Manfred é um vidente, um jovem bem aparentado que consegue comunicar com os mortos e que ganha a sua vida a ajudar os que tentam contactar com os seus parentes que já não se encontram na terra. Nisto, por conselho da sua avó (também ela já no mundo dos espíritos) decide ir para a comunidade de Midnight, no Texas, onde a população é mais ‘creepy’ do que os típicos apoiantes de Donald Trump. Vampiros, lobisomens, fadas, espetros e todo o tipo de criaturas sobrenaturais habitam neste local e, quando surge um homicídio, Manfred terá que intervir para ajudar a resolvê-lo.
É interessante saber que a Comic Con Portugal continua a crescer como evento. Conteúdo exclusivo começa a dominar as sessões mais cobiçadas do recinto e há sempre um orgulho miudinho em podermos dizer que Midnight, Texas teve a sua antestreia mundial no nosso pequeno – mas adorável – país. Pena que o caso de Midnight, Texas não tenha sido o mais feliz.
O piloto é um episódio terrivelmente apressado, com personagens recheadas de clichés e de uma alguma debilidade; os atores não conseguem torná-las cativantes porque o problema reside no argumento. É um episódio que se atropela a si próprio para tentar ser credível, mas que se empanturra de informação e quebra a empatia do espectador.
Ainda que tenha ainda alguns atores veteranos da televisão, como Peter Mensah e Arielle Kebbel, entre outros, Midnight, Texas é provavelmente um exemplo que tinha tudo para ser bem sucedido e é tão trapalhão que chega a ser revoltante.
Apesar das suas debilidades, não deixa de ser uma estreia curiosa e capaz de agradar aos fãs mais acérrimos da televisão fantástica ao estilo de True Blood.
Aproveitem o evento e visitem o Séries da TV!
Jorge Lestre