Jacob Batalon, que é conhecido pelo seu papel em Spider-Man, veio a esta edição da Comic Con Portugal para apresentar a sua nova série, Reginald the Vampire, que estreia em janeiro no Syfy Portugal. Quem veio à Comic Con teve o prazer de assistir ao primeiro episódio da série. Durante a sua presença aqui, o Séries da TV,teve a oportunidade de assistir à conferência de imprensa, ao painel e de entrevistar Jacob no Live Stage, onde tivemos uma conversa de 20 minutos com ele à qual o público pôde assistir e ouvir.
Conferência de imprensa + Live Stage
Jacob chegou a Portugal após um voo turbulento e complicado, por isso começou claramente cansado e abalado, mas a energia típica do ator de Reginald the Vampire e de Spider-Man foi surgindo ao longo da conferência. O primeiro tema foi sobre o impacto da COVID em Hollywood, ao que Jacob revelou que é uma complicação, desde os testes constantes à falta de contacto com as restantes pessoas e à complicação de colocar maquilhagem.
Abordando o tema principal, a sua nova série Reginald the Vampire, de acordo com Jacob, é sobre um tipo normal. Uma pessoa que podia ser qualquer um de nós. Não é um exemplo de um herói e é esse mesmo o grande objetivo da série: mostrar que qualquer pessoa pode ser capaz de tudo. Ele torna-se um vampiro por acidente e é uma nódoa para a comunidade dos vampiros, ao ponto do chefe dessa comunidade querer que ele seja morto.
O fator diferenciador desta série face a todas as restantes obras é o facto de Reginald não ter uma aparência considerada bonita, não ter um ar carrancudo como todos os vampiros e não ser muito sexual. É uma pessoa perfeitamente banal que vai fazer muita, muita, asneira ao ponto de haver vários espectadores que podem chegar ao fim e não gostar dele devido a algumas atitudes tóxicas que vai ter durante a temporada relativamente à sua vida amorosa. No entanto, no Live Stage, Jacob revelou-nos que mesmo com tudo isso ainda chega ao fim a gostar de Reginald. Isto tudo equilibrando um lado mais dramático e pesado com uns toques de comédia.
O próximo ponto que foi abordado pelo Séries da TV no Live Stage e também na conferência de imprensa foi sobre o duplo papel de Jacob, enquanto estrela e produtor executivo. Jacob revela que é divertido ser o chefe de todos, brincou, dizendo que os colegas não gostam de Jacob, o chefe, mas gostam de Jacob, o ator. A parte mais difícil é tirar um chapéu e colocar o outro. Isso e todas as reuniões matinais. O lado bom é estar do lado das decisões e envolvido em tudo. Quando relacionado com o budget, costuma escolher a opção mais barata, tanto que detesta o guarda-roupa aborrecido de Reginald. Ficou prometido no palco Live stage que, em caso de uma 2.ª temporada, Jacob iria usar uma camisa havaiana laranja que trouxe para a Comic Con.
Na conferência de imprensa, e ainda referente a Reginald the Vampire, o Séries da TV perguntou sobre a frase tradicional de Reginald: “If you always do what you’ve always done, you always get what you always got” e como é que esta iria mudar a sua perspetiva à grande mudança da vida de Reginald. Jacob revelou que esta frase vai ser constante na série e muito relacionada com todas as decisões de porcaria que Reginald faz ao longo da temporada.
Para se preparar para este papel, Jacob viu muitos filmes e séries de vampiros, nomeadamente o seu preferido: o papel de Robert Pattinson em Twilight. Ser um vampiro não era um dos desejos da carreira de Jacob, mas ser a estrela de uma série sim.
O ator que se tornou conhecido pelo papel secundário de um filme, agora vê-se no papel principal de uma série e revela que é mais divertido fazer uma série. Primeiro, porque é o protagonista; segundo, porque em Spider-Man demoram um dia para gravar uma página e meia de guião. Na série demoram um dia para gravar oito a nove páginas. Enquanto ator sente-se mais valorizado pelo trabalho. A parte mais difícil foi o lado da emoção, ter cenas mais emocionais. Inclusive, pela primeira vez teve que chorar.
A série é baseada nos livros The Fat Vampire. Jacob leu os dois primeiros e gostou, mas para a série atualizaram as falas, que estavam muito datadas. Revelou-nos ainda no Live Stage que no primeiro episódio o autor dos livros faz um cameo, mas tão no background que mesmo depois de a cena acabar ele ficou no sítio ainda umas horas.
Nos Estados Unidos, a 1.ª temporada da série já foi emitida, mas Jacob não leu ainda muitas reviews. Contou, com risos, que a família e os amigos gostaram.
Sobre a sua ascensão à fama, o ator revela que a parte mais difícil é deixar as pessoas entrar nas suas emoções. O espectador não é tonto e percebe se o ator está a sentir ou não e essa exposição é a parte mais difícil de lidar para Jacob, especialmente porque tem medo de deixar as pessoas entrar. No Live Stage, já no final, Jacob ainda revelou algo mais pessoal: que gosta de ser ator porque não gosta dele próprio e gosta de ser outras pessoas.
Ainda se abordou um pouco sobre Spider-Man e a relação que tinha com Tom Holland e Zendaya: uma química muito boa e uma bela amizade. Sobre o futuro, está a escrever a sua própria história de Star Wars, em que seria protagonista, por isso pode ser que venhamos a vê-lo ligado a esse universo.
No painel, Jacob falou maioritariamente sobre Spider-Man, sobre como é trabalhar com Zendaya e Tom e até fazer apertos de mão a fãs. Foi um dia cansativo para o ator, mas no final parece que gostou da experiência.