[Livre de spoilers]
Crossing Swords é uma nova série animada do serviço de streaming Hulu. A série é feita em stop-motion e conta com alguns nomes bem conhecidos como Nicholas Hoult, Luke Evans, Seth Green e Natasha Lyonne.
Para não correr o risco de dar spoilers, pois quero que as pessoas que lerem este artigo passem pelo episódio, resumo o plot deste piloto numa frase: Patrick é um jovem que sonha ser cavaleiro do rei e decide prestar provas mesmo contra a opinião de todos aqueles que acham que ele não será capaz. Sim, o plot é simples, mas a verdade é que as situações são no mínimo caricatas.
A série não vem apresentar algo novo ou ambicioso, mas traz-nos o bom e velho sarcasmo como arma de conquista do espectador. É impossível não rir com algumas cenas deste episódio. Mais do que as cenas em sim são mesmo os comentários feitos pelas personagens. Muitas das vezes, as personagens sabem que são personagens e brincam com isso. Esse quebrar de barreira entre a história e o espectador funciona bem. Outra coisa que funciona bem são as críticas disfarçadas que a série vai fazendo ao sistema dos dias de hoje. Mesmo a história tendo lugar nos tempos antigos, onde havia reis e guerreiros, a verdade é que muitas das tiradas cómicas que vemos encaixam na sociedade em que vivemos. Obviamente que esse é um velho truque do humor, mas nem sempre funciona bem. Aqui resultou.
Outra coisa que para mim funcionou muito bem foram as personagens e a interação entre elas. Cada uma tem um lado cómico e crítico, mas ao mesmo tempo são bem encaixadas na série. Como sempre defendo, as personagens são o grande motor de qualquer história e nesta em concreto elas foram bem trabalhadas.
Uma comparação e referência óbvia desta série é, claro, Robot Chicken. Tendo inclusive alguns dos mesmo protagonistas em comum, a série traz muito do espírito e do estilo da icónica série de animação.
Resumidamente, e para terminar, diria que esta é uma série leve para quem gosta de comédia sarcástica e daquele tipo de piadas tão más que ficas envergonhado por te rires. Não é nem nunca será uma obra-prima, mas a série também não se propõe a isso. É bom para ver, rir e passar à frente sem pensar muito nisso. Por estas razões recomendo que vejam pelo menos o primeiro episódio. Aí vão perceber rapidamente se é ou não o vosso estilo. Se for, ganham uma série engraçada para ver nos tempos livres, se não for, também são só 20 minutinhos de episódio que passam a correr.
Carlos Real