Chapelwaite – 01×01 – Blood Calls Blood
| 24 Ago, 2021

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[Não contém spoilers]

Chapelwaite é uma história baseada num conto de Stephen King, de seu nome Jerusalem’s Lot, e tem tudo o que uma típica história de Stephen King tem: uma pequena vila, crianças que sofreram muito na infância e um terror sobrenatural sobre o qual pouco sabemos ainda. A série acompanha o regresso do capitão Charles Boone à sua casa de infância, acompanhado dos seus três filhos. E claro que sendo uma história de Stephen King o que o espera em casa não é positivo.

Esta série vai ser composta por dez episódios e começou com um piloto bem sólido. Um dos pontos fortes de King é a forma como ele consegue criar pequenas vilas, onde toda a gente tem uma personalidade e onde há conflito e foi isso que senti com a caraterização que foi feita desta vila no Maine. Assim como aquele começo onde vemos um vislumbre da infância de Charles. Há algo cativante na forma como Stephen King consegue criar e caracterizar infâncias traumáticas. Esta história serve de prequela a uma das suas melhores histórias chamada Salem’s Lot, que mete vampiros, pelo que fico com a dúvida se esta história também meterá vampiros ou não. Aliás, a família Boone encontra três coisas negativas com o regresso ao Maine: a primeira é uma hostilidade de quase todos os seus vizinhos, e é algo que de certo irá ser mais explorado, porque é que todos odeiam a família Boone. A segunda é uma doença estranha, que, relacionando com Salem’s Lot me leva a questionar se os infetados não se estarão a tornar vampiros, e por último a presença de algo misterioso na própria casa, tanto sentido pelos filhos como pelo próprio pai. Todos os ingredientes de uma boa história de terror estão condensados aqui, até fazendo lembrar, com as suas devidas diferenças claro, o piloto de The Haunting of Hill House.

A nível das personagens, Charles (Adrian Brody) foi a que mais se destacou e mais caracterizado fica, até o facto de ser protagonizado por quem é. Adrian trata-se de um ator com um grande currículo a nível de filmes. Quem também me interessou enquanto personagem foi a nova governanta Rebecca (Emily Hampshire). Sinto que o resto da família ainda não ficou muito explorado, o que é perfeitamente normal, uma vez que se trata do primeiro episódio e não de uma review de temporada. Por exemplo, fico curioso com o que levou Loa, uma das filhas, a deixar de falar desde que a mãe faleceu. A banda sonora é discreta fazendo o seu papel sem ter nenhum protagonismo. Gosto particularmente de todo o ambiente meio escuro criado na pequena vila.

O único ponto que poderia apontar é que é difícil fazer um episódio de uma hora introdutório que não tenha momentos um pouco mais aborrecidos ou mortos, e foi o caso deste, foi um bom episódio mas que se calhar com 50 minutos tinha ficado ainda melhor.

Fico curioso para ver o resto, que irei acompanhar e se, quiçá, isto leva a um remake de Salem’s Lot e como é que se interliga com Jerusalem’s Lot.

E vocês?

Raul Araújo

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