Mais um ano prestes a chegar ao fim e muitas foram as apostas televisivas que deslumbraram os seriólicos, mas nem tudo foi um mar de rosas e muitas delas acabaram por se tornar uma verdadeira desilusão. Como tal, este ano ganham também direito a uma menção honrosa (sem ordem especial, apenas alfabeticamente), colmatando assim nas 10 Piores Estreias de 2018, segundo a equipa do Séries Da TV.
All About The Washingtons: A série é uma comédia centrada no ícone do hip-hop Joey Washington (Joey Simmons), que decide retirar-se do mundo do espetáculo para se dedicar mais à família, enquanto a sua mulher (Justine Simmons) se aproveita da situação para se tornar empresária.
Porque é All About The Washingtons uma das Piores Estreias do Ano?
Não que a série tente ser o pico das séries de comédia, que não tenta, mas ainda assim espalha-se ao comprido. Toda a temporada é um fracasso, sem brilho e adimensional, que prova que ser uma grande personalidade da reality TV não é o mesmo que ser um grande ator, como é o caso com Joey e Justine Simmons. Os criadores esqueceram-se que ter celebridades televisivas não é o suficiente para fazer uma sitcom funcionar. A maioria dos episódios consiste em complicações que surgem convenientemente, piadas estereotipadas e secas e uma resolução familiar para a coisa, tudo fruto de um argumento e interpretação sem qualquer tipo de perspetiva, profundidade ou personalidade. Uma completa perda de tempo, mesmo para amantes das comédias familiares.
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Dietland: Baseada no livro com o mesmo nome, esta série é uma comédia negra que explora a obsessão da sociedade pela perda de peso e pelas novidades da moda, centrando-se numa escritora anónima, interpretada por Joy Nash, de uma revista feminina.
Porque é Dietland uma das Piores Estreias do Ano?
A série até tem um enredo promissor, desde as protagonistas Joy Nash e Julianna Margulies, a explorar o tema bastante atual do feminismo e assédio sexual. Contudo, Dietland atacou os espectadores com múltiplas histórias paralelas e acabou por se tornar maçadora e confusa, sem um ponto fulcral que nos cativasse a acompanhar a temporada completa. Até a AMC optou por cancelar a série.
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Insatiable: É uma comédia negra que explora os beauty pageants americanos, centrando-se em Bob (Dallas Roberts), um advogado insatisfeito e com a carreira em declínio que decide ser treinador de concursos de beleza, tornando-se no tutor de Patty (Debby Ryan), uma adolescente vingativa resultado de ter sido vítima de bullying.
Porque é Insatiable uma das Piores Estreias do Ano?
Insatiable é uma série que tem causado polémica desde que foi anunciada. A série protagonizada por Debby Ryan foi julgada ainda bem antes de começar pelo seu conteúdo polémico e, por vezes, insultuoso. A série realmente apresentou um tom conflituoso numa tentativa de um tom de humor negro que nunca resultou. A história, por isso, não obteve grande reação perante os fãs, levando a inúmeras criticas. Talvez se salve a performance de Debby, que acaba por dar um tom engraçado à trama. Ainda assim, é tudo muito forçado. Apesar de tudo isto, a série foi renovada para uma 2.ª temporada, tendo assim espaço para melhorar.
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LA To Vegas: Protagonizada por Dylan McDermott, LA To Vegas é uma comédia da FOX centrada na tripulação de um voo noturno de Los Angeles para Las Vegas.
Porque é LA To Vegas uma das Piores Estreias do Ano?
Para uma série de comédia, a comédia esqueceu-se da piada. A série tenta ser excêntrica e aparvalhada, mas aterra mais frequentemente no estúpido e incongruente. O que levou Dylan McDermott a aceitar este papel é outra coisa que não se consegue perceber. Para além do humor falhado, a interação entre os personagens é tão ridícula que chega a ser enervante. É daquelas séries de encher chouriços ou, neste caso, a grelha de programação com conteúdo sem qualquer interesse ou sentido, mas que até é baratinha de produzir.
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Living Biblically: A série é uma comédia centrada em Chip (Jay R. Ferguson), que decide tentar viver o mais próximo possível de acordo com o que está escrito na Bíblia.
Porque é Living Biblically uma das Piores Estreias do Ano?
Era suposto que Living Biblically fosse uma sátira àquelas situações em que as pessoas, em tempos difíceis, resolvem virar-se para a religião como boia de salvação. Contudo, o resultado são piadas forçadas, com os argumentistas a tentar inserir o máximo de piadas (na sua maioria completamente desprovidas de qualquer tipo de comédia) para cativar a atenção dos espectadores. As gravações de risos de fundo a acompanhar as pseudo-piadas também não ajudam a série. Após fracas audiências, a CBS retirou a série da sua programação, apenas emitindo os restantes episódios durante o verão.
