La Casa de Papel: Coreia – Joint Economic Arena, a adaptação sul-coreana da série espanhola de sucesso, chegou hoje à Netflix. À semelhança da original, esta também acompanha um bando recrutado por alguém que se autodenomina Professor (Yoo Ji-Tae) e cujo objetivo é entrar na Casa da Moeda Unificada a fim de fabricar o próprio dinheiro. A cada elemento do grupo também lhes é atribuído um nome, nomes esses muito bem conhecidos por nós: Tóquio (Jong-seo), Berlim (Park Hae-soo), Rio (Lee Hyun-woo), Denver (Kim Ji-hoon), Nairobi (Jang Yoon-ju), Moscovo (Lee Won-jong), Helsinki (Kim Ji-hoon) e Oslo (Lee Kyu-ho). A par destes também acompanhamos a equipa policial encarregue de lidar com o roubo, em especial a investigadora/negociadora Seon Woojin (Kim Yunjin), bem como os reféns.
Ainda que estivesse ligeiramente curiosa para ver como seria esta adaptação, confesso que as minhas expectativas não estavam muito altas, principalmente por considerar que a história em volta de La Casa de Papel, especialmente tendo em atenção as últimas temporadas, já tinha dado tudo o que tinha a dar. Inclusive, eu sou da opinião que a série poderia muito bem ter-se ficado pela temporada inicial. Portanto, não via grande necessidade de haver uma adaptação desta história já tão bem conhecida e, atrevo-me a dizer, ligeiramente saturada.
No entanto, não poderia ter ficado mais surpreendida com este primeiro episódio de La Casa de Papel: Coreia – Joint Economic Arena e, uma coisa é certa, não me vou ficar somente por este! Bastaram apenas dez minutos para eu ficar convencida, quer com a história, quer com a série em geral. Sem sombra de dúvida que teve um excelente início, especialmente por todo o contexto que nos foi dado. Nesse curto espaço de tempo, não só nos foi dada uma excelente construção histórica/política (ainda que não seja inteiramente factual), como a personagem Tóquio também foi bastante bem desenvolvida. Não obstante, a forma como as restantes personagens foram introduzidas posteriormente também foi bastante bem feita.
Para ser sincera, não houve nada neste episódio de que não tenha particularmente gostado. Desde a história, à realização, até aos personagens – embora a maior parte destes ainda não me tenham convencido a 100%, especialmente tendo em conta o equivalente na série espanhola. Para ser mais específica, somente Tóquio, Berlim e Rio é que já conseguiram despertar algum apreço da minha parte. Vamos ver é se assim se mantém ou se, tal como com os seus equivalentes, vou acabar por não gostar muito deles.
Ainda que apresente diversas semelhanças com a série original, La Casa de Papel: Coreia – Joint Economic Arena consegue distinguir-se. Contrariamente ao esperado, mesmo sendo uma adaptação, conseguiu criar uma história própria, que conjuga muito bem com aquilo que já nos é tão familiar. Resta é saber se esta qualidade se mantém ao longo dos restantes onze episódios.