The Umbrella Academy – Review da 3.ª temporada
| 22 Jun, 2022
7.95

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Já se encontra disponível na Netflix a 3.ª temporada de The Umbrella Academy, um dos maiores sucessos de produção original da plataforma atualmente. Esta temporada acompanha os nossos elementos da Umbrella Academy exatamente onde a 2.ª temporada nos deixou, quando eles voltam ao tempo presente, mas onde encontram um mundo bastante diferente daquele que esperavam.

À semelhança das temporadas anteriores, existem vários sub-plots a acontecer em simultâneo e a maioria interliga-se ao longo da série, mas a principal novidade é que existe uma nova academia chamada Sparrows e que é composta por algumas das restantes crianças que nasceram com poderes no dia 1 de outubro e isto inclui Ben (Justin H. Min), que nesta timeline se encontra vivo. Esta dinâmica e rivalidade rouba uma grande parte do foco durante a primeira metade da temporada e foi gira, desde o absurdo -como, no primeiro episódio, a cena de dança – até ao perigo e mortes. A única coisa que me pareceu um pouco descabida foi a rápida evolução do amor entre Luther (Tom Hopper) e Sloane (Genesis Rodriguez). Durante uma luta acham-se atraentes e de repente já estão preparados para abandonarem as suas famílias e chamar-se o amor da vida um do outro. Pessoalmente gosto dos romances um pouco mais slow pace e com tempo para crescerem, mas o romance também não é o foco da série, claro.

Em suma, o plot anda à volta de: a rivalidade entre as duas academias, o final inevitável do mundo devido ao paradoxo que foi criado com a presença dos Umbrellas nesta timeline, onde as suas mães morreram antes de dar à luz, e dos planos do professor Hargreeves, o “pai” de todos eles.

O que é que encontramos nesta temporada? Mais do mesmo (no bom sentido) de The Umbrella Academy: diversão, aleatoriedade, umas doses de absurdo, uma excelente soundtrack e personagens interessantes.

Analisando o que menos gostei na temporada, pode ser resumido numa única personagem quase, Allison (Emmy Raver-Lampman), que estava de luto pela não existência da sua filha (uma vez que ela nunca tinha nascido nesta timeline, então não podia ter tido a sua filha com Ray). Nunca foi uma personagem por quem eu tivesse muito interesse ou ligação, mas nesta temporada tornou-se meramente irritante e pouco convincente. Não foi uma boa forma de interpretar o luto, talvez culpa da atriz ou talvez culpa da equipa de argumentistas, que não se esmerou neste tópico. Aliás a cena entre Allison e Luther chega a ser deplorável, quando ela procura atenção e usa o seu poder, cometendo aquilo que pode ser considerado uma violação. Mesmo a fase final de Allison, onde ela de repente perdoa Viktor e faz um acordo com o pai, muito fica por explicar, por isso, das duas uma: ou houve alguns buracos no enredo ou serão coisas a analisar numa futura temporada. Ainda uma nota: Christopher não acrescentou grande coisa!

Os pontos positivos são a maioria das personagens. Five continua a ser uma das personagens mais engraçadas do mundo da televisão e com um grande trabalho de Aidan Gallagher! A jornada de Klaus nesta temporada e a descoberta dos seus poderes foi muito interessante e finalmente bem consolidada, com o bom trabalho do ator a trazer uma personagem tão diferente à vida. Até esta temporada tinha sido uma personagem gira, mas um pouco inútil, e finalmente foi importante. As novas interações entre Sparrow e Umbrella tiveram uma dinâmica interessante e que foi importante no começo. Outro ponto positivo é a preparação do que se espera ser uma 4.ª temporada, tendo em conta o final que teve. Foi um final que facilmente podia ter sido modificado para ser o fim da série, mas tendo em conta que é uma das apostas originais Netflix com mais sucesso, faz sentido haver uma aposta em mais temporadas (especialmente considerando a reputação que a Netflix tem de cancelar várias séries ao fim de 2 ou 3 temporadas).

Uma nota positiva sobre a série, ou mais concretamente sobre a relação por detrás das câmaras – foi a forma como trataram da transição de Elliot Page e a sua nova personagem Viktor, a ser aceite de forma natural e positiva por toda a família sem hesitação. Não tem impacto na história, mas é uma nota que fica bonita e que é certamente importante para o ator, pelo que gostei de ver.

De resto, temos também a storyline de Diego (David Castañeda) e Lila, que finalmente parece que vão assentar e parece-me que numa temporada 4 não iremos ter a contribuição de Diego, que deverá estar a assumir a sua nova função como pai. Resta também saber se Sloane desapareceu nesta nova timeline ou ainda existe e como funciona o mundo que parece ser gerido pelo pai deles.

Em suma, foi uma boa temporada, não brilhante, mas bastante competente; diverti-me a ver a série, fiquei surpreendido com o rumo de algumas decisões e gostei de novas personagens que nos apresentaram. Não teve o mesmo impacto que a 1.ª temporada, mas acredito estar ao mesmo nível da segunda, pelo que, enquanto mantiver este nível, mandem vir mais algumas temporadas!

Uma nota de agradecimento à Netflix por nos ter cedido os screeners para podermos trazer a review o mais rapidamente possível.

Melhor Episódio:

Episódio 7 – Auf Widersehen – Foi difícil escolher um episódio que claramente se destacasse dos outros e, na minha opinião, a ‘disputa’ foi entre o primeiro, que introduz a Sparrow Academy e tem uma cena de dança engraçada, e o episódio 7, visto que o último só que tem partes do plot que não apreciei, nomeadamente o facto de parecer aleatório matar Luther e expulsar Klaus. Pelos mesmos motivos pelo qual escolhi a personagem Klaus como melhor, escolhi este episódio, que é onde exploramos os seus poderes e podemos assistir a momentos muito engraçados, com Klaus a ser atropelado, e com a criação de uma relação entre o pai e Klaus.

Personagem de Destaque:

Klaus Hargreeves (Robert Sheehan) – O Número 5 é sempre um concorrente a melhor personagem, mas Klaus, esta temporada, leva com mérito o prémio para casa. Primeiro, porque não é nada fácil interpretar uma personagem como Klaus. Mesmo a forma como ele se expressa, como anda, como se fosse um espírito livre que não se preocupa com nada… É tão peculiar que ou o ator é muito bom ou revê-se na personagem. Segundo, porque nesta temporada finalmente descobrimos mais sobre os poderes de Klaus e sobre ele ser imortal – ou melhor, consegue voltar à vida se quiser depois de morrer. Todo o processo de viagem com o pai e de descoberta foi interessante e bastante divertido, sendo que o seu poder chegou, inclusive, a ser útil por diversas vezes no episódio final.

Temporada: 3
Nº Episódios: 10
7.95
8.5
Interpretação
7.5
Argumento
7.5
Realização
9
Banda Sonora

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