trabalhar com eles, eles virem cá, nós irmos lá e, portanto, eu acho que estas coproduções são fantásticas para ambas as partes.