Person of Interest – 03×08 – Endgame
| 15 Nov, 2013

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Nesta primeira review, optei por contextualizar determinadas coisas, nomeadamente personagens e ações no terreno. Daí ser mais detalhada.

Person of Interest entrou na minha lista de séries por ter começado com um tipo de ação que aprecio: atirar primeiro, perguntar depois. E, de preferência, atirar várias vezes!

Harold Finch criou uma máquina para detetar atos de terrorismo, mas consegue detetar outros tipos de crime que são considerados irrelevantes pelo Governo. Agora, a trabalhar em segredo e à margem da lei, Finch conta com dois ex agentes da CIA, John Reese e Samantha Shaw, e dois agentes policiais de Nova Iorque, Jocelyn “Joss” Carter e Lionel Fusco. Ah, e o cão, Bear, que só percebe holandês. Muito bom!

Sempre que a máquina fornece um número, cabe à equipa descobrir se o detentor do número é a vítima, e nesse caso devem protege-la, ou se é o criminoso, e assim têm de impedir que cometa o crime.

A agente Carter, despromovida do cargo de detetive, continua a sua personal vendetta contra a organização corrupta HR. Tem feito uma marcação cerrada a vários membros, nomeadamente polícias corruptos, no sentido de descobrir os seus planos, arranjar material para uma futura condenação, mas principalmente para encontrar e eliminar o líder desta organização. Carter arranca a série como agente demasiado correta, que faz tudo como mandam as regras. Mas, ao longo do tempo, com a intervenção de John e Finch em vários casos, ela vai-se adaptando e não deixa de ser interessante esta faceta mais rebelde e de lobo solitário que procura justiça a todo o custo, face às enormes perdas que foi sofrendo.

Carl Elias, criminoso que referência que em tempos tentou controlar a cidade, aparece para tentar tirar proveito do conflito entre que se gerou entre a HR e os russos que fazem a lavagem de dinheiro e o tráfico para a organização criminosa. Elias tem vindo a mostrar que trabalha discretamente à procura de voltar a comandar o crime em Nova York. Para isso tem feito pequenos favores a Carter, o que acentua um lado mais underground a agente policial.

Neste episódio, a máquina avança com 38 números. Membros ligados à HR, levantando a probabilidade da organização estar envolvida em algo mais caótico e sangrento. Pensamos logo em algo explosivo! Com a tensão que já existe entre russos e HR por falta de entendimento em relação a novos pagamentos, Carter vê uma oportunidade para incendiar as relações e causar danos na estrutura da HR. A série já precisava de ser apimentada para fugir um pouco à rotina e este conflito desperta novos interesses. Carter is a bad, bad girl now! O problema é que, não querendo envolver a “equipa maravilha”, Carter não pode confiar em ninguém.

O resultado desta operação da agente Carter é a detenção de vários membros da HR e dos russos pelo FBI. O chefe da HR, Alonzo Quinn, é capturado por John e Carter após um tiroteio em casa de um juiz que se pensava ser de confiança. Isto vem mostrar até onde vai a influência da organização. Irrita um pouco quando estamos à espera que a coisa rebente de verdade e somos apanhados, uma vez mais, na teia dos criminosos. É certo que se entrassem a matar, a série iria precisar de outra história. Mas vai havendo sempre aquela desconfiança: “isto não dá em nada”.

O episódio termina com alguns membros restantes da HR a divulgarem imagens de John, Carter e o capturado Alonzo, para que todos os criminosos ligados à organização procurem este trio, especialmente John, o famoso “homem do fato”.

Este final deixa em aberto a suspeita de que Carter poderá ser “empurrada” para a lista de procurados, por estar a trabalhar com John Reese, há muito procurado pelas autoridades.

O novo lado de Joss Carter desperta outro interesse e acaba por colidir com um lado mais soft do John nesta altura. Isto de atirar aos joelhos dos criminosos não convence. Está a tornar-se um menino de coro.

Em todo o caso, na minha opinião, este foi dos episódios mais interessantes dos últimos tempos por quebrar a rotina: identificar um número dado pela máquina, conhecer a pessoa, proteger/impedir uma ação criminosa e ir embora. É preciso haver uma dose diferente de quando em vez e este episódio foi isso mesmo.

Nota: 9/10

Ricardo Almeida

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