No passado dia 8, a Netflix trouxe-nos a 1.ª temporada de Baby Fever (em português, Um Bebé a Qualquer Preço). É uma série dinamarquesa focada na Dr.ª Nana (Josephine Park), especialista em fertilidade, que decide utilizar os seus próprios dotes e coloca-se numa situação que tanto tem de caricata, como de complicada. Na 1.ª temporada de Baby Fever temos seis episódios, cada um com cerca de 30 minutos, que devorei em apenas uma tarde.

Além do problema ético e moral que Nana despoleta, cada episódio traz consigo um dilema ético diferente associado à inseminação artificial, à infertilidade e à perda gestacional. Deparei-me com algumas perspetivas em que nunca tinha pensado e achei muito interessante a forma natural com que foram introduzidas nos episódios. Espero que exista uma 2.ª temporada e que nela sejam desenvolvidas estas e outras problemáticas.

Outro fator que gostei muito foi a interpretação dos atores; as personagens são bem construídas e reais. Não estava com muitas expectativas e contava ver uma representação mais medíocre, pois não conhecia o elenco, mas surpreendeu-me bastante. Acho que tenho de ver mais séries dinamarquesas; sinto que estou a perder alguma coisa.

Acho que devem ver Baby Fever, tem um lado sensível e dramático, mas também tem um lado leve e bastante cómico. Espero mesmo que apostem numa 2.ª temporada.

Melhor episódio:

Episódio 5 – Foste Tu? – Não pretendo dar spoilers, mas este episódio é o culminar de toda a teia de mentiras e omissão que Nana cria. É incrível ver o que uma mentira pode criar e mais incrível será ver como Nana vai desembrulhar este problema. Ou será que não vai?

Melhor personagem:

Dr.ª Nana (Josephine Park) – É a personagem em quem acho que a grande maioria das mulheres se vai rever: aparentemente independente, focada no seu trabalho e a tentar conciliar a profissão com a sua vida pessoal. Soltei algumas gargalhadas com as peripécias em que se coloca, mas também houve momentos que lhe quis oferecer um abraço de conforto.