Nesta Comic Con, graças ao SYFY, tivemos a oportunidade magnífica de fazer umas perguntas numa conferência de imprensa por Skype aos protagonistas do elenco de Siren, mais concretamente a Alex Roe, Eline Powell, Fola Evans-Akingbolam e Ian Verdun. O elenco manteve sempre um tom divertido, notando-se o bom ambiente e cumplicidade que existe entre todos.
A conferência começou com uma questão dirigida diretamente a Eline, sobre as cenas debaixo de água, até que ponto era maquilhagem e até que ponto era CGI. Eline disse que era uma mistura dos dois, mas que fizeram o treino todo e a maior parte do tempo eram mesmo eles, apenas retocavam um pouco com CGI para fazer parecer mais credível ainda. A segunda pergunta foi sobre as diferentes camadas que Siren tem, como a chamada de atenção para problemas ambientais e sociais, dirigida ao elenco todo. Apesar de não ter sido por esses motivos que aceitaram os papéis, até porque não deixa de se tratar de uma história, todos sentem que o facto de poderem abordar esses temas – especialmente o da pesca excessiva – através de uma forma ligada ao sobrenatural é uma adição muito positiva à série.
Tivemos a oportunidade de perguntar como era trabalhar com um elenco tão multicultural e diverso e se afetava de alguma maneira o trabalho do dia a dia. Fola começou por dizer que não é algo em que se pense muito, “é algo que deve acontecer naturalmente” e Eline complementou dizendo que aumenta o interesse, ao conhecerem tantas histórias e hábitos culturais diferentes, o que cria um ambiente muito rico e diversificado. Alex reforçou que as experiências únicas de cada um e as suas perspetivas eram uma boa fonte de aprendizagem e evolução, mas que esta multiculturalidade era algo natural no mundo. Perguntámos também se tinha sido desafiante trabalhar com animais no piloto, ao que Eline respondeu que adora trabalhar com animais, e que tinham sido treinados, mas quando trabalham com eles ficam a ganhar uma dose de respeito enorme sobre eles.
A pergunta seguinte foi sobre a primeira impressão do guião, que Alex começou por dizer que não o atraiu muito, mas quando começou a prestar mais atenção percebeu que era sobre mais do que sereias e que era um projeto muito interessante e que valia completamente a pena. Eline considera que o guião era “logo único e cativante” e que percebeu que era sobre a humanidade, não apenas sobre sereias. Ian concordou com o que já tinha sido dito, acrescentando que ao juntar todas as coisas que encontrou no guião nunca tinha visto isso noutro projeto e que Siren seria único. Alex ainda deixou um elogio a Eline, dizendo: “ela faz-te acreditar que as sereias são reais”.
Voltámos a perguntar ao elenco sobre como Siren pode ajudar as novas gerações a pensar sobre pesca excessiva e como isso afeta o mundo. Eline tomou as rédeas começando a responder que isso é um dos objetivos a atingir da série e que têm a esperança de chegar ao coração das pessoas através desta história e se conseguirem seria um acontecimento muito bonito, porque no final do dia o que estão a fazer realmente é entretenimento. Ian complementou que Siren também fornece diferentes pontos de vista, como o de um pescador que precisa do que faz do mar para sobreviver. Fola refere que às vezes este tipo de eventos globais como o aquecimento global ou a pesca excessiva podem ser demasiado para uma pessoa pensar que consegue alterar alguma coisa, mas que pretendem mostrar que através de algumas ações individuais se pode criar uma mudança positiva. Alex termina dizendo que o que estão a fazer é transmitir uma mensagem importante de uma forma criativa.
Para última pergunta dirigimo-nos a Eline para saber qual o seu segredo para ter quase “tiques” de peixe e como fazer isso parecer credível. Eline, a rir-se, disse que desde pequena sempre esteve numa piscina e a água sempre fez parte do seu mundo, mas que quando entrou na série foi treinada por três treinadores diferentes e usa uma ferramenta nos pés para que o movimento das suas pernas se habitue ao movimento natural que uma sereia teria com a cauda, mas que se aplica imenso nos treinos e dá o que tem, como Alex fez questão de deixar bem claro antes de terminar a conferência.
Raul Araújo