Comic Con Portugal 2018: Nicholas Hoult
| 09 Set, 2018

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O segundo dia da Comic Con contou com a presença de Nicholas Hoult, que é conhecido pelos seus papéis nos filmes de Mad Max, X-Men e, claro, pelo seu papel de Tony na série Skins.

Conferência de imprensa + painel:

A nossa primeira conferência de imprensa do dia foi com Nicholas Hoult e começámos logo bem: Skins! O ator começou por responder à primeira questão e falou um pouco sobre o seu personagem e sobre a experiência na série. Teceu alguns comentários sobre Tony, sobre o facto de ele ser um homem muito manipulador e do quanto isso foi de certa forma divertido e desafiante; assim como a forma como a própria série foi escrita – visto que os argumentistas são gente muito jovem e, como tal, havia algum dinamismo envolvido.

Aproveitámos a deixa para fazermos também uma pergunta. Quisemos tentar entender qual era a perspetiva de Nick na possibilidade de Tony ter feito parte do spin-off, Skins: Fire, quando foi transmitido o episódio de Effie e, na realidade, parece que Nick não pensa muito sobre o assunto, mas que imagina que “Tony, graças aos seus maus hábitos, talvez tivesse acabado sem futuro e se calhar bem mais infeliz do que aquilo que esperaria”.

O tema da conversa mudou e a imprensa teve a oportunidade de ouvir também sobre o Mundo Cinemático da Marvel e a possível junção de X-Men a esse mundo, ao que Nick achou que seria uma ótima ideia, uma vez que o próprio também é fã do universo.

Entre conversas e desconversas sobre a participação de Nick em Deadpool, na pele de Beast, lá conseguimos desviar o tema de volta a Skins, para tentar arrancar mais comentários e pormenores sobre as gravações da série. Desta vez quisemos saber como é que foi para o ator desenvolver o personagem após o mesma ter passado pelo plot twist de ter sido atropelado por um autocarro e ter ficado imobilizado. Nick partilhou que a forma que arranjou para conseguir fazê-lo foi “entender tanto a parte física como emocional do personagem” e que, como Tony sofreu um hematoma subdural, a sua única solução foi “sentar-se e conviver com pessoas que tinham passado pelo mesmo para compreender o que estavam a passar” e dar assim vida à sua performance.

Para satisfazer a vossa eventual curiosidade, Nick também frisou bastante bem – após termos instigado o tema – que Tony e Michele “não deviam ficar juntos, de todo”, após tudo o que passaram.

Estas perguntas levam a um interessante momento durante a conferência de imprensa sobre a natureza manipuladora de Tony, sobre a sua sociopatia e sobre o desafio agradável que foi para Nicholas o personagem passar por mudanças de estado físico e psicológico, o que ajudou a construiu o personagem e o tornou interessante.

Como não podia deixar de ser, Nicholas foi interpelado para desenvolver um pouco sobre a sua experiência em Mad Max e as críticas e aclamações positivas que o filme teve.

A aproximar-nos dos últimos minutos da conferência de imprensa, acabámos por ainda conseguir colocar algumas questões que nos levaram a “discutir um pouco com Nicholas sobre a forma como ele prefere fazer a sua escolha de papéis – visto que é um ator que já passou por diferentes géneros cinematográficos –  e se havia algum papel ou personagem que gostasse de fazer, que fosse ‘o tal’, ao que ele respondeu que não há algo que o puxe para algum género específico, mas que tem a ver com o personagem e a personalidade, mas acima de tudo com a história que lhe apresentam.

Respondendo à ultima parte da nossa pergunta, Nick confessa que não há nenhum papel que seja para ele o ideal, mas considera que sentir-se realizado como ator é poder “expressar-se, absorver informação, e ter a oportunidade de dar vida a algo novo” de cada vez que aceita fazer um personagem.

Joana Henriques Pereira

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