3 Mulheres: 2.ª temporada estreia a 20 de abril
| 13 Abr, 2022

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A RTP já marcou a data de estreia da 2.ª temporada de 3 Mulheres para o próximo dia 20 de abril. Podes acompanhar os novos episódios às quartas-feiras, a partir do dia 20 de abril, às 21h00, na RTP1. Os episódios ficam igualmente disponíveis na RTP Play no mesmo dia.

A série portuguesa conta a história de três mulheres: a poetisa Natália Correia, a editora Snu Abecassis e a jornalista Vera Lagoa (pseudónimo de Maria Armanda Falcão), interpretadas, respetivamente, por Soraia Chaves, Victoria Guerra e Maria João Bastos. A 1.ª temporada da série foca-se no período antecedente à Revolução dos Cravos, entre 1961 a 1973, recordando os últimos anos do Estado Novo sob a perspetiva destas três mulheres.

Com o subtítulo Pós Revolução, a nova temporada aborda um ciclo da vida portuguesa entre o 25 de abril de 1974 e o ano de 1982, com o fim do Conselho da Revolução e a primeira revisão da nova Constituição. O dia 25 de abril de 1974 pôs fim ao Estado Novo, à Polícia Política, à censura e à Guerra Colonial e trouxe uma interrogação nova: o que fazer da Revolução? Natália Correia, Snu Abecassis e Maria Armanda Falcão/Vera Lagoa viveram intensamente esse tempo de mudança, destacando-se na área da edição de livros, nos jornais, na cultura e na atuação política. As três protagonistas procuraram essa resposta, do Período Revolucionário em Curso até à consolidação da democracia no início dos anos 80.

3 Mulheres – Pós-Revolução é uma ideia original de Fernando Vendrell e Elsa Garcia com argumento de Luís Alvarães, Filipa Martins, João Matos e Diogo Figueira. Podes ver o trailer da nova temporada abaixo.

Sobre as protagonistas:

Natália Correia (Soraia Chaves) – Em 1974, Natália tem 51 anos, é uma escritora e poetisa consagrada e exerce uma magistratura de influência no bar Botequim, lugar de tertúlia e peregrinação noturna, antes e depois do 25 de abril. Em 1975, uma das suas crónicas é obliterada pela Comissão de trabalhadores, por expressar veementemente a sua opinião acerca dos rumos da revolução. É casada com Alfredo Machado (Fernando Luís), um empresário falido e homem mais velho, até que cede à perseverante corte de Dórdio Guimarães (Diogo Mesquita). Torna-se militante do PSD em 1978, quando Sá Carneiro volta à liderança do Partido, e é eleita deputada em 1980. Nesse ano, a sua peça Erros Maus, Má fortuna, Amor Ardente, em homenagem a Camões, é cancelada pelo Secretário de Estado da Cultura. Em 1982, na votação da proposta de lei do Partido Comunista sobre a legalização do aborto, é uma voz isolada nas bancadas do PSD.

Maria Armanda Falcão/Vera Lagoa (Maria João Bastos) – Amiga de Natália de longa data, é, de certo modo, uma figura desconhecida, o que contrasta com a sua popularidade como jornalista, antes e depois do 25 de abril, quando adotou o pseudónimo de Vera Lagoa. Em 1974, com 56 anos, por formação uma pessoa de esquerda, Vera torna-se um dos ícones da direita mediática. É sobretudo uma mulher de causas e uma voz incómoda, sendo levada a Tribunal num processo por difamação, por uma crónica mais intempestiva sobre o Presidente da República, o General Costa Gomes. No início de 1976, funda O Diabo com o companheiro José Rebordão Esteves Pinto (Marco Delgado), mas, ao segundo número, por reiterado ataque ao mais alto magistrado da nação, o semanário é suspenso pelo Conselho da Revolução. Em resposta, compra um velho e descontinuado título, O Sol, e reaparece 15 dias depois com o mesmo espírito nas bancas. Contudo, uma bomba na redação põe um fim à sua insubordinação. Em 1977, volta à tribuna de O Diabo e a 1 de dezembro desse ano, sempre com Esteves Pinto, organiza uma manifestação de protesto na Avenida da Liberdade, com mais de 200 mil pessoas. O adversário é agora o novo Presidente, Ramalho Eanes, e faz campanha nas páginas do jornal para o derrotar nas eleições de 1980. Em 1982, fundaria o novo jornal O Crime, sem abandonar O Diabo.

Snu Abecassis (Victoria Guerra) – Em 1974, com 33 anos, a dinamarquesa Snu Abecassis está à frente das Edições D. Quixote há desde 1965. Casada com o português Vasco Abecassis (João Jesus), com quem tem três filhos, abraça com entusiasmo o novo tempo em liberdade que nasce com o 25 de abril. Nem sempre compreensiva para com o sonho e o fatalismo do espírito português, Snu acredita que tem ainda uma missão como editora e cidadã. No início de 1976, por intuição e insistência da amiga Natália, encontra-se com Francisco Sá Carneiro (Luís Eusébio), que Snu publicara em duas ocasiões e nunca conhecera pessoalmente. Vasco e Snu divorciam-se por mútuo acordo, mas Sá Carneiro esbarra na intransigência da mulher, que lhe nega o divórcio. Snu e Sá Carneiro começam a viver juntos, sob o olhar moralista de uma sociedade conservadora e preconceituosa, que uma revolução, ou apenas uma geração, não muda. Em 1980, no auge da campanha para as presidenciais, Snu e Sá Carneiro morrem num acidente de aviação. Não é um final feliz, é uma bela história de amor.

O elenco da série também inclui: Vicente Wallenstein (Mariano), Hugo Franco (Macário), Isac Graça (Ribeiro de Mello), Isabela Valadeiro (Dulce), Jorge Vaz Gomes (Ary dos Santos), Miguel Damião (Capitão Ventura Dias), Afonso Lagarto (José Manuel Tengarrinha), Luís Simões (Alferes João), Madalena Almeida (Mafalda Costa Pinto), Rafael Gomes (José António), Sílvio Vieira (Gabriel), Vera Moura (Leonor) e Luciano Gomes (David Mourão Ferreira).

[Texto adaptado do comunicado de imprensa do canal]

*Os créditos das imagens deste artigo pertencem a Pedro Pina e à RTP.

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