Ju-On: Origins – 01×01 – Episode 1
| 07 Jul, 2020

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[Não contém spoilers]

Ju-On: Origins é uma série original da Netflix baseada num franchise de filmes de terror japoneses criado por Takashi Shimizu e que teve também adaptações americanas. Esta saga teve início em 1998 e os filmes que foram surgindo envolvem uma maldição numa casa em Tóquio. A maldição surge quando alguém é morto, vítima de uma situação de raiva, sendo que a vítima fica a assombrar a casa ou o local onde tenha sido morta e poderá provocar novas mortes de pessoas que invadirem aquele espaço. O franchise é constituído por 13 filmes (e nestes estão incluídos quatro americanos, que ficam bem longe daquilo que os japoneses conseguiram fazer), mas não só. Existem, por exemplo, livros sobre a história (eu tenho dois). Aliás, em 2020 surgiu mais um remake desta franquia que na América é conhecida por The Grudge, mas que mais uma vez perde, principalmente no chamado terror psicológico, para o original. Por já ter visto a maior parte dos filmes e lido dois livros fiquei curioso quando soube que esta saga ia chegar à Netflix em formato de série.

O primeiro episódio abre logo com o contexto devido: não é uma sequela dos filmes. Aliás, na realidade que nos é apresentada, os filmes são isso mesmo, filmes, mas baseados em histórias reais e, por isso mesmo, mais assustadoras. E são essas mesmas histórias que a série quer apresentar. Talvez possamos dizer que temos aqui uma prequela, pois procura a origem da maldição. Aqui ficamos com a questão: será que vai ser seguida a história original do filme ou vai ser alterada alguma coisa? O episódio foi pequeno, menos de 30 minutos, e só na parte final é que me senti mais envolvido com o que se passava porque as cenas também passaram por vários personagens.

Das personagens que foram passando pelo episódio penso que três são essenciais, mas o plot que me deixou mais curioso é sobre a aluna nova, Kyomi Kawai. Apesar de o episódio não ter trazido nada demais, talvez a duração seja demasiado curta para o que é pretendido construir. Penso que a minha verdadeira apreciação sobre a série será quando acabar os seis episódios que já estão disponíveis na plataforma de streaming Netflix, tendo, aí sim, uma visão mais completa do propósito desta incursão pelas televisões.

A interpretação não me desiludiu, mas também não foi fantástica e sobre a banda sonora tenho a dizer que neste tipo de séries não interessam músicas (que acho que nem tem, ou pelo menos não me recordo de ouvir), mas sim o modo como os momentos de tensão são construídos. Porque aí a música ou, por vezes, a escolha pelo silêncio podem fazer toda a diferença.

Como fã de filmes e séries de terror vou continuar a seguir a série e penso que quem aprecia o género também deve dar-lhe uma oportunidade. 

Bruno Pereira

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