O Séries da TV, no segundo dia da Comic Con Portugal, teve o prazer de estar à conversa com Raymond Lee, numa entrevista individual e durante a conferência de imprensa. O ator é conhecido pelo seu papel de protagonista na série de ficção científica Quantum Leap, que podemos acompanhar no Syfy Portugal.
Raymond apresentou-se sempre muito humilde, agradecido pela oportunidade e simpático desde a primeira pergunta que o Séries da TV fez na conferência de imprensa, acerca de Quantum Leap ser um reboot/sequela de uma série original que já tinha fãs estabelecidos e se isso trazia uma pressão adicional. Raymond reconhece que sim, que trazia uma pressão adicional, e queria fazer justiça aos fãs originais, mas rapidamente essa pressão foi aliviada pelo apoio positivo de toda a gente envolvida. Desde cedo, Raymond considera que esta versão encontrou a sua própria voz.
Raymond sempre gostou de ficção científica, gosta de alegorias para contar uma história e ainda não tinha tido oportunidade de trabalhar nesta área. Quando estava a fazer Kevin Can F**k Himself recebeu um convite direto para o papel de Ben em Quantum Leap. No início achou estranho, mas ao ler o papel percebeu o porquê de ter sido convidado. Tinha muito em comum com a personagem e aceitou o desafio. O facto de poder ser protagonista foi também um motivo para aceitar. A única oportunidade que tinha tido, até então, foi uma peça de teatro em 2017. Essa experiência deu-lhe a confiança necessária para o papel.
A 3.ª temporada não está confirmada, mas Raymond quer que aconteça e está otimista, dizendo que ainda não deitaram abaixo o set. Quando questionado sobre a greve dos argumentistas e se isso tinha afetado o elenco e a série, Raymond indicou que os produtores e criadores geriram a situação muito bem, inclusive conseguiram ter uma das poucas estreias de outono durante a greve. Não conseguiram foi fazer promoção da série. O que o ator aprendeu mais com a sua personagem foi a ser mais assertivo. Gosta de pensar que tem o mesmo nível de empatia, mas às vezes é mais passivo. Se pudesse escolher, a próxima viagem para Ben seriam os anos 2000, que lhe parecem uma altura divertida.
Com um passado no teatro e com uma posição muito vocal sobre o quão bem faz aos atores terem passado por esta experiência, Raymond compara ser parte de uma peça a uma série. No teatro há mais tempo de ensaio, mais tentativas e erro até chegarem à versão final que vai sair para o público. Na série, muitas vezes, têm três horas para gravar uma cena e o trabalho acaba por ser mais apressado e mais intenso e tem que haver uma boa química entre ele e o restante elenco.
Raymond considera que o mundo está numa fase em que precisa do conforto dos reboots. Ele tem três filmes que volta a ver sempre que está em baixo ou a precisar de algo confortável. Sobre revivals e remakes sente que é o mesmo sentimento e há alturas em que o mundo está mais confortável e disponível para coisas novas, noutras alturas precisa de conforto e ver o passado, como quando andamos a ver fotos antigas.
Também se falou dos outros papéis que Raymond já fez – escritor e produtor – e é algo que ele quer continuar a explorar. Aliás, Raymond contou-nos que se houver uma 3.ª temporada de Quantum Leap vai, definitivamente, pôr o seu nome na lista de pessoas interessadas em realizar um episódio. Sente que no set da série onde está confortável é o melhor ambiente para treinar. O principal motivo para querer este desafio não é para ter mais controlo, vem sim da experiência de ajudar os amigos a gravar audições e considera que faz um bom trabalho, dando-lhe muita satisfação quando conseguem arranjar emprego.
No passado, Raymond interpretou um psicopata antissocial e violento, potencial school shooter, numa peça, em conjunto com Sandra Oh, que teve a duração de três semanas. Foi uma experiência incrível porque foi a primeira oportunidade de Raymond de interpretar uma personagem tão sombria e negativa. A brincar diz que foram três semanas difíceis para a sua mulher, mas que agora já tem ferramentas para desconstruir este tipo de papéis numa próxima vez.
Perto do fim, ainda se abordou o cancelamento de Here and Now e o motivo para tal. Na opinião de Raymond foi porque era muito à frente do seu tempo, abordava temas para os quais os Estados Unidos ainda não estavam preparados e então criaram-se reações tão extremas que foi mais fácil acabar com a série. No futuro, Raymond ainda gostaria de vir a conseguir contar mais histórias de coreano-americanos e tudo o que passaram. Sente que tem a história dentro dele e quer contá-la, ao invés de deixar que o faça alguém que não passou por essa experiência.
Ainda tivemos a hipótese de entrevistar individualmente o ator, que podes ver abaixo, ou no canal do YouTube do Séries da TV.
Este site usa cookies para melhorar a experiência do usuário.Cookies são pequenos arquivos de texto colocados no seu computador pelos sites que consulta. Os sites utilizam cookies para ajudar os usuários a navegar com eficiência e executar certas funções.
Cookies Estritamente Necessários
Os cookies estritamente necessários permitem a funcionalidade central do website. Este site não pode ser utilizado corretamente sem os cookies estritamente necessários.
If you disable this cookie, we will not be able to save your preferences. This means that every time you visit this website you will need to enable or disable cookies again.
Cookies de Terceiros
Este site usa cookies de terceiros para o bom funcionamento do site, para o desenvolvimento de informação estatística e mostrar publicidade direcionada através da análise de navegação. Ao aceitar, ajuda-nos a melhorar o nosso site.
Please enable Strictly Necessary Cookies first so that we can save your preferences!