Que belo presente no sapatinho. Um especial de Natal de Sabrina. Depois de tantos anos a devorar os especiais de Natal de Downton Abbey e depois a ressacar dos mesmos quando a série acabou, nada melhor do que passar uma noite a beber chocolate quente no sofá a ver o que The Chilling Adventures of Sabrina nos reservou para o seu décimo primeiro episódio.
Bom. Bom. Honestamente, queria ter gostado muito mais do que aquilo que gostei. Na vida de uma rapariga trabalhadora que tem sempre mil coisas para fazer, a vida das séries já não é como antes. Não posso mandar tudo às urtigas e passar um dia de folga a ver séries. Infelizmente. Como tal, só assisto a uma mão cheia de séries e muitas vezes ando atrasada nos episódios. Nem imaginam o quão fiquei contente por já ter comido a 1.ª temporada inteira de Sabrina e estar prontinha para ver A Midwinter’s Tale.
Muita gente ficou desiludida com o tom mais negro da nova adaptação da história de Sabrina, mas eu gostei da mudança. Não parece um reboot, mas mais uma Sabrina num universo alternativo. A 1.ª temporada teve os seus altos e baixos, mas creio que fechou em grande, deixando-me desejosa da segunda – que chega já em abril!!
Pensava que iam abordar temas da primeira que ficaram por explicar e assim tapar as grandes falhas cometidas no ano de estreia da série. Por exemplo, nunca foi explicada a morte do feiticeiro no início da temporada e eu que pensava que Luke (o atual namorado de Ambrose e que namorava com o jovem feiticeiro) ia tornar-se o grande vilão ou pelo menos ter algo tenebroso a esconder… Nope. Nada. Tanto mistério e nunca desenvolveram a história. O mesmo podemos dizer de Madam Satan. Às vezes nem percebo muito bem de que lado está.
Bom, mas este especial de Natal continua com as repercussões da revelação de Sabrina ao (ex) namorado e às duas melhores amigas. E em vez daquela gente ficar extasiada porque tem uma amiga bruxa, não, afastam-se dela da maneira mais awkward e mazinha. Harvey eu ainda entendo. Depois de tudo o que ele passou com o irmão, ninguém pode culpar o rapaz de querer manter a sua distância da magia. Mas Roz e Susie? Que belas amigas! Pobre Sabrina!
Sempre soube que os pais de Sabrina iam ter um papel proeminente na série. Cheira-me que ainda há muitos segredos a desvendar sobre o casal Spellman. E depois de Sabrina ter visto a mãe no limbo, ao menos que essa história voltasse a ser abordada. Gostei do papel que Diana desempenhou na história. Quando Sabrina e as Irmãs Estranhas a convocaram apagaram a Chama de Yule e trouxeram uma data de meninos traquinas para dentro de casa. Diana é que salvou a situação e a bebé Leticia ficou sã e salva.
Todo este plot podia ter desenvolvido mil vezes melhor. Tudo foi feito demasiado à pressa e no final ficamos a olhar para a televisão/computador a pensar: É só isto?
O mesmo se pode dizer da história do rapto de Susie. Esse sim é que foi um verdadeiro insulto sem qualquer espécie de interesse. Ou melhor, teve interesse até vermos – outra vez – a rapidez com que foi solucionado. Sim, arranjaram maneira de interligar as duas histórias do episódio, mas mais valia terem-se ficado por uma e que tivesse tido um desenvolvimento mais satisfatório. Também teria ajudado a Netflix ter dado mais meia ao episódio. Afinal era um especial de Natal. Fazia sentido.
A 2.ª temporada de Sabrina estreia já em abril e mal posso esperar para ver o que vem aí. Será que vamos finalmente saber a verdadeira história da morte dos pais de Sabrina? Qual são os próximos planos de Madam Santan? Será que Luke é assim tão boa peça? Eu adoro Ambrose, é a minha personagem favorita, mas acho que esta história ainda tem mais para contar. E em relação ao coração de Sabrina? Será que depois da rejeição de Harvey vai dar uma oportunidade a Nick? Não falta muito para sabermos!
Maria Sofia Santos