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Magnum P.I.: Este é o reboot da série clássica que segue Thomas Magnum (Jay Hernandez), um ex-Navy Seal condecorado que, depois de regressar a casa, no Havai, decide usar o treino militar que possui para se tornar um investigador privado.
Porque é Magnum P.I. uma das Piores Estreias do Ano?
Magnum P.I. é mais uma série a juntar às muitas do género que já existem. O tema do crime é sempre arriscado quando já se fez tanta coisa e se repetiu ainda mais e o reboot simplesmente não alcançou o pretendido. A storyline é mais do mesmo: um criminoso que tem de ser capturado no fantástico arquipélago do Havai por agentes ex-militares que conduzem carros de alta cilindrada. Está a soar-vos familiar? Pois é, o criador de Magnum P.I. é o mesmo de Hawaii Five-0 e o argumento de ambas é quase idêntico.
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Manifest: A série conta a história de um grupo de pessoas que sobrevivem a um voo turbulento e que, quando aterram, descobrem que passaram cinco anos enquanto estiveram no ar. Todos têm uma segunda oportunidade na vida, mas têm que lidar com familiares e amigos que os consideravam mortos, tal como com o mistério envolto no seu desaparecimento.
Porque é Manifest uma das Piores Estreias do Ano?
Manifest prometia ser uma das melhores séries desta fall season, uma digna sucessora de Lost. O certo é que o piloto deu-nos algumas esperanças, mas os episódios que se seguiram foram demasiado dececionantes. As personagens são tão limitadas e forçadas que a vontade de parar de ver a série começa logo no segundo episódio. Para piorar a situação, a quantidade de clichés que se vão amontoando episódio após episódio de forma completamente desordenada, a raiar o caótico, começam a criar uma vozinha no nosso cérebro que vai gritando fininho: “mereces melhor que isto”.
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Rel: Criada e protagonizada por Lil Rel Howery, Rel é inspirada na vida do ator, que interpreta um homem orgulhoso, otimista e bem sucedido, até ao dia em que descobre que a mulher está a ter um caso amoroso com o seu barbeiro. Howery tenta recomeçar a sua vida pós-divórcio como pai solteiro à distância, numa missão para encontrar amor, respeito e um novo barbeiro.
Porque é Rel uma das Piores Estreias do Ano?
É um facto que as comédias deste ano, em grande parte, foram fracas e Rel faz parte desse leque. Os 20 minutos de cada episódio fazem-nos questionar o motivo de estar a ver a série, ficando com a ideia de tempo perdido. As piadas estão longe de ter graça ou até mesmo de se tornarem agradáveis. Os risos como barulho de fundo resultam em algumas séries do género, mas não nesta, onde se torna demasiado exagerado. A tudo isto, e apesar de alguns nomes conhecidos de participações em filmes e séries, o elenco não é o mais cativante de todo para te conquistar a ver mais episódios.
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The Outpost: A série centra-se em Talon (Jessica Green), a única sobrevivente dos Blackbloods, que embarca numa missão para procurar os assassinos da sua família ao mesmo tempo que lida com a descoberta dos seus poderes sobrenaturais.
Porque é The Outpost uma das Piores Estreias do Ano?
Após um episódio piloto tão mau, quem continuou a ver a série só o poderá ter feito com a esperança de que esta melhorasse e os restantes episódios fizessem esquecer o tédio que foi o primeiro. Contudo, isso não aconteceu. A série demonstra muito amadorismo na sua tentativa de igualar um qualquer outro épico de fantasia. Os efeitos especiais são de baixa qualidade, é notório que grande parte – se não toda – a ação é passada em cenários interiores construídos dentro de um estúdio e o desempenho de alguns dos atores mais jovens deixa muito a desejar. A renovação de The Outpost é incompreensível.
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The Purge: Esta aposta explora um futuro não muito distante em que os Estados Unidos da América possuem um regime governamental totalitário e onde, um dia por ano, qualquer crime é legal, incluindo o homicídio.
Porque é The Purge uma das Piores Estreias do Ano?
É uma pena quando uma série que até tem uma premissa interessante nos deixe logo sem qualquer entusiasmo assim que estreia. No entanto, o maior pecado de The Purge não se prende com a incapacidade de não corresponder às expectativas, mas com o facto de a série se agarrar ao material original, quase desencorajando novos espectadores. É ingrato começar-se a ver uma série e sentirmos que ficamos automaticamente de fora porque não vimos os filmes e não entendemos muito bem o contexto do enredo com que nos deparamos. Esperava-se um ritmo alucinante, mas a trama nunca consegue atingi-lo, nem tampouco assustar-nos ou fazer-nos torcer pelos personagens. Não há verdadeiramente nada que faça o espectador ficar preso ao ecrã.
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Equipa Séries da TV