The Marvelous Mrs. Maisel – Review da 2.ª Temporada
| 24 Dez, 2018

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[Contém spoilers]

Temporada: 2

Episódios: 10

Era só eu que estava super entusiasmada para ver o que tinha acontecido em The Marvelous Mrs. Maisel depois daquele cliffhanger em que nos deixaram no último episódio da 1.ª temporada? Pois bem, Amy Sherman-Palladino voltou a presentear-nos com uma excelente temporada, com a ajuda preciosa da grande Rachel Brosnahan, a nossa Miriam “Midge” Maisel.

Não é mentira para ninguém que Rachel faz a série. The Marvelous Mrs. Maisel é o que é muito à conta desta atriz que consegue dizer oitenta palavras em cinco minutos com uma dicção impecável e com uma perna às costas. Para quem já não se lembrava de metade das coisas, os primeiros 15 minutos do primeiro episódio são confusos do género: “o que está a acontecer?”; “como é que isto aconteceu e porquê?”. Depois começa a vir tudo à tona.

Para ficarem dentro das história e sem querer desvendar muito, Midge, que trabalhava no balcão de uma loja, é agora telefonista por causa de Penny (Holly Curran) lhe ter chamado bitch quando ela estava na loja. Continua a fazer stand-up comedy com a ajuda da manager Susie (Alex Borstein) e vive com os pais, que ainda não sabem da sua vida noturna secreta.

Toda a temporada tem episódios muito bons, sem sombra de dúvida. Os atores têm realmente interpretações excelentes. O único que deixa a desejar acaba por ser Joel (Michael Zegen), mas pode ter a ver com o facto de não ser uma personagem que se goste. Importante referir será o facto de que, durante toda a temporada, Miriam e Joel não estão juntos como casal, mas são amigos e continuam a fazer algumas coisas juntas para bem dos filhos: férias, festas… E é super funny de ver.

Nesta temporada quem merece uma ovação em pé é  Tony Shalhoub, com o seu Abe Weissman, por ter sido, sem dúvida nenhuma para além de Rachel Brosnahan, uma personagem surpreendente, muito mais cativante e que se destacou relativamente à 1.ª temporada.

Estando habituada a séries de comédia, pode dizer-se que esta é completamente diferente de todas as outras e está num outro nível. Tem uma fotografia e banda sonora fantásticas que põem muitos filmes de Hollywood a um canto. O facto de esta série se passar nos anos 50 vê-se em tudo o que a envolve: figurinos, costumes, entre outro, passa para o espectador esse fifties mood que nos cativa por completo.

Comecei a ver esta série por acaso e foi porque descobri que tinham varrido os Emmy e Globos de Ouro nas categorias de comédia. Sim, porque quando se pensa que passou a perna a Modern Family ou a The Big Bang Theory só pode ser muito boa. E de facto é muito boa!

Um dos pontos altos da temporada é logo no primeiro episódio. Acontece em Paris quando Midge entra num bar (as usual), sobe ao palco e começa a falar. Ora, num bar cheio de franceses ninguém percebia nada do que ela dizia, até que com a conversa arranjou uma “tradutora” e foi o bastante para querer fazer maratona desta série.

Melhor episódio:

Episódio 4 – We’re Going to the Catskills! é o nome do melhor episódio, pela fotografia e banda sonora, que são excelentes em todos os episódios, mas neste superam qualquer um. É o episódio (que tem continuação no 5 e 6) em que vão todos de férias, mas que acaba por ser o mais cómico e ao mesmo tempo arrebatador e surpreendente, no qual todas as personagens fazem algo inesperado e super engraçado. E entra-se por completo no modo anos 50. Não foi preciso ver os seguintes episódios para decidir que este seria de certo o melhor, e é. O ambiente que se vive em Catskills é bem diferente do Upper West Side e podia ter corrido mal. Não foi de todo o caso!

Personagem de destaque:

Miriam “Midge” Maisel aka Mrs. Maisel – Tinha de ser. Já dei o meu louvor a Abe, que realmente depois de ver esta temporada merece mais do que Susie (apesar de esta ser um autêntico prato), mas Miriam é Miriam. É digna de todos os prémios na sua categoria, sem dúvida alguma. É cativante, encantadora e maravilhosa, mas mais importante que tudo isso e tudo o que Rachel consegue oferecer à personagem é mesmo o facto de ela estar a entrar num mundo dominado por homens em plenos anos 50, acabando por ser um call out à sociedade também para mostrar o que nós mulheres tivemos de lutar para termos os mesmos direitos que os homens e que nos dias de hoje ainda não estamos no mesmo patamar. Ela é dona do seu nariz e decide o que é melhor para ela – não o marido, não o pai, mas ela!

Deixo-vos com um spoiler final que acho que é importante: detestei os últimos dois minutos do ultimo episódio. Numa temporada cheia de episódios fantásticos e de rir e chorar por mais, os últimos dois minutos do último episódio foram uma autêntica (se me permitem a expressão) bullshit.

Mas vejam!!!

Margarida Rodrigues Pinhal

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