Mary & George é a nova minissérie britânica de drama histórico da SkyShowtime, criada por D. C. Moore, sobre o caso entre o Rei James VI da Escócia e I de Inglaterra e George Villiers, I Duque de Buckingham. Em entrevista exclusiva, o protagonista Nicholas Galitzine, o “filho destinado à grandiosidade”, fala-nos sobre a relação de Mary (Julianne Moore) e o seu filho George, de como é trabalhar ao lado de grandes nomes de Hollywood e filmar com quilos de joias em cima.

Lê a entrevista na íntegra a Nicholas Galitzine sobre Mary & George:

P: Pode dar-nos uma visão geral da sua personagem?
Nicholas Galitzine: George é o segundo filho de Mary. Quando o conhecemos pela primeira vez, é muito rude. Mary vê nele muito potencial para o tornar num homem renascentista e usa-o como uma ferramenta para acumular poder para a família.

P: Pode falar-nos sobre a relação entre George e o Rei James? Tinha conhecimento deste relacionamento antes de começar a gravar a série?
Nicholas Galitzine: Inicialmente, não estava ciente da relação entre George Villiers e o Rei James. A sua génese é muito transacional para George. Não acredito que ele desenvolva sentimentos até muitos meses, talvez anos, dentro do relacionamento. Depois, acaba por se gerar um amor muito sincero entre os dois. George foi o favorito do Rei durante muitos anos e, curiosamente, nunca ninguém tinha alcançado uma posição tão elevada quanto George sob um monarca. Embora houvesse definitivamente uma vantagem para George e algo a ganhar, o amor entre eles era muito real.

P: Como é a relação de George com Mary do ponto de vista de mãe e filho e como é que isso evolui na série?
Nicholas Galitzine: A relação entre Mary e George é complicada. Inicialmente, George está muito à procura da aprovação e carinho da mãe, que nunca parece completamente incondicional. Ela põe muita pressão em George para ele conseguir poder para a família e essencialmente cuidar deles, o que é uma responsabilidade muito difícil, e ele tenta de tudo para conseguir isso. À medida que a série avança, George começa a ficar consciente do seu próprio poder. Começa a gostar do poder que adquiriu, da riqueza, de poder atrair quem quer que seja. E isso vai corrompê-lo e criar tensão entre ele e a mãe, o que leva a um final explosivo.

P: Acha que existe amor entre Mary e George?
Nicholas Galitzine: Há definitivamente amor entre Mary e George. Mas a forma como Mary o expressa torna difícil que George o sinta, muitas vezes. Ela quer realmente o melhor para a sua família, dentro das suas maneiras, e quer o melhor para George. Mas acho que ela forçou o George a tornar-se o homem em quem ele se tornou. Mas quando chega a altura crítica e a vida de George está em jogo, ela vem salvá-lo.

P: Como tem sido trabalhar com Julianne Moore e Tony Curran?
Nicholas Galitzine: Tem sido uma experiência incrível trabalhar com pessoas como a Julianne e o Tony. É muito surreal poder trabalhar com um rosto que reconheci a vida toda e que admiro, como o da Julianne. Mas a realidade é que a Julie é uma pessoa muito doce, muito aberta – e conseguir a relação certa, a química certa, entre esta mãe e filho foi muito importante. Acho que a sua capacidade de colaborar tornou esta relação muito interessante no ecrã. Ela é tão inteligente, tão preparada. O mesmo para o Tony, com quem passo muito tempo no ecrã. Tornámo-nos amigos muito próximos. Aquele humor escocês selvagem torna o set muito divertido e as escolhas que ele traz ajudam-te a elevar a tua performance ao nível dele. Ambos foram uma alegria absoluta, tanto do ponto de vista profissional como criativo.

P: Como é que os valores de produção – por exemplo, os figurinos, cenários e locais – o ajudaram a mergulhar neste mundo e trazer à vida a sua personagem?
Nicholas Galitzine: Definitivamente o alcance da produção adicionou muito à série e isso ajuda do ponto de vista da interpretação. Tivemos uma semana incrível na Escócia, onde andámos a cavalo pelos vales e montanhas – nada substitui esse tempo de preparação. Filmámos em vários climas e em locais incríveis, incluindo algumas casas senhoriais incríveis. Acho que os espectadores vão achar esse aspeto do programa muito atrativo. Quanto às roupas, o traje de George evolui de rudimentar e simples, refletindo as humildes origens da família Villiers, para peças opulentas com montes de joias. É incrível o quanto de riqueza se pode ver no corpo de George nos últimos episódios. Foi uma questão interessante no sentido da minha performance enquanto ator, porque podia sentir o peso real daquilo tudo!

Podes ver Mary & George na SkyShowtime desde o passado dia 8 de março. O último episódio da minissérie chega na próxima sexta-feira, dia 19 de abril.